Modelo capixaba de turismo sustentável une natureza, cultura e gastronomia e se consolida como referência nacional O turismo capixaba vive um momento de crescimento e inovação. Mais do que belas paisagens, o Espírito Santo tem se destacado pela oferta de experiências autênticas, que aproximam os visitantes da história, cultura e sabores locais. Propriedades rurais que antes se dedicavam exclusivamente à produção de café, vinho, frutas e chocolates agora abrem suas portas ao público, transformando o agroturismo em um dos principais pilares do desenvolvimento regional. De acordo com André Spalenza, coordenador do eixo Observa do Connect Fecomércio-ES, o estado vem consolidando um modelo de turismo sustentável e de base comunitária, no qual o protagonismo dos produtores rurais é essencial. “O visitante quer vivenciar o destino e não apenas conhecê-lo, e o agroturismo tem um papel essencial nessa transformação”, destacou. Protagonismo no campo e na cultura Entre as regiões que mais se destacam nessa nova fase estão Santa Teresa, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante e o Caparaó, que se tornaram referências nacionais na integração entre agricultura familiar, hospitalidade e experiências gastronômicas. “Com o turismo de experiência, as propriedades rurais não apenas diversificam as fontes de renda no campo, mas também contribuem para fixar famílias nas áreas rurais, preservar tradições e criar conexões genuínas entre quem produz e quem consome. Não é só uma tendência, é uma força de transformação econômica e social no território capixaba”, explicou Spalenza. Vinhos com identidade e tradição Em Santa Teresa, o produtor Fábio Quintão, da Cantina Grotteschi, mantém viva a tradição familiar na produção de vinhos e recebe visitantes para vivências que unem história e sabor. “Quem chega à propriedade tem a chance de ouvir a trajetória da família, entender o processo produtivo e se conectar conosco, além, é claro, de conhecer e comprar os nossos produtos. Produzimos vinhos com uvas Syrah e Cabernet Sauvignon, e estamos diversificando com novas variedades, porque comecei a plantar a uva italiana Sangiovese. A expectativa é que ela comece, no próximo ano, a dar frutos, ampliando ainda mais a nossa produção, sempre buscando qualidade e identidade local”, explicou. Chocolate de origem e premiações internacionais Também em Santa Teresa, João Felipe Almenara, da marca Cacalmenara, leva o conceito “tree to bar” ao pé da letra: cultiva o cacau em Pinheiros e produz chocolates naturais na Serra capixaba, com direito a visitas guiadas à loja da fábrica. “O Espírito Santo tem muito a oferecer no quesito cacau e chocolates naturais. Esse movimento precisa ser mostrado ao público, especialmente agora que o turismo está em expansão no nosso estado”, destacou. A empresa familiar já recebeu premiações nacionais e internacionais, inclusive na Inglaterra, e atua com plantação agroflorestal, produzindo também mel, melaço e chá de cacau. Turismo de experiência e futuro do setor Para André Spalenza, o agroturismo capixaba representa uma das maiores oportunidades de crescimento do turismo nos próximos anos. “A valorização da produção local e a autenticidade das experiências são diferenciais competitivos que fortalecem a economia e mantêm viva a identidade cultural do estado. Isso também mostra o papel do Espírito Santo como destino acolhedor e sustentável”, ressaltou. Com um modelo que une empreendedorismo, hospitalidade e sustentabilidade, o Espírito Santo mostra que o campo pode ser, ao mesmo tempo, espaço de produção e de vivência, fortalecendo laços entre quem cultiva e quem visita — e colocando o produtor rural no centro da experiência turística.
