Amor, perdão e alegria também fazem parte da medicina preventiva, alertam especialistas durante o Outubro Rosa Durante o Outubro Rosa, o foco costuma estar nos exames preventivos, no diagnóstico precoce e nos avanços do tratamento do câncer de mama. Mas há uma dimensão igualmente relevante que, muitas vezes, passa despercebida: o papel das emoções na prevenção e na recuperação da doença. Mais do que uma campanha, o mês é um convite à escuta interna. Afinal, o corpo sente o que a mente silencia. Reconhecer emoções e buscar o equilíbrio emocional também são formas de cuidado e de medicina preventiva. É o que defende a psicanalista e neurocientista Joseana Sousa, especialista em Saúde Emocional e Mental da Mulher, com base em estudos de universidades como Harvard, Stanford e Oxford. Emoções e o corpo: uma conexão bioquímica Pesquisas internacionais apontam que emoções intensas e persistentes — como medo, raiva, tristeza e luto — interferem diretamente no sistema nervoso e imunológico, modificando o ambiente celular. “Não é o sentimento em si que causa o câncer, mas o desequilíbrio químico prolongado que ele gera”, explica Joseana. Segundo ela, o corpo em estado constante de alerta libera hormônios como adrenalina e noradrenalina, que em excesso enfraquecem a imunidade, aumentam inflamações e reduzem a oxigenação celular. Estudos indicam ainda que níveis elevados de noradrenalina podem estimular a angiogênese — processo que favorece o crescimento e a metástase de tumores — enquanto a adrenalina crônica compromete as células de defesa, reduzindo a vigilância imunológica. A força das emoções positivas Em contrapartida, sentimentos como amor, gratidão e alegria têm o poder de reequilibrar o corpo. Eles estimulam a produção de dopamina, serotonina e ocitocina, neurotransmissores que ajudam a estabilizar o cortisol, diminuem inflamações e fortalecem o sistema imune. “Quando a pessoa expressa emoções reprimidas e muda a forma como se percebe, há uma reorganização química interna. O corpo responde. A célula responde”, enfatiza a especialista. Joseana compara corpo e mente a um ecossistema bioemocional, em que fatores emocionais, alimentares e ambientais estão interligados. Segundo ela, o estresse crônico e o consumo de alimentos ultraprocessados alteram a microbiota intestinal, diretamente ligada à imunidade. “As emoções são como radares do corpo: quando são ignoradas, ele começa a falar por elas”, diz. Saúde integrativa: corpo e mente em sintonia Para a especialista, o caminho da prevenção passa por uma visão integrativa da saúde. “Cuidar do corpo é essencial, mas cuidar da mente é o que sustenta o equilíbrio. Alimentação consciente, respiração, vínculos saudáveis e autocompaixão são pilares de saúde física e emocional”, ressalta. O que dizem os estudos 📘 Harvard Medical School — Stress and Cancer Progression: Neuroendocrine Pathways (2021): o estresse prolongado pode aumentar a vulnerabilidade do corpo e dificultar o efeito dos tratamentos. 📗 Stanford University — Beta-adrenergic signaling and breast cancer metastasis (2018): tensão e nervosismo constantes podem favorecer a propagação de tumores de mama. 📙 National Cancer Institute (EUA) — Psychological Stress and Cancer (2023): apoio emocional, espiritualidade e momentos de relaxamento fortalecem a imunidade e melhoram as chances de recuperação.
