Um estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou o alerta sobre o consumo de carnes processadas, ainda muito presentes na alimentação dos brasileiros, em parte pelo baixo custo. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), braço da OMS, classificou alimentos como bacon, presunto, salame, salsicha e linguiça no Grupo 1, categoria que reúne substâncias comprovadamente cancerígenas. Nesse mesmo grupo estão tabaco, álcool e amianto. A oncologista Virgínia Altoé Sessa, do Hospital Santa Rita, explica: Já existem diversos estudos científicos que evidenciam o risco do consumo dessas comidas, principalmente para o câncer colorretal, especialmente quando o consumo é frequente e em grandes quantidades” Apesar de dividirem a mesma classificação, a médica esclarece que o risco não é idêntico: “A inclusão desses alimentos no mesmo grupo do cigarro não significa que os níveis de risco sejam equivalentes. O tabagismo apresenta um perigo ainda maior e continua sendo o principal fator de risco evitável para o câncer”. De acordo com a Iarc, a ingestão diária de 50 gramas de carne processada — o equivalente a duas fatias de bacon — aumenta em cerca de 18% o risco de desenvolver câncer colorretal. O consumo também pode estar associado a outros tipos de câncer, como os de estômago, próstata e pulmão. Para a oncologista, a melhor estratégia é buscar equilíbrio: “A moderação é essencial. Ainda que haja consumo de carnes processadas, o ideal é evitar o excesso e substituí-las aos poucos por alimentos mais saudáveis, como carnes brancas, legumes e oleaginosas. Isso, aliado à prática regular de atividade física e ao afastamento do cigarro, ajuda a reduzir o risco de doenças”.
Projeto transforma paisagens capixabas em música e promove oficinas gratuitas
Uma websérie documental vai unir música, cultura e turismo em diferentes regiões do Espírito Santo. O projeto Compondo na Rua – Sons do Espírito Santo, idealizado pelo saxofonista Marcelo Coelho, vai percorrer oito municípios capixabas para transformar as paisagens e referências culturais locais em composições musicais inéditas. Cada cidade visitada será inspiração para uma nova obra criada in loco, apenas com papel e caneta, em um processo autoral que dará origem a um álbum instrumental com lançamento previsto para 2026. As gravações já começaram em Vitória, Vila Velha e Guarapari, e seguem até setembro por Serra, Afonso Cláudio, Ibiraçu, Pedra Azul e Itaúnas. Música como retrato do território Marcelo Coelho é doutor em composição pela Unicamp, pós-doutor pela USP e referência do jazz no Brasil, com carreira internacional em festivais na América do Sul, Europa e Estados Unidos. “O Espírito Santo é um território potente, ainda pouco retratado pela música instrumental. Nossa ideia é criar uma obra que expresse as paisagens e culturas locais e, ao mesmo tempo, seja um instrumento de memória e divulgação, valorizando o estado nacionalmente”, afirma o músico. Em cada cidade, Marcelo será acompanhado por músicos convidados que possuem ligação com a região. Oficinas de música e formação cultural Além da série, o projeto também oferece oito oficinas gratuitas de composição musical e leitura de partitura, voltadas para estudantes, músicos amadores e profissionais. Os participantes recebem material didático e certificado. Websérie e álbum A produção contará com oito episódios de cerca de 10 minutos, que serão disponibilizados em plataformas digitais como YouTube, Spotify e Instagram. O projeto também resultará em oito músicas gravadas em estúdio e terá três apresentações em festivais capixabas ao longo de 2026. Com realização da Lupino Produções, incentivo da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) e patrocínio da EDP, a iniciativa busca integrar música, audiovisual, educação e valorização do território, colocando o Espírito Santo em destaque como cenário fértil para a arte e a inovação. Serviço Compondo na Rua – Sons do Espírito Santo Série documental e oficinas de música Idealização: Marcelo Coelho Duração: 8 episódios – 10 min cada Oficinas gratuitas em 8 cidades capixabas (cronograma local) Lançamento: dezembro de 2025 Mais informações: @marcelocoelhomusic | @lupinoproducoes
