A capital capixaba recebe nesta terça (25) e quarta-feira (26) a terceira edição do seminário nacional “Unidades de Conservação: Desafios e Estratégias de Implementação e Gestão”, com foco especial na preservação da Mata Atlântica — um dos biomas mais ameaçados do país. O evento acontece na sede do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), em Vitória. Promovido pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), o seminário é realizado em parceria com o MPES, o Conselho Nacional do Ministério Público (CMA/CNMP), a Fundação Grupo Boticário e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES). A iniciativa já passou por outras regiões do país, com edições voltadas ao Cerrado e à Amazônia. O encontro reúne promotores de Justiça, gestores públicos, especialistas e representantes da sociedade civil para debater soluções práticas para a ampliação, regularização e gestão das Unidades de Conservação (UCs), com base nas diretrizes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Durante o evento, a ABRAMPA vai apresentar uma nota técnica inédita com orientações para o diagnóstico e a regularização das UCs. “O documento sistematiza os requisitos mínimos legais para garantir gestão adequada, transparência e consolidação territorial das Unidades de Conservação”, explicou o promotor de Justiça Alexandre Gaio, diretor de Relações Institucionais da ABRAMPA e coordenador da Operação Mata Atlântica em Pé. Mata Atlântica em risco A escolha do Espírito Santo como sede destaca a urgência de fortalecer a proteção da Mata Atlântica. Com apenas 12,4% de sua cobertura original preservada, o bioma sofre com desmatamento, urbanização desordenada e ocupações irregulares. Ele abastece de água mais de 60% da população brasileira e abriga cerca de 70% da população nacional. Segundo o Relatório Anual do Desmatamento 2024, do MapBiomas, a Mata Atlântica perdeu 13.472 hectares de vegetação nativa no último ano. Apesar da redução de cerca de 20% em relação a 2023, parte dessa queda se deve a eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que causaram deslizamentos e perdas não relacionadas à ação humana. No Espírito Santo, após o pico de desmatamento registrado em 2023, os dados de 2024 mostram queda superior a 60%, resultado atribuído ao uso de tecnologias de monitoramento, ao fortalecimento da fiscalização e à implementação de políticas públicas de controle ambiental. “O histórico de degradação da Mata Atlântica exige ações mais intensas para proteger os remanescentes florestais. É preciso unir Ministério Público, governos e sociedade para garantir a efetividade das Unidades de Conservação”, defendeu Luciano Loubet, promotor de Justiça e presidente da ABRAMPA. Operação Mata Atlântica em Pé Uma das frentes de combate ao desmatamento é a Operação Mata Atlântica em Pé, coordenada pela ABRAMPA desde 2017, em conjunto com os MPs estaduais e órgãos ambientais. Só em 2024, a operação fiscalizou cerca de 20 mil hectares e aplicou mais de R$ 143 milhões em multas por desmatamento ilegal em áreas do bioma. No Espírito Santo, foram fiscalizados mais de 250 hectares em seis municípios, com multas que somam quase R$ 3 milhões. A oitava edição da operação está prevista para setembro deste ano.
Neymara fecha etapa do Mundial no Chile com bom desempenho e já mira próximos desafios
A bodyboarder capixaba Neymara Carvalho terminou em quinto lugar no Iquique Bodyboard Pro, no Chile, segunda etapa do Circuito Mundial de Bodyboarding 2025. As disputas aconteceram nas ondas de La Punta 2, em Iquique, e se encerraram nesta segunda-feira (23). Na categoria Profissional Feminina, Neymara chegou às quartas de final e foi superada por uma diferença apertada: marcou 12.60 pontos contra 13.40 da carioca Nicolle Calheiros. Na sexta-feira (20), ela havia avançado com a melhor nota de sua bateria (13.25), superando a também capixaba Maylla Venturin (12.25) e a japonesa Sara Abiko. “Gostei muito da minha participação. Me senti ativa, produtiva. Claro que queria mais, fica aquele gostinho de quero mais. Mas tenho que reconhecer que minha adversária foi melhor nas quartas”, afirmou Neymara, patrocinada pela ArcelorMittal e apoiada pelo Instituto Neymara Carvalho, pelo programa Bolsa Atleta Capixaba e pela Prefeitura de Vila Velha. Agora, a pentacampeã mundial se prepara para a próxima competição: a segunda etapa do Circuito Cearense, que acontece entre os dias 4 e 6 de julho, na praia de Taibinha (CE). Ela disputará as três etapas do circuito estadual. A primeira foi em fevereiro, na Praia do Futuro, em Fortaleza, quando também ficou em quinto lugar. A terceira e última etapa está prevista para dezembro, na Praia de Iracema. Além do circuito nacional, Neymara organiza o ArcelorMittal Wahine Bodyboard Pro, etapa feminina do Mundial que será disputada no Espírito Santo entre os dias 11 e 21 de setembro. “Agora é focar no Cearense e trabalhar bastante para realizar o Wahine em casa e reencontrar todas as meninas do tour aqui no Espírito Santo”, completou. Na temporada 2025, Neymara já participou da abertura do Mundial no Marrocos, da primeira etapa do Circuito Cearense e do Slab Bodyboarding Contest, realizado no Pico D2, na Praia da Costa, em Vila Velha, em um desafio inédito no Brasil.