Pela 1ª vez, uma mulher vai comandar a maior associação empresarial do ES
Leonelle Lamas, atual vice-presidente da ASES, foi eleita para presidir a entidade. Posse será em dezembro A Associação dos Empresários da Serra (ASES) viverá em dezembro um momento histórico. Pela primeira vez em 47 anos de trajetória, a entidade terá uma mulher na presidência. Leonelle Lamas, atual vice-presidente, foi eleita para comandar a maior associação empresarial do Espírito Santo e promete uma gestão participativa, inovadora e voltada ao fortalecimento do associativismo. Fundada em 1977, a ASES nasceu da união de lideranças empresariais da Serra em busca de soluções conjuntas para o desenvolvimento do município. Desde então, tornou-se uma das instituições mais representativas do setor produtivo capixaba — reconhecida como de utilidade pública municipal e estadual, e em processo de reconhecimento federal. Ao longo das últimas quatro décadas, tem contribuído de forma decisiva para o crescimento econômico sustentável da Serra e o fortalecimento do empresariado local. Com mais de 30 anos de experiência em marketing e comunicação visual, Leonelle atua como executiva de vendas na Divulgue Outdoor & Comunicação Visual. É publicitária formada pela Ufes, especialista em vendas e pós-graduanda em atendimento ao cliente. Reconhecida por sua capacidade de liderança e pela habilidade em transformar desafios em oportunidades, Leonelle se define como apaixonada por pessoas e movida pelo desejo de servir. “Sou filha de uma mulher inspiradora, que me ensinou que a mulher pode ser tudo o que ela quiser”, afirma. Para a nova presidente, sua eleição representa uma conquista coletiva. “Em 47 anos da ASES, ser a primeira mulher eleita, e com uma votação expressiva, é a realização de um sonho. Fiquei muito feliz e grata pela oportunidade de ser a voz do empresário e representar as mulheres. Esta conquista não é só minha, e sim de todas as mulheres que são mães, esposas, filhas e empresárias.” A trajetória de Leonelle dentro da ASES é marcada pelo incentivo à presença feminina no associativismo. Durante a gestão de Giuliano de Castro, quando atuou como diretora, lançou o Ases Mulher, movimento que abriu espaço para novas lideranças femininas. Já na gestão de Fabio Junger, como vice-presidente, integrou a diretoria com o maior número de mulheres da história da instituição. Agora, à frente da presidência, Leonelle assume o compromisso de ampliar as entregas da entidade, com foco em qualificação de mão de obra, uma das principais demandas do empresariado, e em projetos culturais e sociais, como a viabilização do Centro Cultural ASES, com teatro de 403 lugares e acessibilidade plena, por meio da Lei Rouanet. O ex-presidente Fabio Junger destaca que a eleição representa uma nova fase para a entidade. “A Leonelle tem uma trajetória marcante dentro da ASES. Trabalhou comigo com muita dedicação e espírito associativista. Nesta gestão tivemos a diretoria com o maior número de mulheres na história da entidade, e ela sempre se destacou pela atuação firme e colaborativa. Tenho plena confiança de que fará uma excelente gestão. Sua eleição é um marco e reforça a força e a competência da mulher à frente das instituições.” Leonelle ressalta que quer deixar um legado baseado no diálogo e na união. “Nossa meta é ter uma gestão participativa, com muitas entregas e que gere senso de pertencimento. A ASES já é grande e representativa, mas queremos que seja ainda mais próxima, atuante e inovadora. Esse é o caminho para fortalecer a Serra, o Espírito Santo e o nosso empresariado.”
Do elevador ao salão de festas: como uma banda de rock nasceu num edifício em Jardim Camburi
Por Rachel Martins Em Jardim Camburi, o edifício Villa Lobos, nome de um proeminente compositor, maestro e violonista brasileiro, considerado uma das figuras mais importantes da música erudita do século XX na América Latina, se destaca por uma curiosidade: foi ali que nasceu a banda Villa Rock e uma torcida organizada de flamenguistas, a Villa Fla. O objetivo é apenas um: confraternizar e se divertir. Logo após a pandemia do Covid-19, um certo dia, o psicólogo e professor de violão, guitarra e voz, Alexandre Vieira Brito, 40 anos, entrou no elevador e apertou o térreo. Mas a porta se abriu, antes, e ele se deparou com o metalúrgico Edcarlos Luiz Glicério, 46 anos, que, na época, estava tendo aulas de violão. Foi exatamente nesse momento que tudo começou. Os dois não se conheciam, mas como carregavam instrumentos, foi a deixa para uma conversa breve e promissora, com uma pequena parada estratégica no térreo. Depois de um breve bate-papo, Brito falou: “Vamos formar uma banda?”