Pesquisa revela que 52% dos brasileiros apontam saúde mental como principal problema de saúde no país
Professores da Estácio destacam mudança cultural, sobrecarga social e a necessidade de fortalecer redes de cuidado emocional Pela primeira vez, a saúde mental superou o câncer como a maior preocupação de saúde dos brasileiros. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos no último 7 de outubro, 52% da população considera os transtornos mentais o principal desafio sanitário do país. O dado, divulgado na semana em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro), reforça o alerta de profissionais e instituições sobre a importância de ampliar políticas públicas e redes de apoio emocional no Brasil. Conscientização e quebra de estigmas Para a professora e psicóloga Sátina Pimenta, coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Vitória, o crescimento da atenção à saúde mental não reflete apenas o aumento dos casos, mas também uma mudança cultural e o fim do silêncio sobre o tema. “Antes, as pessoas não queriam falar sobre saúde mental. Havia vergonha em se reconhecer nesse lugar de quem precisava de ajuda. Com a pandemia, isso mudou e agora passamos a nos ver como pessoas que podem e devem buscar apoio”, explica. “Não é que todos estejamos mais doentes, mas hoje conseguimos reconhecer o adoecimento e falar sobre ele. Essa virada de chave é importante porque lidar com a realidade de forma consciente é o primeiro passo para enfrentá-la”, completa Sátina. O professor Rafael Valêncio, coordenador do curso de Psicologia da Estácio de Vila Velha, destaca que houve uma transformação profunda na forma como a sociedade entende o cuidado emocional. “Há 20 anos, ir ao psicólogo era sinônimo de loucura. Hoje, entendemos que o cuidado em saúde mental é parte do autocuidado. Ele não se restringe à terapia ou à medicação — envolve hábitos, relações, o corpo, a alimentação, o descanso. É um cuidado que a Organização Mundial da Saúde chama de biopsicossocial”, afirma. Um mundo que cobra demais O cenário atual, marcado por pressões sociais e ritmo acelerado, é um dos principais fatores de desgaste emocional, segundo os especialistas. “Vivemos em um mundo onde tudo se cobra, tudo se deseja, tudo se quer e nada é suficiente. As redes sociais e o mercado de trabalho alimentam uma lógica de exigência impossível de ser alcançada. Quando damos ‘tudo’ ao trabalho, tiramos algo de outro lugar, que pode ser da família, da saúde física, da mente. É um mundo do tudo que, no fim, nos deixa sem nada”, observa Sátina Pimenta. Rafael Valêncio complementa: “O trabalho hoje invade nossas casas por meio do celular e das mensagens. O desafio é conseguir se desconectar, ter vida além do trabalho. Às vezes, cuidar da saúde mental é simplesmente permitir-se parar, estar com a família, ir à praia, ler um livro. São pequenos gestos que resgatam o equilíbrio e a conexão com o que somos.” Políticas públicas e empatia nas relações Para Sátina, o reconhecimento social do sofrimento emocional é um passo essencial — tanto nas políticas públicas quanto no cotidiano das relações. “No Espírito Santo, temos bons exemplos de acolhimento na rede de atenção psicossocial, mas ainda há carência de acesso. A Estácio, por exemplo, tem cumprido um papel essencial nesse apoio. Só nos últimos três meses, nossos alunos receberam mais de 300 solicitações de atendimento psicológico. Isso mostra o tamanho da demanda e a importância da oferta gratuita e acessível”, afirma. Ela também reforça o papel da empatia: “Não cabe mais dizer que alguém está ‘de corpo mole’ porque tem ansiedade ou depressão. Precisamos respeitar a dor do outro, seja no trabalho, na escola ou nas relações afetivas. Esse olhar empático é parte do cuidado em saúde mental.” Os professores concordam que não existe fórmula única para o equilíbrio emocional, mas reconhecem que autoconhecimento e mudança de hábitos são caminhos possíveis. “Não existe um manual com dez passos para produzir saúde mental”, afirma Rafael. “Cada pessoa tem seu modo de cuidar de si, mas é importante reconhecer o que nos faz bem e o que nos adoece. Às vezes, isso envolve mudar de ambiente, buscar terapia, ou simplesmente reservar tempo para o que nos dá prazer e sentido.” Sátina conclui com um lembrete: “Falar sobre saúde mental é fundamental, mas não basta. Precisamos agir e ampliar políticas públicas, promover ambientes de trabalho mais saudáveis, educar para o cuidado emocional. Cuidar da mente é cuidar da vida.”
Fundação Projeto Tamar celebra o Dia das Crianças com oficina de congo e gincana
Atividades gratuitas acontecem neste fim de semana e unem cultura capixaba, diversão e conscientização ambiental A Fundação Projeto Tamar preparou um fim de semana especial para celebrar o Dia das Crianças com muita arte, cultura e aprendizado na Enseada do Suá, em Vitória. Nos dias 11 e 12 de outubro, o Centro de Visitantes da Fundação Projeto Tamar receberá oficinas e atividades lúdicas inspiradas na conservação dos mares e das tartarugas marinhas, voltadas para crianças de 6 a 12 anos. No sábado (11), das 14h às 16h, acontece a oficina “Ritmos do Oceano, Cantos da Tartaruga: Uma Jornada Congo pelo Mar”, ministrada pelo músico e percussionista Fábio Carvalho, referência na fusão entre o folclore capixaba e a modernidade, com atuação solo e na banda Manimal. Já no domingo (12), no mesmo horário, será a vez da “Gincana Guardiões do Mar — A Missão Tamar”, conduzida pela equipe do Tio Chorão Recreações, em uma jornada interativa que mistura jogos, enigmas e muita criatividade. As atividades têm participação gratuita, mediante o ingresso para o parque (R$ 36 inteira / R$ 18 meia), e integram o projeto de Modernização Museológica do Museu Aberto das Tartarugas Marinhas, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), do Governo do Espírito Santo, com patrocínio da ArcelorMittal Tubarão. A fundação Projeto Tamar, em Vitória. Uma jornada Congo pelo mar Na oficina de sábado, as crianças vão embarcar em uma experiência que conecta música, tradição afro-capixaba e consciência ambiental. Dividida em três etapas, a atividade combina percussão orgânica, contação de histórias e experimentação sonora. Oficina para crianças no Projeto Tamar Na primeira fase — “O Chamado das Águas e o Boas-Vindas do Mar” —, os participantes irão reproduzir sons do oceano com o próprio corpo, imitando bolhas e batimentos, para criar um ambiente de imersão. Na segunda — “A Tartaruga Viajante e o Coração do Congo” —, Fábio Carvalho vai introduzir imagens e curiosidades sobre as tartarugas marinhas, inspirando os pequenos a criar ritmos que simbolizem o caminhar das tartarugas na areia. “Usando o tambor de Congo ou a casaca, iremos guiar as crianças a criar um ritmo que ‘imite’ o balanço da tartaruga, orientando-as também a explorar a percussão orgânica para reproduzir o som do casco, o batimento cardíaco da tartaruga, ou o som de suas nadadeiras na água”, explica o percussionista. Na terceira e última fase — “A Dança da Proteção e o Congo-Eco” —, os sons desarmônicos representarão a poluição, que depois se transformará em um ritmo harmonioso, simbolizando o ato de cuidar da natureza. Para Letícia Fischer, executora técnica da Fundação Projeto Tamar em Vitória, essas experiências têm papel essencial na sensibilização dos visitantes. “Elas permitem que os participantes reflitam sobre os temas abordados de forma ativa, gerando conversas, conexões e lembranças que perduram por bastante tempo”, afirma. Gincana “Guardiões do Mar — A Missão Tamar” No domingo, a proposta é colocar a garotada em ação com uma gincana interativa e educativa, na qual 20 crianças serão divididas em grupos para cumprir missões relacionadas à vida das tartarugas marinhas. Ao longo de quatro blocos de atividades, os pequenos participarão de uma “caça ao tesouro” com desafios que representam as diferentes fases da vida das tartarugas e os obstáculos que enfrentam no mar. Cada pista leva a um novo aprendizado e, ao final, os participantes encontrarão um baú com brindes e uma mensagem das tartarugas, reforçando o papel das crianças como protetoras do oceano. Depois da caça, haverá o “Grande Quiz dos Guardiões”, com perguntas sobre a Fundação Projeto Tamar e o ecossistema marinho. Em seguida, cada criança escreverá ou desenhará uma ação pessoal de cuidado com o mar, formando um mural coletivo de compromissos ambientais. Ao término das atividades, todos receberão o “Certificado de Guardião do Mar”. “Os participantes sairão com uma nova perspectiva e um sentimento de empoderamento para agir em prol do meio ambiente”, observa Letícia Fischer. Serviço Semana das Crianças no Projeto Tamar – Vitória (ES) 📍 Centro de Visitantes da Fundação Projeto Tamar 📫 Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 700A, Enseada do Suá, Vitória – ES 📅 11 e 12 de outubro ⏰ 14h às 16h 🎟️ Ingressos: R$ 36 (inteira) / R$ 18 (meia) 📲 Informações: @projeto_tamar_oficial 🌐 Site: www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=24 💡 Apoio: Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC) — Governo do Espírito Santo 🏗️ Patrocínio: ArcelorMittal Tubarão
Festival Internacional de Dança reúne artistas de mais de 20 Estados no Teatro da Ufes
Evento celebra a diversidade e vai oferecer oficinas, mostras, apresentações e bolsas de intercâmbio O IV Festival Internacional de Dança do Espírito Santo (FIDES) vai transformar o palco do Teatro da Ufes, em Vitória, em um grande mosaico cultural entre os dias 10 e 12 de outubro. O evento vai reunir artistas e grupos de mais de 20 Estados brasileiros, além de representantes do interior capixaba, em uma programação repleta de ensaios, workshops, mostras e apresentações dedicadas à arte e à diversidade da dança. Mais de 600 integrantes já estão inscritos, vindos de regiões como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Brasília, Natal, Sergipe e Fortaleza, entre outras. O festival é uma realização do Instituto Corpo e Mente, com chancela do Conselho Brasileiro da Dança (CBDD) e apoio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur/ES). De acordo com os organizadores, o evento busca incentivar educação, cultura e saúde, além de fomentar emprego, renda e o turismo local. A programação contará com a presença de jurados e professores renomados, entre eles a presidente do Conselho Brasileiro da Dança, Gisela Vaz. A idealizadora do festival no Estado e coordenadora pedagógica voluntária do Instituto Corpo e Mente, Liviane Pimenta, destaca a relevância da iniciativa: “De norte a sul do nosso país, cada região traz sua força, sua história e sua linguagem, reafirmando a dança como um espaço de encontro, promoção do turismo local, diversidade e celebração da vida.” Atrações e ingressos Os ingressos para o público em geral podem ser adquiridos pelo Sympla (acesse aqui). A doação de 1 kg de alimento garante meia-entrada, com valor simbólico de R$ 15, e os donativos serão destinados a abrigos de idosos e casas lares apoiados pelo Instituto, como o Abrigo Abel Lino Portela e o Asilo de Vitória. As inscrições para workshops e apresentações estão disponíveis no Instagram do festival (@festivaldedancaes), que também divulga a programação completa. Além das apresentações, o FIDES vai premiar trabalhos de destaque com troféus, medalhas e certificados, além de bolsas de intercâmbio para festivais nacionais e internacionais — incluindo Londres, Itália, Bélgica, Uruguai, Estados Unidos e África do Sul — e até contrato para companhia profissional. Programação Sexta (10/10): Ensaios e workshops das 10h15 às 22h Sábado (11/10): Variação de repertório, Estilo Livre/Clássico Livre e Contemporâneo Domingo (12/10): K-pop, Dança de Salão, Danças Populares, Ballet, Jazz, Urbanas, Sapateado e entrega das bolsas Sobre o festival Criado em 2018, o Festival Internacional de Dança do Espírito Santo é o único no Estado a premiar todos os participantes com medalhas. Em 2021, o evento bateu recorde de público, e em 2024 tornou-se o único festival itinerante, passando por Aracruz, Fundão, Vila Velha, Serra e Vitória. Desde sua primeira edição, o FIDES já atraiu mais de 15 mil pessoas ao Espírito Santo, movimentando o comércio local — boa parte delas visitando o Estado pela primeira vez. Em 2025, o festival também contará com uma área de expositores capixabas, além de lojas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, que participam pela primeira vez. Ao todo, serão entregues mais de 100 bolsas de estudos para artistas de todo o Brasil. Serviço IV Festival Internacional de Dança do Espírito Santo (FIDES) 📅 10 a 12 de outubro 🕗 Sexta a partir das 8h (ensaios), sábado e domingo a partir das 13h 📍 Teatro da Ufes, Vitória 📲 Informações e inscrições: @festivaldedancaes 🎟️ Ingressos: Sympla – clique aqui
Mês do idoso: projeto Digna Idade realiza Show de Talentos em Cariacica
Evento celebrou também os 20 anos da iniciativa, com apresentações de música, dança, poesia e teatro Idosos e voluntários do Projeto Digna Idade, desenvolvido pela Simec Cariacica em parceria com o município, realizaram um encontro especial em comemoração ao mês do idoso — e também ao marco de duas décadas de atividades do projeto. A celebração teve formato de Show de Talentos, em que os participantes compartilharam suas habilidades artísticas e experiências de vida. Inspirado no tradicional “Show de Calouros”, programa comandado por Silvio Santos, falecido em 2024, o evento foi marcado por momentos de descontração e alegria. Os integrantes do Digna Idade recitaram poesias, dançaram, cantaram, encenaram uma peça teatral e exibiram trabalhos de pintura. Um dos destaques foi Hamilton Serafin de Abreu, de 70 anos, integrante do grupo há dois. Morador de Jardim América, ele é conhecido pela animação e pelo bom humor. No Show de Talentos, apresentou-se ao lado de uma colega dublando a música “Garçom”, sucesso de Reginaldo Rossi, com direito a figurino completo. “Fiquei sabendo do grupo, eu fui uma vez, depois fui de novo em uma festa e estou até hoje. Se há diversão, eu estou. Em casa, tenho uma sala com máquina de fumaça, luz negra e lá faço uns vídeos para o TikTok. Digo que possuo mais motivos para sorrir do que para ficar triste”, contou. A música também foi a escolha de Elza Silva da Conceição, 71 anos, que formou um trio para cantar “Maracangalha”, de Dorival Caymmi. “A música é um meio de socialização importante. Gosto de ritmos variados, do sertanejo ao pagode”, disse ela, que começou a participar do projeto em 2023 e também desfila na ala das baianas das principais escolas de samba capixabas. Entre os voluntários, Jamily Santos de Freitas, assistente administrativa da Credibelgo, empresa parceira da Simec Cariacica, emocionou o público com uma interpretação em Libras de um louvor. “Aceitei o convite para colaborar como voluntária e sou muito feliz no projeto. Eu aprendo muito com os idosos, principalmente em como valorizar a vida. Procuro sempre estar no meio deles. Todos têm muitas histórias para contar. No grupo há idoso de 100 anos e tem quem recita poesia. Vejo a memória deles e fico impressionada. É muito melhor que a minha aos 27 anos”, brincou. Segundo o técnico de comunicação da Simec Cariacica e voluntário do projeto, Tallis Maciel, o evento teve o propósito de unir gerações e celebrar a memória coletiva. “Foi uma iniciativa pensada para valorizar e reconhecer cada pessoa que acredita no Digna Idade, esse projeto que nasceu para ser fonte de bem-estar, saúde e qualidade de vida”, afirmou. Encontros semanais e novas adesões Criado em 2005, o Projeto Digna Idade tem como objetivo promover o resgate da cidadania e o bem-estar das pessoas idosas de Cariacica. Os encontros acontecem todas as quintas-feiras, das 8h30 às 10h, na unidade de saúde de Jardim América. As atividades incluem palestras, oficinas, dinâmicas de grupo, passeios e confraternizações. Interessados em participar — seja como integrantes ou voluntários — podem comparecer diretamente ao local no dia e horário dos encontros.
Projeto “Decolagem do Bem” será lançado no Mirante do Jaburu, em Vitória
Iniciativa vai oferecer bolsas, oficinas e mentoria para jovens desenvolverem soluções para os bairros da Capital A comunidade do Território do Bem, em Vitória, será palco do lançamento de uma iniciativa voltada à transformação social por meio da inovação. No próximo dia 11 de outubro, às 9 horas, no Mirante do Jaburu, será apresentado oficialmente o Projeto Decolagem do Bem, idealizado pela TecVitória. A proposta busca estimular a criatividade e o protagonismo juvenil, apoiando jovens na construção de soluções inovadoras para os desafios dos bairros da capital. Com foco em impacto comunitário e desenvolvimento tecnológico, o projeto vai oferecer bolsas de R$ 1.200, oficinas práticas, mentoria com especialistas e espaços de experimentação para o desenvolvimento de projetos voltados à realidade local. A ideia é criar um ambiente colaborativo onde os jovens possam aprender, propor soluções e até mesmo dar os primeiros passos na criação de startups comunitárias. “A gente quer levar às comunidades de Vitória oportunidades para que jovens possam se envolver com a cidade, pensando em ideias e soluções para problemas dos bairros do Território do Bem. A gente quer mostrar que tem muita coisa boa nestes bairros, que muitas vezes ficam estigmatizados pela violência. Queremos dar oportunidades. E tenho certeza que vai aparecer muita ideia boa”, destacou o diretor executivo da TecVitória, Rafael Lima. Além do incentivo financeiro, o Decolagem do Bem aposta na formação empreendedora e tecnológica como caminho para preparar a juventude para o futuro do trabalho, fortalecendo vínculos com o território e promovendo inclusão social. O evento de lançamento é aberto ao público, e os organizadores convidam moradores, familiares e amigos a participarem e conhecerem de perto o projeto que promete movimentar a comunidade e inspirar novas trajetórias. Serviço Lançamento do Projeto Decolagem do Bem 📍 Mirante do Jaburu, Vitória 📅 11 de outubro (sexta-feira) 🕘 9h
Arnaldinho: “Vila Velha deixou de ser cidade-dormitório para ser cidade de oportunidades”
O 27º Café Empresarial da Assevila, realizado nesta terça-feira (8), reuniu porto, indústria e poder público para debater os caminhos da competitividade capixaba. O prefeito Arnaldinho Borgo destacou que o município vive uma virada de chave: “Deixamos de ser uma cidade-dormitório para ser uma cidade de oportunidades. Vila Velha está aberta para quem quer investir, empreender e gerar emprego. Se o município não atrapalhar, já ajuda. Mas nosso compromisso é mais do que isso: é ser parceiro ativo do setor produtivo, para que porto, indústria e cidade estejam conectados no mesmo projeto de desenvolvimento”, afirmou. O encontro, mediado pelo jornalista George Bitti, contou também com o CEO da Vports, Gustavo Serrão, e o diretor da Samarco, Alysson Werneck. Em comum, as falas reforçaram que a competitividade do Espírito Santo depende da integração entre logística, infraestrutura e ambiente de negócios. Gustavo Serrão ressaltou o papel estratégico do Porto de Vila Velha, primeira e única autoridade portuária privada do país. Em apenas três anos, o terminal já atraiu cerca de R$ 600 milhões em investimentos e firmou 14 novas parcerias. “Nossa agenda é produtividade e eficiência. O Espírito Santo tem um ativo raro, que é a coesão entre sociedade, setor privado e poder público. Essa união é o que nos diferencia e nos permite acelerar o desenvolvimento”, destacou. Para Alysson Werneck, a competitividade da indústria passa pela inovação logística e pela sustentabilidade. Ele lembrou que o mineroduto que liga Minas Gerais ao Espírito Santo é um diferencial importante, mas reforçou que o grande aprendizado recente da Samarco foi o de integrar processos com menor impacto ambiental e maior engajamento social. “Depois de tudo o que enfrentamos, entendemos que ninguém faz nada sozinho. O envolvimento da sociedade e do poder público é determinante para gerar valor e promover desenvolvimento social junto com a atividade econômica”, afirmou. O presidente da Assevila, Thomaz Tommasi, sintetizou o espírito do encontro: “Quando porto, indústria e gestão pública planejam juntos, o resultado aparece em emprego, renda e novos mercados. O Café Empresarial existe para aproximar atores, reduzir assimetrias e transformar diálogo em projetos reais”, disse.
Vila Velha inicia curso gratuito de robótica voltado exclusivamente para mulheres
Capacitação faz parte do projeto Corte de Lovelace e é realizada em parceria com o Ifes; aulas começam nesta sexta (10) A Secretaria das Mulheres da Prefeitura de Vila Velha dá início, nesta sexta-feira (10), às 18h, ao curso gratuito de robótica do projeto Corte de Lovelace, voltado exclusivamente para mulheres que estão cursando os anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, ou que já concluíram os estudos e buscam novas oportunidades profissionais. A capacitação é oferecida em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e será realizada no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), localizado na Rua Antônio Ataíde, 272, no Centro de Vila Velha. A primeira turma terá 25 alunas, e as vagas foram preenchidas rapidamente por participantes cadastradas no programa Conecta Mulher. Uma nova turma será aberta em breve. O curso tem duração total de 140 horas, divididas em três módulos: Pensamento Computacional, Programação e Robótica. As aulas seguem até o dia 5 de dezembro. “O curso vai despertar o interesse das mulheres pela inovação, promover a autonomia e abrir novas oportunidades no mercado de trabalho. Investir em capacitação tecnológica é garantir que mais mulheres possam ocupar espaços de liderança e destaque na sociedade”, destacou a secretária das Mulheres, Lyza Herzog. Conecta Mulher O Conecta Mulher é um programa municipal criado para conectar mulheres a oportunidades de trabalho, capacitação e empreendedorismo, em parceria com o Sine, instituições de