O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou, nesta quinta-feira (20), que o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil não afetará a arrecadação de estados e municípios. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, Haddad lembrou que o projeto já prevê a compensação sobre a arrecadação do governo, que compartilha os impostos federais com os entes subnacionais. A isenção vai gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,84 bilhões, que será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês, ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. O governo também pretende tributar a remessa de dividendos para o exterior, em qualquer valor e apenas quando o dinheiro for destinado a cidadãos estrangeiros. “Nós não estamos abrindo mão da receita porque nós estamos cobrando dos super ricos que não pagam. Então, quando os super ricos que não pagam passarem a pagar uma alíquota mínima de 10%, você compensa quem ganha até 5 salários mínimos [cerca de R$ 7 mil] e vai deixar de pagar e não há prejuízo para estados e municípios”, explicou. O projeto do governo também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. >> Entenda a reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso Segundo Haddad, entretanto, será preciso que os parlamentares garantam a compensação durante a tramitação do texto. “Tem muita gente que tem renda que concorda com a justiça social. Não é porque a pessoa tem renda que ela vai deixar de votar num projeto justo. Você pode ter certeza, muita gente ali [representada no Congresso], empresário, fazendeiro, vai votar a favor desse projeto porque sabe que ele é justo. Ele sabe que tem que ter um imposto mínimo para super ricos, que é de 10%”, defende Haddad. “Eu tenho certeza que mesmo a extrema direita não vai ter argumento para não aprovar essa medida. Não consigo enxergar alguém da extrema direita subir na tribuna [do Congresso] e justificar a cobrança de imposto de renda de quem ganha R$ 5 mil”, acrescentou. Super ricos O ministro lembrou que os trabalhadores da classe média, que têm imposto de renda descontado na folha de pagamento, pagam até 27,5% de alíquota, com alíquota efetiva média de cerca de 10%. Segundo ele, a medida vai atingir apenas aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais – R$ 600 mil por ano – e que não pagam imposto de renda. “Se a pessoa, ao final do ano, conseguir demonstrar que ela pagou mais de 10% da sua renda em imposto de renda, ela continuará pagando o que ela sempre pagou, ela não vai pagar mais. Ela só vai complementar aquilo que faltar para 10%”, explicou, destacando que não há aumento de impostos. A tributação sobre altas rendas atingirá apenas 0,13% dos contribuintes e apenas 0,06% da população. Esse grupo de pessoas paga somente 2,54% de alíquota efetiva média de imposto de renda porque a maior parte dos rendimentos é isenta. Enquanto isso, o trabalhador com carteira assinada tem, em média, 69,18% da renda tributada com alíquota de até 27,5% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Segundo Haddad, há uma série de situações que continuarão com isenções e que também beneficiam os super ricos, como despesas com saúde, títulos incentivados, ganhos de capital na venda de bens e indenizações. “Os super ricos que pagam imposto não são tocados pela medida. Você tá falando dos super ricos que não pagam imposto”, reafirmou. Caso seja aprovada pelo Congresso, as mudanças só valerão a partir de 2026. Acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva do imposto de renda será aplicada normalmente. Atualmente, a isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física beneficia apenas quem ganha até R$ 2.259,20. Texto: ABr
Esporte Espetacular destaca aventura inédita de atletas radicais em cidade do Sul do Espírito Santo
Dois atletas experientes, referências em seus esportes, escolheram a Pico dos Pontões, em Mimoso do Sul, Espírito Santo, para uma aventura radical: unir, num mesmo momento, a prática das duas modalidades, o highline e o wing suit, pela primeira vez no país. Tudo foi registrado com câmeras e drones. O material, com belas imagens, foi exibido do programa Esporte Espetacular do último fim de semana. Gabriel Lott, no wing suit, e Caio Afeto, no highline, desafiaram as condições climáticas, superaram dificuldades como nuvens e ventos fortes, e fizeram história em seus esportes. No ponto mais alto, a Pedra dos Pontões atinge 1.438 metros de altitude. Um helicóptero acompanhou toda a preparação da equipe e deu todo o suporte para a aventura. Confira algumas imagens: A dos dois atletas aventura está disponível para assinantes da Globoplay, no link: https://globoplay.globo.com/v/13429818
Projeto em discussão na Assembleia amplia beneficiários de isenção de IPVA no ES
Um projeto de lei apresentado pelo deputado Coronel Weliton (PRD) na Assembleia Legislativa (Ales), propõe a inclusão de pessoas com deficiência intelectual ou múltipla entre os beneficiados pela isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Atualmente, a Lei 6.999/2001 já garante essa isenção para pessoas com deficiência física, auditiva, visual, mental severa ou profunda, além de autistas, proprietários de veículos ou seus representantes legais. No entanto, a norma não menciona explicitamente aqueles com deficiência intelectual ou múltipla. Para o autor do projeto, essa ausência representa uma falha que precisa ser corrigida. “O artigo 6º, inciso II, da Lei 6.999/01 não inclui essas categorias. Nosso objetivo é garantir esse direito e promover mais equidade”, afirma na justificativa da proposta. Ampliação do benefício O deputado Fábio Duarte (Rede) sugeriu uma emenda substitutiva para estender o benefício também às pessoas com doenças degenerativas, neurodivergentes e neuroatípicas. Ele ressalta que enfermidades como esclerose múltipla, Parkinson e atrofia muscular espinhal comprometem a mobilidade e exigem adaptações no transporte. “A isenção tributária facilita o acesso a veículos adaptados, garantindo mais autonomia e dignidade para essas pessoas”, explica. A proposta também inclui condições neurodivergentes, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que podem gerar dificuldades no uso do transporte público convencional. “O deslocamento previsível e seguro é essencial para evitar estresse e dificuldades sensoriais”, acrescenta Duarte. Segundo o parlamentar, a emenda busca ampliar a justiça social e garantir que a legislação esteja alinhada à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU e à Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal 13.146/2015). Tramitação A proposta foi lida no Expediente da sessão ordinária de 17 de fevereiro e seguirá para análise nas comissões de Justiça, Direitos Humanos, Saúde, Mobilidade Urbana e Finanças. Caso aprovada, a nova legislação entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial.