O esporte capixaba ganhou mais um capítulo histórico no último sábado (16). A ultramaratonista aquática Thaís Sant’Ana, de 33 anos, se tornou a primeira mulher do Espírito Santo – e apenas a terceira brasileira – a completar a tradicional volta à Ilha de Manhattan, em Nova Iorque (EUA). Foram 8 horas, 25 minutos e 2 segundos de prova para vencer os 47 quilômetros do percurso, realizado na foz do rio Hudson. A travessia em formato de circum-navegação oferece vista privilegiada de ícones da cidade como o Empire State Building, o One World Trade Center e a Ponte do Brooklyn. Com mais de 100 anos de história, a prova integra a chamada “Tríplice Coroa das Águas Abertas”, ao lado das travessias do Canal da Mancha e do Canal da Catalina, consideradas entre as ultramaratonas aquáticas mais desafiadoras do mundo. Correnteza como desafio Thaís largou às 13h no horário local (14h no Brasil), com a água a 25°C. Segundo a nadadora, a principal dificuldade foi a forte correnteza: “Tivemos condições climáticas favoráveis, mas a corrente já começou a pesar por volta do km 14 e durou cerca de 1h30. Depois ficou neutra e no final passou a ajudar novamente. Mesmo assim, consegui manter o ritmo e concluir a prova”, contou. Histórico de conquistas A atleta acumula provas de longa distância em cenários inusitados, como a Morocco Swim Trek, uma travessia de 33 km em formato de rally pelo Saara Ocidental, e o Desafio do Lago Bodensee, com 35 km passando por três países (Alemanha, Suíça e Áustria). No ano passado, ela concluiu a travessia do Canal da Mancha, feito que a motivou a mirar ainda mais alto. Agora, Thaís sonha em completar o Oceans Seven, que reúne as sete maiores travessias de águas abertas do mundo. “Meu objetivo é inspirar e empoderar outras pessoas a acreditarem nos seus sonhos. Quando me perguntam ‘por quê?’, eu sempre respondo: ‘por que não?’”, instiga a nadadora. Curiosidades da Volta à Ilha de Manhattan Primeiro concluidor: Robert Dowling (EUA), em 1915 – 13h45min Primeira mulher: Ida Elionsky (EUA), em 1916 – 11h35min Recorde atual: Andrew Donaldson (GBR), em 2024 – 5h41min48s Brasileiras concluintes: Dailza Damas Ribeiro (1995), Alessandra Lima (2019) e agora Thaís Sant’Ana (2024) Brasileiros concluintes: Igor de Souza, Samir Barel, Luiz Pradines, Marcio Junqueira e Leonardo Natal Suporte e patrocínio Thaís contou com apoio da Cia Athlética de Campinas e de uma equipe multidisciplinar formada pela treinadora Fernanda Machado (@byswimming), a psicóloga Carol Penteado, a nutricionista Gessica Jara e a médica do esporte Dra. Francielly Telles. A atleta também é patrocinada pela Swim Haus.
Novo espaço gastronômico da Praia da Costa une sabores brasileiros e internacionais
A Praia da Costa, em Vila Velha, acaba de ganhar um novo endereço para os amantes da boa mesa. Inaugurado recentemente, o Sublime Parrilla & Buffet chega com a proposta de reinventar o tradicional buffet a quilo, oferecendo diariamente pratos variados que combinam a riqueza da culinária brasileira com influências internacionais e o tempero autoral da chef Lia Muñoz. Cubana radicada no Espírito Santo, Lia é formada em Gastronomia em Havana e já passou pelas cozinhas da rede de hotéis e resorts Meliá. Após anos dedicados a outras áreas, manteve a paixão pela culinária viva em encontros com familiares e amigos até realizar o sonho de abrir o próprio restaurante. Ao lado da filha, Alessandra Muñoz, sócia e responsável pela administração, ela comanda o novo espaço que une sabor, cuidado e um ambiente acolhedor. O cardápio é dinâmico e aposta na variedade. Todos os dias, novas opções são servidas, que vão desde cordeiro ao vinho, pernil assado, massas artesanais e saladas diversificadas até receitas especiais como arroz de polvo, arroz de bacalhau e feijão com legumes. As carnes, preparadas na cozinha e na parrilla, incluem cortes nobres como filé mignon, ancho e alcatra. “O Sublime é uma extensão da minha casa. Quero que cada cliente se sinta acolhido e feliz a cada garfada. Não é apenas mais um buffet a quilo, mas uma experiência gastronômica com pratos diferentes todos os dias”, destaca Lia. O restaurante funciona de segunda a sábado, das 11h às 15h, com buffet a R$ 99,99 de segunda a quinta-feira e R$ 149 às sextas, sábados e feriados. Em breve, a casa também vai abrir à noite, trazendo uma proposta à la carte com novos atrativos no menu. 📍 Sublime Parrilla & Buffet Rua José Penna Medina, nº 380, Praia da Costa, Vila Velha ⏰ Funcionamento: Segunda a sábado, das 11h às 15h 📲 Instagram: @sublimeparrilla
Hartung lança o livro “Política em tempos de grandes mudanças” nesta terça (19) em Vitória