ensino e empresas locais. A iniciativa busca ampliar a autonomia, fortalecer redes de apoio e estimular o crescimento profissional das participantes. As interessadas podem se cadastrar pelo site da Prefeitura de Vila Velha, na página do programa: https://conectamulher.vilavelha.es.gov.br Projeto Corte de Lovelace O Corte de Lovelace é uma ação de popularização da computação, baseada em oficinas presenciais de pensamento computacional, programação e robótica. O nome homenageia Ada Lovelace, condessa e matemática britânica considerada a primeira programadora do mundo. Criado em 2018, o projeto incentiva meninas e mulheres a ingressarem nas áreas de tecnologia, inovação e ciência de dados, com o objetivo de reduzir a desigualdade de gênero no setor tecnológico. Cronograma das aulas 1º Módulo – Pensamento Computacional (20h): 10 a 17 de outubro, das 18h às 22h 2º Módulo – Programação (60h): 23 de outubro a 7 de novembro, das 18h às 22h 3º Módulo – Robótica (60h): 13 de novembro a 5 de dezembro, das 18h às 22h Serviço 📍 Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) – Rua Antônio Ataíde, 272, Centro de Vila Velha 📅 De 10 de outubro a 5 de dezembro de 2025 ⏰ Das 18h às 22h Foto: PMVV
Efigênia Brasilino | “Clínicas do Lucro Real: Economia Tributária nos Créditos de PIS-COFINS”
No dinâmico cenário da saúde, onde a gestão eficiente é tão vital quanto a excelência clínica, cada detalhe financeiro pode representar uma vantagem competitiva ou um custo desnecessário. Se a sua clínica opera sob o regime de Lucro Real, você detém uma ferramenta fiscal de imenso potencial para otimizar seus custos e, consequentemente, elevar sua lucratividade: os créditos de PIS e COFINS. A questão central não é apenas o que são esses créditos, mas como sua gestão pode, de fato, capitalizá-los integralmente. Permita-me desmistificar a complexidade inerente ao arcabouço tributário, traduzindo o “juridiquês” em inteligência de negócio acionável. Nosso objetivo é capacitar você — gestor ou empresário da saúde — a discernir e implementar estratégias financeiramente robustas. O PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) são tributos federais incidentes sobre o faturamento. No regime do Lucro Real, a sistemática da não cumulatividade é o pilar. Visualize-a como um mecanismo de compensação tributária: sua clínica recolhe PIS e COFINS sobre as receitas, mas possui o direito de “descontar” — ou seja, tomar crédito — sobre o PIS e a COFINS incidentes em determinadas despesas e custos essenciais à geração dessas mesmas receitas. Em essência, o sistema reconhece que a geração de receita demanda dispêndios, e parte do ônus tributário sobre esses dispêndios pode ser recuperada, evitando a cumulação de impostos ao longo da cadeia produtiva. O termo “insumo”, por sua vez, historicamente representou um ponto de contencioso fiscal. Contudo, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), notadamente no julgamento do REsp 1.221.170/RS (Tema 779), trouxe uma clareza paradigmática, expandindo o conceito e simplificando a aplicação para as empresas. Longe de se restringir ao que se “transforma” fisicamente no produto final, o conceito de insumo deve ser analisado sob a ótica da essencialidade ou relevância para a atividade econômica intrínseca à sua clínica. Assim, a pergunta estratégica a ser formulada é: “Este pagamento é fundamental para a entrega do meu serviço de diagnóstico por imagem? Sem ele, a operação manteria a mesma qualidade, eficiência e, crucialmente, a mesma capacidade de geração de receita?” Uma resposta negativa a essa indagação aponta para uma forte probabilidade de que tal despesa constitua um insumo passível de creditamento. Com base nessa interpretação ampliada, diversas despesas da operação de sua clínica podem ser convertidas em fontes de crédito de PIS/COFINS, impactando diretamente a redução da carga tributária. Exemplos práticos: Insumos e materiais descartáveis: luvas, aventais, géis, seringas, filmes radiográficos, contrastes e materiais de limpeza e higienização são indispensáveis para a execução dos exames e manutenção de um ambiente estéril e seguro. Consumidos diretamente na prestação do serviço, qualificam-se como insumos. Sistemas de informação (RIS/PACS): softwares de gestão como o RIS (Radiology Information System) e o PACS (Picture Archiving and Communication System) constituem a espinha