. Embora sempre aberto a aventuras, Glicério disse, meio ressabiado, que iria pensar. O tempo para pensar foi curto, Brito nem precisou insistir, logo Glicério topou. Mas faltava um baixista, e foi assim que convidaram, digamos, um integrante de um condomínio próximo, o empresário Marcelo Merlo, 62 anos, que é baixista. Foi assim que os três e suas histórias com o rock and roll se cruzaram. Desde criança Brito ouvia o pai cantar e tocar violão. “Sempre fui autodidata, comprava nas bancas aquelas revistas cifradas e me aventurava. Tive até uma banda de rock na adolescência, gravei dois CDs com músicas autorais. Eu gosto de pegar um estilo musical, por exemplo, sertanejo, e dar a ele uma pegada roqueira. Ainda faço as minhas próprias músicas”, conta. O ensaio é aberto aos condôminos, é só entrar e ouvir rock. O sonho de formar uma banda nunca morreu. “Esse encontro foi muito bom, porque gostamos de unir pessoas e construímos um caminho diferente para alcançar nosso propósito, no edifício onde moramos. Foi aqui que a gente criou a banda Villa Rock e ensaiamos no salão de festas, a cada 15 dias pelo menos, a partir das 19 horas, claro, com o consentimento dos condôminos, respeitando todas as regras da boa convivência. E quem quiser pode entrar, as portas estão sempre abertas”, ressalta. Já o pai de Glicério era sanfoneiro. “Ele sempre tocava e eu ficava observando. Eu também fazia capoeira e amava os instrumentos de percussão. Na adolescência, nas festas, lá estava eu tocando pandeiro e atabaque. Mas sempre sonhei em aprender violão e comecei em 2018. Só que aqui na banda, o Brito já faz esse papel, e como a gente não tem bateria, eu entrei com a cajon”, explica. Merlo também começou no violão, comprando revistas cifradas e aprendendo sozinho. “Um dia, meu filho, que também tinha uma banda, chegou em casa com o contrabaixo da namorada. E eu me interessei e troquei de instrumento. E como eu e Alexandre já éramos amigos, ele me convidou para formar essa banda, e aqui estamos. E uma curiosidade: lá nos primórdios do Vital eu que cuidava do som do evento e tinha um trio elétrico”, revela. Brito destaca que a ideia é apenas se divertir e abrir um espaço para a convivência dos condôminos. Música traz isso, essa união, essa alegria. Os ensaios são abertos, é só chegar, ouvir, cantar, conversar, se conhecer. Não precisa bater na porta. Na festa de final de ano do Villa Lobos vamos estar aqui com muito rock”. Ensaio de portas abertas O empresário Lucas Gavassoni, 33, casado com a enfermeira Livia Dalla Bernardina, conta que sempre passava no hall de entrada do Villa Lobos e ouvia o som, mas nunca teve coragem de entrar, embora tivesse curiosidade. “Certa vez, a Livia passou por aqui e gravou de fora o som, e me mandou o áudio: ‘pega sua cerveja e vem pra cá ouvir música ao vivo’. Não foi desta vez, ainda. Mas nós temos o grupo no prédio ‘Vizinhos legais’ e essa semana tomamos coragem e viemos”. E completa: “Estamos nos divertindo muito, com a música, com as histórias, com os petiscos, com a cerveja. Gostamos de rock. Legal a iniciativa de criar essa convivência no Villa Lobos. Nós agora vamos estar aqui com mais frequência”, garante. Administração mais próxima O advogado e síndico do prédio, Joilson de Oliveira Alves, também é frequentador dos ensaios, quando possível. “Também temos aqui o Villa Fla, criado em 2019, pelos moradores apaixonados pelo Flamengo e que passaram a se reunir com o objetivo de confraternizar sempre que possível”, ressalta. Alves explica que embora seja uma torcida organizada do Flamengo, qualquer time é bem-vindo. “A ideia é confraternizar, estar junto, se conhecer, fazer uma resenha, participar do churrasco, não importa o time. E eu como gestor sempre convido todos os condôminos, para que possamos nos conhecer. E a banda também tem esse propósito”, explica. Ele destaca, ainda, que ser síndico não é uma tarefa fácil. “Às vezes, você se vê diante de situações delicadas. Vejo que por ter um grupo que se reúne pra ver um jogo, estar junto, que convida as outras pessoas, isso é uma forma de se aproximar de cada um. Posso dizer, ainda, que isso me ajudou muitas vezes a resolver uma ou outra questão interna, por isso super apoio essa união, essa boa convivência”, explica. Benefício emocional A doutora em Ciências, especializada em Desenvolvimento Aduto, Angelita Corrêa, explica que uma boa convivência, uma relação amistosa entre pessoas que moram na mesma comunidade, no mesmo condomínio, na mesma vizinhança é fundamental do ponto de vista da psicologia social para um sentimento de segurança comunitária e de bem-estar. “Quando essa relação de cooperação, de amizade, é estabelecida, surge um senso de pertencimento. E isso faz com que as pessoas se engajem mais na manutenção daquele espaço, em todos os seus aspectos, gerando uma espécie de suporte social, uma rede de apoio”, destaca. Ela explica, ainda, que quando essas pessoas começam a se tornar