Restaurante capixaba serve mais de 1,5 tonelada de camarão por mês
O nome do restaurante é Ilha do Caranguejo. mas quem também reina por lá é o camarão. Somadas, as unidades de Vitória e Vila Velha vendem mais de 1,5 tonelada do fruto do mar por mês, em períodos em que fazem ações promocionais, como a que começou neste mês e termina no dia 26 de deste setembro. Para conseguir atender à demanda, o restaurante compra os camarões não só no mercado capixaba. De acordo com os proprietários, boa parte vem da Bahia e do Ceará. O Ilha do Caranguejo é um dos nomes mais fortes do Espírito Santo no segmento de frutos do mar, conhecido por pratos como moquecas, casquinhas de siri e camarão ao alho e óleo. Fundado em 2009, em Jardim Camburi, conquistou o público pelo sabor, atendimento diferenciado e um estilo com atrativos turísticos. Seis anos depois, uma nova unidade foi Inaugurada em Vila Velha, no Boulevard Shopping. Ambas as unidades com uma excelente estrutura para as crianças. Adquirido em 2010, o CarangoMóvel é sucesso nas ruas da Grande Vitória Festival inspirado em memes O restaurante está realizando a 6ª edição do seu Festival do Camarão, desta vez com um toque inusitado: pratos inspirados em memes famosos da internet. O evento gastronômico oferece três receitas exclusivas, servidas com um banquete de acompanhamentos, em porções generosas que atendem até três pessoas, com preços a partir de R$ 99,00. Generosas, as porções podem ser divididas por até três pessoas. Entre as novidades está o “Ai que Loucura de Camarão!”, que combina camarões selecionados salteados no alho e pimenta-do-reino, flambados no conhaque e servidos em molho cremoso de catupiry com tomate seco, palmito e sugo artesanal. O prato é finalizado com salsa e cebolinha, coberto por parmesão gratinado e acompanhado por três camarões empanados recheados com catupiry. Outro destaque é o “Camarões para Nossa Alegria”, feito com camarões refogados e flambados no conhaque, envolvidos em creme de mussarela, creme de leite e cubos de tomate fresco, temperados com manjericão e finalizados com farofa crocante de farinha panko com ervas finas. Já o “Que Show de Camarão é Esse?” traz camarões salteados no alho e páprica, servidos em creme de leite de coco aromatizado com cebola, páprica e um toque de açafrão. A apresentação é feita diretamente no coco verde, destacando o visual e o sabor. Todos os pratos são acompanhados por arroz, pirão de camarão, batata palha, batata frita, seis mini pastéis de camarão, camarão paulistinha, banana frita, vinagrete, farofa e molho de maionese. Serviço 📅 Período: 11 de agosto a 26 de setembro de 2025 💰 Preços: A partir de R$ 99,90 no almoço (terça a sexta, 11h30 às 15h) e R$ 109,90 no jantar (segunda a sexta, 17h às 23h) 📍 Onde: Ilha do Caranguejo – Jardim Camburi (Vitória) e Boulevard Shopping Itaparica (Vila Velha) 📱 Instagram: @ilhadocaranguejo
Estudo revela que apenas dieta não reduz gordura do lipedema
Embora dietas sejam importantes na redução de gordura corporal, existem condições em que apenas mudanças na alimentação não são suficientes. Um estudo da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) aponta que a gordura associada ao lipedema não pode ser eliminada apenas com dieta. O lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura em regiões como pernas, coxas, quadris e braços. Além do excesso de tecido adiposo, a doença provoca inchaço e dores nos membros afetados. Para a médica cirurgiã Patricia Lyra, especialista em lipedema, o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar. “Diferente da obesidade, a gordura do lipedema não é eliminada apenas com dietas ou exercícios convencionais. O tratamento clínico é mais complexo e envolve atividade física e acompanhamento nutricional específicos, fisioterapia, terapias de compressão, além de acompanhamento com endocrinologista e angiologista. Tudo isso é essencial para reduzir o tecido adiposo e aliviar os sintomas”, explica Patricia. A médica alerta que, sem tratamento adequado, o lipedema pode evoluir para estágios mais graves, aumentando o acúmulo de gordura, intensificando os sintomas e até comprometendo a mobilidade da paciente.