dorsal da organização e do fluxo de trabalho. Gerenciam agendamentos, dados de pacientes, laudos e o arquivamento de imagens. A ausência ou ineficiência desses sistemas comprometeria criticamente a operação. Os gastos com essas tecnologias podem gerar crédito tributário. Serviços de limpeza, higienização e segurança: em um ambiente de saúde, esses serviços transcendem a conveniência; são essenciais para a saúde pública, segurança dos pacientes e reputação da clínica. A jurisprudência reconhece sua essencialidade, permitindo o creditamento. Marketing e publicidade: sim, até mesmo o investimento em marketing! Em mercados competitivos, a publicidade é relevante para atrair e reter pacientes. O CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) já proferiu decisões favoráveis ao creditamento de gastos com publicidade online, quando comprovada sua essencialidade para a geração de receitas. Na prática: Imagine que sua clínica tem um gasto mensal de R$ 50.000,00 com despesas consideradas insumos (manutenção de equipamentos, materiais descartáveis, licenças de software etc.). As alíquotas de PIS e COFINS no regime não cumulativo são, respectivamente, 1,65% e 7,6%, totalizando 9,25%. Sobre esses R$ 50.000,00, sua clínica teria direito a um crédito de: R$ 50.000,00 x 9,25% = R$ 4.625,00 por mês. Em um ano, isso representa uma economia de R$ 55.500,00. É um valor considerável que pode fazer uma grande diferença no caixa, não é mesmo? E esse é apenas um exemplo — os valores podem ser ainda maiores conforme o volume de despesas da clínica. Não subestime o poder da inteligência estratégica na gestão tributária. Identificar e aproveitar esses créditos transcende a mera conformidade fiscal — é uma alavanca para otimizar a carga tributária, liberando recursos que podem ser reinvestidos em tecnologia, capacitação, expansão ou melhoria da experiência do paciente. Contudo, a análise da essencialidade e relevância é intrinsecamente ligada ao negócio e demanda conhecimento técnico-jurídico aprofundado para mitigar riscos. É precisamente neste ponto que a expertise jurídica se torna um diferencial competitivo, já que muitos contadores não acompanham a evolução jurisprudencial. Por isso, recomenda-se sempre contar com um profissional especializado para desenvolver o trabalho de forma segura e eficiente. *Efigenia Brasilino é advogada tributarista, especialista em Direito Tributário pelo IBET e Planejamento Tributário pela APET. Sócia e COO no BF Advocacia Empresarial. Associada IBEF-ES e Alumni no IBEF Academy, com passagem como Diretora de Formação em 2022. Representante do IBEF-ES no GTFAZ. Associada II do Líderes do Amanhã. *A opinião dos articulistas é de total responsabilidade dos autores e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo
Serra promove ação especial para cadastro de doadores de medula óssea
Evento acontece neste sábado (11) em Parque das Gaivotas, na Serra, com atividades gratuitas e história inspiradora de solidariedade A 29ª edição do Serra+ Cidadã vai além dos serviços e atividades culturais neste sábado (11), das 9h às 16h, no Campo do América, em Parque das Gaivotas. O programa incluirá uma ação especial de cadastro de doadores de medula óssea, em parceria com o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). O cadastro é simples e gratuito: basta ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e apresentar um documento com foto. Após a coleta de uma pequena amostra de sangue, as informações genéticas são inseridas no banco nacional, que conecta doadores voluntários a pacientes que aguardam transplante. “Essa é uma oportunidade de transformar solidariedade em esperança. O Serra+ Cidadã é um espaço de cuidado, empatia e amor ao próximo”, destacou a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Lilian Mota. Durante o evento, o público também conhecerá a história de Raphael Athayde de Souza, capixaba que já realizou três doações de medula óssea — um feito raríssimo. Inspirado pela luta de um amigo com leucemia, ele se tornou doador regular e hoje coordena o projeto FlamedulaES, que mobiliza torcedores de todo o país para ampliar o número de voluntários. Histórias como a de Raphael mostram como um gesto simples pode salvar vidas e multiplicar a solidariedade. Serviço 📍 Campo do América – Rua Vargem Alta, 533, Parque das Gaivotas (Serra) 📅 11 de outubro, das 9h às 16h