Neste domingo (20), das 5h às 9h, trechos das avenidas Estudante José Júlio de Souza, Antônio Gil Veloso e das ruas Castelo Branco e Antônio Ataíde serão temporariamente interditados para a realização da 12ª edição da Corrida da Penha. A largada está marcada para as 7h30, na Praça do Ciclista, em Itaparica, com chegada na Prainha, em frente ao Convento da Penha. A expectativa é de que 3,5 mil corredores participem da prova, que terá um percurso de 7 quilômetros e duração aproximada de duas horas. A liberação do trânsito será feita de forma gradual, conforme os atletas forem avançando pelo trajeto. Com o tema “União, esporte, fé e cultura em movimento”, a Corrida da Penha marca o início das celebrações da maior festa religiosa do Espírito Santo, mobilizando não apenas atletas, mas também devotos e admiradores do Convento da Penha. Corridinha da Penha E os pequenos também terão vez: após o encerramento da prova principal, por volta das 9h, será a vez da Corridinha da Penha, voltada para crianças de 3 a 15 anos. Os percursos variam entre 60 e 200 metros e acontecem no entorno do Parque da Prainha, com largada e chegada no mesmo local. Para o secretário de Esporte e Lazer de Vila Velha, Anadelso Pereira, a corrida é uma forma de unir fé e saúde. “Vila Velha já se consolidou como a cidade do esporte. Fazemos questão de apoiar eventos como este, que fortalecem o espírito esportivo e, ao mesmo tempo, expressam a fé do nosso povo”, destacou. Serviço: 12ª Corrida da Penha Data: Domingo (20) Horário: Concentração às 6h30; Largada às 7h30 Local: Praça do Ciclista x Parque da Prainha Corridinha da Penha Data: Domingo (20) Local: Parque da Prainha. Horário: Concentração 8h30; Previsão de início às 9h. Percurso: toda a prova acontecerá no Parque da Prainha Foto: PMVV
Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil; Vitória registra queda
Um levantamento recente do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/UFMG) aponta que, em março de 2025, o Brasil contava com 335.151 pessoas vivendo em situação de rua, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. O número representa um aumento de 0,37% em relação a dezembro de 2024. Em contrapartida, o Espírito Santo aparece entre os nove estados brasileiros onde houve queda na quantidade de registros de pessoas em situação de rua nas capitais, o que indica um possível avanço nos esforços locais de acolhimento e reintegração. Apesar desse dado positivo, o cenário nacional segue alarmante. Em comparação com dezembro de 2013, quando 22,9 mil pessoas estavam nessa condição, o número atual é 14,6 vezes maior. Segundo o relatório, a Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país — são 208.791 pessoas — e o Espírito Santo, mesmo fazendo parte dessa região, destoa positivamente ao registrar redução na capital. Ainda de acordo com o CadÚnico, os dados mostram que: – 88% das pessoas em situação de rua têm entre 18 e 59 anos; – 9% são idosos; – 3% são crianças e adolescentes; – 84% são homens; – 81% vivem com até R$ 109 por mês; – 52% não concluíram o ensino fundamental ou são analfabetos. O relatório também alerta para a gravidade da baixa escolaridade e seus impactos diretos na dificuldade de inserção no mercado de trabalho, sobretudo nos grandes centros urbanos. Espírito Santo entre os poucos estados com queda Entre as 27 unidades da federação, apenas nove estados registraram diminuição na quantidade de pessoas em situação de rua em suas capitais — e o Espírito Santo está entre eles, ao lado de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Maranhão, Goiás, Alagoas e Sergipe. Outros 12 estados, no entanto, apresentaram aumento, incluindo Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. A realidade da violência nas ruas Entre 2020 e 2024, o Disque 100 registrou 46.865 casos de violência contra pessoas em situação de rua. Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte concentram 50% das denúncias. Os atos de violência ocorrem, em sua maioria, em vias públicas, mas também foram registradas agressões em espaços que deveriam proteger essa população, como abrigos, hospitais e instituições públicas. Ações e desafios O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) afirmou que vem reforçando a estrutura de atendimento, com investimento em centros de referência como os Centros POP, que oferecem alimentação, higiene, apoio jurídico e auxílio documental. Apesar disso, o Observatório da UFMG faz um alerta duro: “O descumprimento da Constituição com as pessoas em situação de rua continua, com pouquíssimos avanços na garantia de direitos.” Informações e Foto: ABr