Estado investe R$ 33 milhões em helicóptero para monitorar a Bacia do Rio Doce
Aeronave ficará baseada em Linhares e reforçará ações de fiscalização, emergências e transporte aeromédico O Governo do Espírito Santo vai modernizar o monitoramento e a fiscalização ambiental da Bacia do Rio Doce com a aquisição de um novo helicóptero, que também atuará em emergências e transporte aeromédico. O investimento de R$ 33 milhões faz parte do Novo Acordo do Rio Doce, firmado após o rompimento da barragem de Fundão, em 2015. O termo de cooperação foi assinado entre a Secretaria da Casa Militar (SCM) e a Secretaria de Recuperação do Rio Doce (Serd) e deve ser executado entre outubro e dezembro de 2025. A aeronave entrará em produção ainda neste período, com entrega prevista para o primeiro semestre de 2026. Segundo o governador Renato Casagrande, o helicóptero será fundamental para fortalecer a fiscalização ambiental e agilizar o atendimento a emergências. “O equipamento ficará baseado em Linhares, uma região estratégica dentro da Bacia do Rio Doce, e também será usado em ações de segurança e transporte aeromédico”, destacou. Todas as aeronaves do Estado integram a frota do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), administrada pela SCM. O trabalho de fiscalização será coordenado pela Polícia Militar Ambiental, com apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Iema e Idaf. O secretário de Estado de Recuperação do Rio Doce, Guerino Balestrassi, lembrou que o novo helicóptero se soma a outras ações do Governo do Estado na região, como o programa Reflorestar Doce, que vai investir R$ 334 milhões em reflorestamento, e o convênio com a Secretaria da Agricultura, que destina R$ 100 milhões à recuperação de estradas rurais e reservatórios de água. “Essas iniciativas reforçam o compromisso do Estado com o saneamento, a recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável das cidades impactadas”, ressaltou. A aeronave também será utilizada em ocorrências de resgate, remoção de pacientes e transporte de órgãos em parceria com a Secretaria da Saúde (Sesa), além de ações conjuntas com o Governo Federal para o monitoramento da foz do Rio Doce, área marinha também afetada pelo desastre de Mariana.
Festival Jacaraípe Gourmet reúne 17 restaurantes com pratos exclusivos, música e tour gratuito
Primeira edição do evento acontece em novembro e promete valorizar os sabores, a cultura e a hospitalidade do balneário serrano O balneário de Jacaraípe, na Serra, se prepara para sediar a primeira edição do Jacaraípe Gourmet, um festival que promete movimentar a cena gastronômica e cultural da região. O evento acontece nos fins de semana de 14 a 16 e de 21 a 23 de novembro, reunindo 17 restaurantes e docerias locais em um roteiro saboroso com pratos inéditos à base de frutos do mar, inspirados nas tradições do litoral serrano. As degustações custarão R$ 35 e as sobremesas, R$ 15, com o objetivo de tornar o festival acessível a moradores e turistas. Além das experiências gastronômicas, cada estabelecimento participante contará com música ao vivo, criando uma atmosfera que une sabores, cultura e hospitalidade em um só destino. Bustour gastronômico Um dos destaques da programação é o Bustour Gastronômico, um circuito gratuito em um ônibus turístico que percorrerá os restaurantes participantes. O trajeto contará com paradas de cinco minutos em cada ponto, enquanto um guia apresenta curiosidades sobre os estabelecimentos, a cultura local e os principais pontos turísticos do balneário. “O Jacaraípe Gourmet nasce do desejo de valorizar o que temos de mais autêntico: nossos sabores, a cultura local e a força da nossa comunidade. É uma oportunidade de mostrar que Jacaraípe é um destino gastronômico potente, com profissionais talentosos, ingredientes locais e uma energia