Projeto “Nós no Parque” celebra centenário de Maurício de Oliveira em Vitória
A segunda edição do Projeto “Nós no Parque: Explorando Contos Através da Música” vai homenagear o centenário do violonista capixaba Maurício de Oliveira (1925-2009), considerado um dos maiores nomes da música do Espírito Santo. O evento será no Parque Moscoso, em Vitória, no domingo, 31 de agosto, das 10h às 12h, com apresentação do violinista Hariton Nathanailidis e contação de histórias da escritora Renata Bomfim. A iniciativa é da Sonatha Produções, com patrocínio da Lei Rubem Braga, da Prefeitura de Vitória. Esta é a segunda de cinco edições do projeto, que seguirá até o final do ano, sempre aos domingos, unindo música e literatura e oferecendo às crianças e famílias a oportunidade de conhecer repertórios musicais diferenciados e histórias inéditas. Homenagem a Maurício de Oliveira Nascido em Vitória, filho de pescador, Maurício de Oliveira se destacou como violonista, arranjador e professor de música. Foi o primeiro músico capixaba a gravar um disco, em 1952, e conquistou o 2º lugar no V Festival Internacional da Juventude para a Paz e a Amizade, em Varsóvia, em 1955, com a composição “Canção da Paz”. Também foi pioneiro ao gravar a obra completa de Heitor Villa-Lobos para violão, na década de 1960. O violinista Hariton Nathanailidis, que acompanhou de perto a carreira de Maurício desde a década de 1980, gravou com o mestre o álbum “Luísa”, em 2008. Nesta edição, ele apresentará cinco peças instrumentais do músico, acompanhado por convidados, ressaltando a relevância do legado musical e cultural de Maurício para o Espírito Santo. “Como compositor, Maurício retratou nossa história, tradições e personagens capixabas. Sua obra merece ser reverenciada”, afirma Hariton, destacando composições como Coro dos Canoeiros do Rio Santa Maria e Batuque e Polca. Contação de histórias As músicas serão intercaladas com uma narrativa criada e narrada por Renata Bomfim, que conta a história de Vitória e Ravi, duas crianças apaixonadas pela natureza, e da Vovó Ester, que transmite sabedoria e afeto. A narrativa se inspira na Ilha de Vitória e na tradição literária capixaba, em homenagem à escritora Ester Abreu Vieira de Oliveira, presidente da Academia Espírito-santense de Letras (AEL). “A arte é uma ferramenta poderosa de educação e sensibilização. Cada edição do projeto aproxima crianças, famílias e comunidade, promovendo experiências culturais e sociais enriquecedoras”, explica Renata. Programação Data: 31 de agosto (domingo) Horário: 10h às 12h Local: Parque Moscoso – Av. Cleto Nunes, s/n, Centro, Vitória (ES) Entrada: gratuita Realização: Sonatha Produções Patrocínio: Lei Rubem Braga / Prefeitura de Vitória Repertório musical Canção da Paz – Maurício de Oliveira Coro dos Canoeiros do Rio Santa Maria – Maurício de Oliveira Batuque e Polca – Maurício de Oliveira Diálogos nº 3 – Maurício de Oliveira Canção da Paz (encerramento) – Maurício de Oliveira Equipe Hariton Nathanailidis – Produção executiva Marcia Dall’Orto – Coordenação geral Renata Bomfim – Contação de histórias José Roberto Santos Neves – Assessoria de Imprensa Priscila Aline – Web designer Redes sociais Instagram: @sonathapm
Varejo capixaba registra maior volume de vendas em junho dos últimos 25 anos
O comércio varejista do Espírito Santo alcançou em junho o maior volume de vendas para o mês dos últimos 25 anos, com 99 pontos no índice de movimentação, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. O estado segue à frente do desempenho regional e nacional: as vendas subiram 2,6% em relação a junho de 2024, enquanto a média do Sudeste cresceu 0,2% e a do Brasil, 0,3%. No acumulado de janeiro a junho de 2025, o crescimento capixaba foi de 4,4%, superando o Brasil (1,8%) e a média do Sudeste (1,3%). Os setores que mais impulsionaram o desempenho foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+10,7% em