O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung apresenta seu mais recente trabalho, Política em Tempos de Grandes Mudanças, em evento marcado para esta terça-feira (19 de agosto), às 18 horas, no auditório da Fucape, em Vitória . A obra reúne 36 artigos publicados nos últimos 18 meses, acrescidos de dois textos inéditos — um de abertura, que contextualiza os temas, e um encerramento, que propõe uma agenda para o Brasil. Com contribuições de peso, o livro traz prefácio de Luciano Huck, posfácio de Marcos Lisboa, capa assinada por Ana Paula Vescovi e texto complementar de Samuel Pessôa . Além de abordar temas como transformação democrática, justiça socioeconômica e os impactos da tecnologia e das mudanças climáticas, Hartung defende uma agenda de transformação para o país baseada em valores democráticos e republicanos, com foco em dignidade e justiça. O livro conta com uma publicação eletrônica lançada na primeira semana de agosto, disponível na Amazon. Artigo sobre o livro Em artigo assinado no Estadão, o ex-governador escreveu sobre o conteúdo do livro: “Vivemos uma contemporaneidade convulsiva, transformada pela incidência das novas tecnologias, pela emergência climática e movimentos desafiantes aos laços politicamente estruturados. A crise desencadeada pelo governo norte-americano com o tarifaço aprofunda esse quadro.” “Experimentamos era de fluidez vertiginosa, que soma as dimensões presencial e digital para uma existência em dupla ambiência, atravessada por desprezo à fatualidade, como bem mostra o fenômeno dramático das fake news. Temos um crítico momento em que as bases democrático-republicanas de nossa civilização sofrem ataques ao redor do planeta, sombreado por retrocessos patrocinados por radicalidades do espectro político.” O ex-governador citou ainda o momento internacional conflituoso: “No rastro da pandemia e feroz disputa por hegemonia global, geraram-se efeitos danosos inegáveis, como a desorganização de diversificadas cadeias de suprimento. Guerras, ataques ao multilateralismo e emergência climática adicionam complexidades a uma fase histórica de enfraquecimento do sistema internacional erigido no pós-1945, ora inclinado a ser suplantado por crescente beligerância, recrudescente protecionismo e preocupante negacionismo.” Temos um crítico momento em que as bases democrático-republicanas de nossa civilização sofrem ataques ao redor do planeta, sombreado por retrocessos patrocinados por radicalidades do espectro político. No rastro da pandemia e feroz disputa por hegemonia global, geraram-se efeitos danosos ine-gáveis, como a desorganização de diversificadas cadeias de suprimento Guerras, ataques ao multilateralismo e emergência climática adicionam complexidades a uma fase histórica de enfraquecimento do sistema internacional erigido no pós-1945, ora inclinado a ser suplantado por crescente beligerân-cia, recrudescente protecionismo e preocupante negacionismo. Questões históricas no Brasil Para o ex-governador, no meio dessa cena de persistentes transformações, o Brasil tem o desafio de superar questões históricas e, ao mesmo tempo, implantar os fundamentos do futuro: “Um país que resiste a aprender com erros e sucessos, no mais das vezes, repetindo o passado com etiquetas de ‘grandes novidades’. Uma nação que precisa mitigar polarizações extremadas e se unir em torno do que nos deve congregar a todos: a construção da prosperidade inclusiva. Um Brasil que precisa de estratégia para as travessias desse novo tempo e suas tempestades, como a tortuosa reconfiguração geopolítica em curso. Este é o contexto em que convido o leitor a pensar sobre o fazer político atual, com meu novo livro… A política é uma atividade dinâmica, umbilicalmente conectada às atualidades. Desse modo, é mais que pertinente elaborar como fica a política neste nosso tempo tão cataclísmico. É o que proponho, reunindo desafios, apontamentos, reflexões e indagações acerca dessa atividade essencial à condição humana.” Foto: Reprodução – Instagram
João Gualberto – “Empresários e relações democráticas”
Empresas do século XXI precisam conquistar a licença social para operar, articulando-se com comunidades, governos e o meio ambiente por meio de relações democráticas. Quando lemos um velho romance de Jorge Amado, como Capitães da Areia, por exemplo, publicado pela primeira vez em 1937, temos um retrato terrível dos antigos patrões, sempre malvados e mesquinhos. A mesma impressão nos despertam os filmes do diretor francês Jean Renoir, que são, aliás, da mesma época. Obviamente, no caso da expressão desses dois artistas, trata-se de ficção e, mais ainda, de leituras muito críticas do universo relacional do capitalismo liberal daquela época. Foram, ambos, homens de esquerda, ligados às teses comunistas que eram muito populares então. Bom registrar, entretanto, que eles não estavam muito longe da verdade. As empresas no início do século XX tinham uma baixa relação com os sistemas social e natural que as cercavam. Muitas foram, de fato, predadoras. Ocorre que, entre os quase 100 anos que separam as críticas contundentes que se faziam à ganância dos empresários, naquela época, e os dias atuais, muita coisa mudou. O mesmo se pode dizer das preocupações que cercam as decisões governamentais. Houve época no Espírito Santo – sobretudo pelo