Entre as cinco equipes brasileiras na disputa, duas são do Sesi Espírito Santo De 27 de setembro a 2 de outubro, a cidade de Singapura sediará a 20ª edição do Mundial STEM Racing, considerada a maior competição de réplicas em miniatura de carros de Fórmula 1 do mundo. O evento será realizado na Ilha de Sentosa, em paralelo ao Grande Prêmio de Fórmula 1 de Singapura, e reunirá 83 equipes de mais de 30 países. O Brasil será representado por cinco equipes, sendo que duas delas são do Espírito Santo, ambas do Sesi ES — o único estado brasileiro com duas representantes classificadas: Team Hyoku – Sesi Linhares (ES) Team Gear One – Sesi Serra/Civit (ES) Alpha Scuderia – Sesi Criciúma (SC) Sirius Scuderia – Instituto Federal do Paraná (PR) Team Synergy – FourC Bilingual Academy (SP) Os estudantes serão desafiados a projetar, construir e competir com carros em escala, unindo conceitos de engenharia, inovação e velocidade. A expectativa é que o Mundial STEM Racing 2025 reúna mais de 900 participantes. A classificação das equipes brasileiras foi garantida pelo desempenho no ranking da categoria STEM Racing durante o Festival Sesi de Educação 2025, realizado em Brasília (DF). O superintendente do Sesi ES e diretor regional do Senai ES, Geferson Santos, destacou que a conquista reforça o compromisso da instituição com a educação fundamentada na metodologia STEAM: “Nesses eventos, nossos alunos não apenas competem em um torneio nacional. Eles desenvolvem habilidades essenciais para a nova realidade do mercado. Ao enfrentarem desafios reais, projetarem os carros, programarem robôs e aplicarem conceitos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEAM), eles aprendem sobre inovação, resolução de problemas, trabalho em equipe e superação.” O professor Carlos Raphael Ferreira, técnico da equipe Gear One e integrante do projeto desde a fundação da escuderia, em 2019, celebrou a primeira classificação da equipe para o mundial: “Era algo que buscávamos há muito tempo. Dessa vez, garantimos essa vaga e faremos história na etapa mundial.” Na fase internacional, assim como nas etapas anteriores, as equipes serão avaliadas não apenas pelo desempenho nas corridas com os carros em miniatura — projetados, fabricados e ajustados pelos próprios alunos —, mas também pela qualidade na gestão de projetos, empreendedorismo e comunicação. Além da competição, os estudantes terão a oportunidade de visitar os bastidores do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Singapura, vivenciando de perto o clima da final e a estrutura dos boxes. Espírito Santo já tem histórico de destaque na competição Na edição anterior do mundial, realizada em Dammam, na Arábia Saudita, a equipe Pocadores Racing Team, do Sesi Jardim da Penha (ES), conquistou duas premiações: o Desafio de Substituição da Asa Dianteira e o prêmio de Identidade Visual. O que é o STEM Racing? Antigamente conhecido como F1 in Schools, o STEM Racing é uma competição internacional de engenharia, design e empreendedorismo. Os estudantes são desafiados a construir réplicas em miniatura de carros de Fórmula 1 que podem atingir até 80 km/h em uma pista de 24 metros. Mais do que uma disputa de velocidade, o torneio envolve também estratégias de marketing, captação de patrocínios, elaboração de planos de negócios, mídias sociais e até projetos sociais desenvolvidos pelas próprias equipes.
Musical “A Pequena Sereia” chega a Vitória com duas apresentações no Teatro do Sesi
A clássica história de Ariel vai encantar o público capixaba nos dias 4 e 5 de outubro, às 17 horas, no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, Vitória. A peça “A Pequena Sereia, o Musical” é uma produção da Dourado Produções, companhia reconhecida por levar aos palcos versões emocionantes de grandes clássicos do teatro infantil. Livremente inspirada no conto do autor dinamarquês Hans Christian Andersen, a montagem capixaba apresenta a jornada da jovem sereia Ariel, a filha mais nova do Rei Tritão. Curiosa e destemida, ela sonha em conhecer o mundo dos humanos. Durante uma de suas visitas à superfície, Ariel se apaixona pelo príncipe Eric e, para viver esse amor, acaba fazendo um perigoso pacto com a bruxa do mar, Úrsula. A direção geral é de Luzivam Dourado, com direção de cena e coreografia assinadas por Rafaela Conceição e Marcus Vinícius. A Dourado Produções já emocionou plateias com montagens de sucesso como Cinderela, O Rei Leão – O Musical, Pinóquio, Rapunzel, Os Saltimbancos, O Mágico de Oz e A Bela e a Fera. As produções se destacam pela riqueza dos cenários — que recriam mundos mágicos em cada detalhe —, pelas trilhas sonoras escolhidas com sensibilidade e pelas coreografias dinâmicas e criativas, que mantêm o público imerso na história do início ao fim. Serviço Espetáculo: A Pequena Sereia, o Musical Datas: 4 e 5 de outubro, às 17h Local: Teatro do Sesi – Rua Tupinambás, 240, Jardim da Penha, Vitória Ingressos: R$ 20 (meia entrada) Classificação: Livre Vendas online: sympla.com.br