única que só o nosso balneário tem — aquela que o mar proporciona em cada um”, destaca Thatiane Almeida, diretora comercial da ACEBAJ e uma das idealizadoras do evento. Participantes confirmados Entre os estabelecimentos que integram o festival estão: Restaurante Dona Nete, Restaurante Recanto Miramar, Bar do Mineiro, Encontro Pizzaria, Rei do Marisco Restaurante, Restaurante Berro D’Água, Delícias do Coco, Santuzzi Restaurante, Pizzaria Restaurante Surf, Suspiraria Sonhos de Maria, 40 Sabores, Beach’s Hamburgueria e Gastrobar, Cabana do Luiz Restaurante, Casa do Torresmo, Tatah Doceria Gourmet, Catuá Restaurante e Sargo Restaurante. Hospedagem e parcerias Para quem quiser aproveitar o fim de semana completo em Jacaraípe, o evento conta com hospedagens parceiras que oferecem condições especiais durante o período do festival. Entre elas estão: Villa Virtudes, Cabanas Coral, Pousada dos Jasmins, Inter Hotel, Pousada da Nana, Pousada Verônica, Pousada Jubarte e Pousada Sol & Mar. Realização O Jacaraípe Gourmet é uma realização da ACEBAJ (Associação Comercial do Balneário de Jacaraípe), em parceria com o Instituto Panela de Barro, coordenado por Alessandro Eller, e conta com apoio do Sebrae-ES. A organização do evento é assinada por Dáni Curtty (presidente da ACEBAJ), Thatiane Almeida (diretora comercial) e o chef David Maresias (diretor financeiro). 1º Jacaraípe Gourmet 📅 Quando: 14 a 16 e 21 a 23 de novembro 📍 Onde: restaurantes participantes de Jacaraípe, Serra (ES) 📲 Informações: @jacaraipegourmet
Hospital Vitória Apart adota IA para identificar em minutos sinais de infarto e arritmias
Parceria com a Neomed promete mais agilidade e precisão no diagnóstico, sem abrir mão da avaliação médica O Hospital Vitória Apart, integrante do grupo Athena Saúde, deu mais um passo rumo à inovação na medicina diagnóstica ao firmar uma parceria com a Neomed, plataforma de telemedicina especializada em laudos remotos de eletrocardiogramas (ECG). A iniciativa marca o avanço da inteligência artificial (IA) na rotina hospitalar, com o objetivo de tornar o atendimento a emergências cardíacas mais ágil e preciso. Com o novo sistema, laudos críticos podem ser emitidos em até cinco minutos. Segundo o cardiologista Vitor Dornela, do Hospital Vitória Apart, a IA atua como um primeiro filtro dos exames, identificando automaticamente alterações que indicam risco de infarto agudo do miocárdio, arritmias severas ou bloqueios cardíacos. “Quando há suspeita, o caso é imediatamente priorizado por um cardiologista da equipe remota, que confirma (ou não) o diagnóstico e emite o laudo final”, explica o médico. Agilidade, precisão e acesso ampliado O cardiologista destaca que em situações de emergência, cada minuto faz diferença. “Com algoritmos treinados com mais de três milhões de exames previamente validados, a ferramenta apresenta uma precisão impressionante, funcionando como um alerta imediato para os médicos plantonistas. Isso permite que os casos graves sejam rapidamente identificados e tratados — o que pode salvar vidas”, afirma Dornela. Além da rapidez, a parceria amplia o acesso à expertise cardiológica, beneficiando unidades menores ou com plantões noturnos, onde nem sempre há especialistas disponíveis. “Com o uso combinado da IA e da telemedicina, conseguimos oferecer uma análise rápida e segura em qualquer horário. Isso reduz erros diagnósticos, encurta o tempo para intervenção e melhora o prognóstico dos pacientes”, explica. Outro ganho está na gestão das informações: todos os eletrocardiogramas ficam armazenados em uma plataforma digital, de forma organizada e acessível para auditorias, revisões e acompanhamento clínico. “É uma medicina mais segura, transparente e baseada em evidências”, acrescenta o cardiologista. Tecnologia a serviço da vida Mesmo com os avanços tecnológicos, o especialista ressalta que o julgamento humano permanece indispensável. “A IA atua como um suporte diagnóstico, mas a decisão final sempre cabe ao médico, que considera o exame dentro do contexto clínico do paciente”, reforça Dornela. Para ele, a integração entre tecnologia e humanização é o que torna a parceria um modelo moderno de assistência à saúde. “A IA é uma aliada, não uma substituta. Ela potencializa o trabalho médico e nos permite dedicar mais tempo ao que realmente importa: o cuidado com o paciente. Estamos trazendo o futuro da medicina para dentro da rotina hospitalar, unindo ciência, empatia e tecnologia a favor da vida”, conclui.