enorme esforço necessário para nos industrializarmos – em que o mais importante era atrair novos negócios, criar empregos e tirar a economia da estagnação. Questões ligadas ao meio ambiente, por exemplo, eram subestimadas. A sociedade, porém, se movimentou muito. Novos direitos foram reivindicados e conquistados pelos cidadãos e suas representações coletivas. Mais do que isso, novos patamares de consciência de seus lugares e responsabilidades no mundo foram tomando conta de toda a sociedade, inclusive de suas elites econômicas e políticas. A soma desses fatores mudou a equação social. Tanto do lado dos empreendedores, quanto do próprio governo, níveis mais altos de exigências foram estabelecidos quando a sociedade passou a exigir mais responsabilidade social das novas plantas de negócios, fossem do setor agrícola, extrativista mineral, de logística ou industrial. Desse modo surgiram novos protocolos de articulação entre empresas, estado e sociedade civil. Como consequência das mudanças na sociedade, as empresas, neste início de século XXI, necessitam da Licença Social para Operar. Isso significa que devem medir as consequências de sua ação no meio ambiente em que atuam, mas não apenas isso. É preciso que as comunidades que as cercam conheçam e aprovem as intervenções que serão feitas nos ambientes social, político e natural, que são patrimônio e ativo de todos, afinal ninguém é dono da natureza. Não se pode mais interferir na lógica de funcionamento de uma determinada comunidade sem ouvi-la, e sem, sobretudo, levar em conta as demandas surgidas nos processos técnicos de escuta estabelecidos. Para isso deve haver o emprego de certas técnicas, certas expertises de consultores que ajudem as empresas e os governos a se articularem em entre si. O importante é estabelecer diálogo com as comunidades, autoridades e organizações relevantes da região atingida, visando a construir uma espécie de aliança por meio da qual todos possam usufruir dos benefícios, e assim ajudarem a própria empresa a obter apoio governamental ao seu projeto. Essa é uma forma de obter licença social e engajamento no projeto. Ao mesmo tempo, as autoridades poderiam ter certeza de estar atendendo a toda uma região e seus múltiplos interesses, e não apenas ao desejo de um grupo empresarial. Esse é o aprendizado da implantação de novos negócios nas últimas décadas. A capacidade de construir juntos o desenvolvimento. A compreensão de que nenhuma empresa é simplesmente implantada num determinado sítio territorial e social. Ela é, antes, produzida e produtora de uma nova cultura, da circulação de mais dinheiro, da geração de mais postos de trabalho, mas também de impactos que devem ser levados em conta, analisados e compreendidos por todos. As pessoas que compõem uma determinada sociedade querem prosperidade, estão dispostas a abrir mão de certas comodidades se compreenderem a extensão do que está sendo proposto. Também precisam conhecer os cuidados técnicos que serão tomados pelos responsáveis pelo novo empreendimento. No fundo, voltamos à ideia do contrato social de Rosseau, em que as partes contratam entre si as condições da convivência social, seus custos e benefícios. É disso que se trata quando falamos de Licença Social para Operar: criar bases claras e compreensíveis de um contrato social com benefícios para todos. Obviamente, temos muito a evoluir. Entender o quanto as organizações podem dialogar com o seu entorno, por meio de relações e trocas positivas, é fundamental para continuar neste caminho. *João Gualberto Vasconcellos é mestre e professor emérito da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Doutor em Sociologia pela Escola de Altos Estudos em Ciência Política de Paris, na França, Pós-doutorado em Gestão e Cultura. Foi secretário de Cultura no Espírito Santo entre 2015 e 2018. *A opinião do articulista é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo
Semana terá tempo instável na Grande Vitória, mas sol deve predominar a partir de sexta
A semana começou chuvosa na Grande Vitória. Segundo o Climatempo, esta segunda-feira (18) será marcada por céu encoberto e chuviscos ocasionais, com temperaturas variando entre 17 °C e 24 °C. Para terça-feira (19), a previsão ainda é de instabilidade, com possibilidade de pancadas de chuva, especialmente durante a tarde. A mínima será de 16 °C e a máxima de 24 °C. A partir de quarta-feira (20), o clima começa a mudar. O sol aparece entre nuvens altas e as temperaturas ficam mais agradáveis, variando entre 17 °C e 26 °C. Na quinta (21) e na sexta-feira (22), a previsão é de tempo firme, com sol predominando ao longo do dia. As temperaturas sobem e devem oscilar entre 18 °C e 27 °C. O fim de semana promete ser de muito sol e calor. No sábado (23), a mínima prevista é de 19 °C e a máxima de 27 °C. Já no domingo (24), os termômetros podem chegar a 28 °C, com predomínio de sol durante todo o dia — cenário ideal para atividades ao ar livre e lazer nas praias da região.