junho e +12,1% no acumulado de janeiro a junho) Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+9%) Tecidos, vestuário e calçados (+5,3% em junho e +19,3% no acumulado) Segundo André Spalenza, coordenador de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, “são setores que têm se mantido dinâmicos, respondendo bem às mudanças do mercado e às preferências de consumo das famílias capixabas”. No varejo ampliado — que inclui veículos, motocicletas, material de construção e atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo —, o Espírito Santo avançou 3,1% no primeiro semestre, acima das médias do Brasil (0,5%) e do Sudeste (0,1%). O atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo foi o grande destaque, com alta de 32,87% entre junho de 2024 e 2025. Para Spalenza, os números mostram a trajetória consistente do comércio capixaba. “O resultado de junho, o melhor em 25 anos, consolida o varejo do estado como um dos mais vibrantes do país. Espera-se que o segundo semestre mantenha o ritmo positivo, impulsionado por datas comemorativas, turismo regional e fortalecimento da renda”, afirmou. A pesquisa completa está disponível no site portaldocomercio-es.com.br.
Dengue: especialista explica as três fases e quando buscar atendimento
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, pode surgir a qualquer momento do ano e varia desde formas leves até quadros graves que, se não tratados corretamente, podem levar ao óbito. Segundo a infectologista Martina Zanotti, do hospital Vitória Apart, a doença apresenta três fases, e reconhecer os sinais de alerta é fundamental para evitar complicações. Fase febril Dura de dois a sete dias e é marcada por febre alta, dor de cabeça, dor muscular, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, diarreia e manchas vermelhas na pele. “A maioria dos pacientes se recupera nesta etapa sem maiores complicações”, explica Martina. Fase crítica Alguns pacientes evoluem para a fase crítica, geralmente entre o quarto e o sétimo dia, quando a febre começa a melhorar. É nesse período que surgem os sinais de alerta, que exigem atendimento médico imediato: Dor abdominal intensa Vômitos persistentes Tontura ou desmaios Redução da urina Sonolência excessiva ou confusão mental Sangramentos “A atenção nessa fase pode salvar vidas”, alerta a infectologista. Fase de recuperação Nos casos que apresentaram a forma grave da doença, a melhora ocorre a partir do sétimo dia, mas sintomas como fraqueza podem persistir. Complicações, como hepatite causada pelo vírus da dengue, podem prolongar a recuperação. Martina ressalta que a dengue grave (antigamente chamada de dengue hemorrágica) exige atenção redobrada nos primeiros dois dias após a febre ceder, pois é quando o quadro pode se agravar devido à queda de plaquetas e risco de sangramentos ou insuficiência hepática. “Informação salva vidas. Reconhecer os sintomas e procurar atendimento rápido é a melhor forma de evitar complicações”, conclui a especialista.
Comissão da Assembleia aprova projeto que valoriza música capixaba
A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (26), o Projeto de Lei (PL) 459/2023, de autoria do deputado Sergio Meneguelli (Republicanos), que prevê a obrigatoriedade de contratação de artistas locais — cantores, instrumentistas, bandas ou conjuntos musicais — para a abertura de eventos. Relator da matéria, o deputado Toninho da Emater (PSB) ressaltou que a proposta busca ampliar a visibilidade dos músicos regionais, que muitas vezes encontram barreiras para divulgar seu trabalho. Segundo Toninho, a medida tem “nítido interesse público ao assegurar espaço para a diversidade da produção musical brasileira, que contribui para a preservação das tradições regionais e para o fortalecimento da identidade cultural capixaba”. A deputada Iriny Lopes (PT) também participou da reunião do colegiado de Cultura.