Donald Trump, Jair Bolsonaro e os LP’s do Pink Floyd
“Tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim exceto os LP`s do Pink Floyd que tem os dois lados bons”. Conheci este aforismo genial com meu irmão Sergio Vellozo Lucas, médico, poeta e escritor. Pesquisando, descobri que foi popularizado nas redes sociais pelo compositor e músico gaúcho, líder dos Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger. Como gosto muito do Pink Floyd, mas sou sambista militante, pensei até em fazer uma adaptação do ditado para os LPs de Paulinho da Viola ou Cartola — também excelentes dos dois lados —, mas aí seria plágio. Depois da Assembleia Geral da ONU, dos discursos de Lula e Trump, da inesperada “simpatia química” entre os dois presidentes, do enterro da PEC da blindagem, do estado comatoso terminal da bandeira da anistia aos condenados bolsonaristas, e do sucesso das manifestações de rua contra a impunidade de políticos, pensei em Donald Trump — associado a Jair Messias Bolsonaro — como sendo o absoluto oposto dos maravilhosos discos de vinil da banda londrina de Roger Waters e companhia, com ambos os lados perfeitos. Definitivamente, eles não têm lado bom! Perto deles, Lula pareceu ser um estadista. Mesmo com as referências a Cuba, Venezuela e ao Sul Global — que só serviram para demarcar sua posição ideológica de esquerda —, seu discurso foi correto, firme em defesa do Brasil e dos valores da paz, da democracia, do direito à soberania e do desenvolvimento econômico, social e ambiental dos povos. Elaborado pela competente diplomacia brasileira, o pronunciamento lido por Lula no teleprompter não citou Trump, nem o ofendeu em nenhum momento. Foi altivo, mostrou indignação contida e argumentou com clareza as divergências do Brasil com as agressões e sanções inaceitáveis do governo norte-americano. Muitos analistas opinam que o gesto de simpatia química de Trump e a sinalização para a abertura de um diálogo entre os dois só aconteceu porque ele só respeita quem não abaixa a cabeça. Por outro lado, a atuação e os gestos desesperados dos bolsonaristas em defesa do indefensável antes, durante e depois do julgamento e condenação dos golpistas deram ruim. A atuação cinematográfica de Eduardo Bolsonaro, no papel de trapalhão-traíra, foi destaque no enredo equivocado que só serviu para ajudar o projeto eleitoral do governo, acelerar o processo de isolamento da extrema-direita e, por fim, torpedear as pretensões presidenciais do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Um strike de equívocos e derrotas. Não tem lado bom. Por caminhos tortos, o processo político vai seguindo em frente, e a centralidade das políticas regionais vai ocupando o espaço deixado pela polarização extremista. Nos estados da federação, as alianças eleitorais vão sendo costuradas e as candidaturas majoritárias e nominatas nas disputas proporcionais são trabalhadas pelas lideranças partidárias. Muitos projetos de federações de partidos formulados a partir da matemática congressual serão inviabilizados pelas dificuldades e diferenças regionais. Candidaturas a deputado estadual e federal identificadas com o bolsonarismo raiz ou com o petismo ideológico certamente ainda terão espaço no pleito de 2026, pela força existente das posições radicalizadas na sociedade. Nos pleitos majoritários, a pressão para a composição de frentes amplas, supraideológicas, tende a prevalecer sobre projetos puro-sangue de qualquer dos dois lados. Tudo isso deve mudar quando o quadro político nacional descortinar um cenário mais nítido, depois deste momento enevoado com baixíssima visibilidade. Em geral, ganha sempre o lado capaz de atrair mais aliados do que fazer adversários. O projeto Lula 4 fortaleceu-se eleitoralmente, mas não a ponto de repetir a frente ampla de 2022, pelos desgastes acumulados, contradições internas e, por mais que os erros das forças Trump-Bolsonaro tenham ajudado. Seu adversário principal não será Jair Bolsonaro, nem ninguém do seu núcleo familiar ou aliado próximo, mas sim o representante de uma aliança política ainda em formação, a partir das lideranças regionais não absorvidas pelo projeto do governo. Tampouco está dado que a oposição ao Lula 4 será capaz de unir-se no primeiro turno das eleições presidenciais. Parece evidente que o bolsonarismo não lidera esse campo político, que poderá ir para as urnas em 2026 dividido. Como não existe W.O., o jogo político continua embolado no campo da oposição, mas o funil do calendário eleitoral vai funcionar e a fulanização ocorrerá em algum momento. *Luiz Paulo Vellozo Lucas é engenheiro de Produção e professor universitário. Mestrado em Desenvolvimento Sustentável. Ex-prefeito de Vitória-ES e ex-deputado federal pelo PSDB-ES. Membro da ABQ – Academia Brasileira da Qualidade. *A opinião dos articulistas é de total responsabilidade dos autores e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo