Peço licença à Gonzaguinha para começar esse artigo evocando a canção “É”, lançada no final dos anos 80. Cantava o artista: “…a gente quer viver pleno direito / A gente quer viver todo respeito / A gente quer viver uma nação / A gente quer é ser um cidadão…” – um manifesto do povo brasileiro por dignidade e cidadania. Me lembrei dessas versos singelos (mas eloquentes!), no último dia 08, quando mais de 10 mil pessoas passaram pelo Parque O Cravo e a Rosa, em Itanguá, Cariacica, na Ação pela Cidadania. Foi um dia de celebração: dos selfies com o helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) e os cavalos do Regimento de Polícia Montada (RPMont) aos exames oftalmológicos, passando pela emissão de Carteira de Identidade e Certidão de Nascimento. Foram oferecidos quase 90 serviços à população, por secretarias estaduais, municipais e instituições parcerias. Era a face visível do Estado. Era o Estado presente. Três linhas de ônibus gratuitas foram criadas para que as pessoas pudessem participar do evento. Desde antes de o portão do Parque ser aberto, às 8 horas, havia fila de gente querendo participar. A Defensoria Pública estava lá para proteger os direitos dos que mais precisam. O Ministério Público do ES também, oferecendo, entre outros serviços, orientações sobre reconhecimento de paternidade, guarda ou adoção. Na van do Sine Itinerante, havia fila de jovens buscando a Carteira de Trabalho Digital. E teve música, também com a apresentação da escola de samba Boa Vista, de Cariacica, que encerrou o dia de festa. O Circuito Cultural e Turístico Ação pela Cidadania está inserido no contexto do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado, que tem como um de seus eixos a Proteção Social. A estratégia é promover a segurança pública, decerto, com as nossas forças policias, mas também com a inclusão social dos descamisados, dos elos mais frágeis da nossa sociedade. É a combinação de força com olhar social – uma mescla que já trouxe resultados históricos para o Espírito Santo. Para ficar apenas em um dado, o ano de 2024 registrou o menor índice de homicídios em quase 30 anos. A Ação pela Cidadania ofereceu serviços de mais de 30 secretarias e instituições, incluindo inscrição no programa de qualificação profissional Qualificar ES. Isso nos faz pensar em quantas crianças e jovens podem ter despertado para seguir uma das carreiras ali representadas: médico, enfermeiro, advogado, promotor, bombeiro militar, policial militar, policial civil… A Ação pela Cidadania nasceu para que mais capixabas possam sonhar. *Júnior Abreu é administrador e secretário-chefe da Casa Civil do Governo do ES
Estado anuncia 932 vagas para o Hospital Dório Silva por meio da Fundação Inova
O governador Renato Casagrande anunciou, nesta segunda-feira (17), a abertura de 932 vagas para o Hospital Dório Silva, em Serra, por meio da Fundação Inova Capixaba. O comunicado foi feito em vídeo publicado nas redes sociais, ao lado do secretário de Estado da Saúde, Tiago Hoffman, e do diretor-presidente da Fundação Inova, Rafael Amorim. Segundo Casagrande, a iniciativa representa uma nova oportunidade de ingresso na área da saúde, contemplando diferentes perfis de profissionais. “Oportunidade na área de saúde: 932 vagas para o Hospital Dório Silva através da Fundação Inova”, afirmou o governador. O secretário de Saúde destacou que as vagas abrangem todos os níveis de escolaridade, desde funções de nível fundamental até cargos de nível superior. “É uma grande oportunidade que o senhor e o nosso vice-governador Ricardo Ferraço estão promovendo. A Fundação Inova, que é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde e faz a gestão do Hospital Dório Silva, agora vai preencher essas vagas”, disse Hoffman. Rafael Amorim reforçou que todas as informações sobre o processo seletivo estão disponíveis nos canais oficiais. “Maiores informações sobre o concurso no site da Fundação Inova Capixaba e no site da Secretaria de Estado da Saúde”, afirmou. O Hospital Dório Silva é uma das unidades administradas pela Fundação Inova e é referência para a população da Serra e de outros municípios da Região Metropolitana. No vídeo, o governador pediu que a informação fosse compartilhada para alcançar mais interessados nas oportunidades.
Seminário debate avanços do foro extrajudicial e papel da Corregedoria com presença do ministro Sérgio Kukina
A Corregedoria Geral da Justiça do Espírito Santo (CGJES) promove, nesta quarta-feira (19), às 17h, o seminário “O avanço do foro extrajudicial para o sistema de justiça e o papel normativo da Corregedoria Geral de Justiça: a cobrança no sistema de notas e registros”. O encontro será realizado no auditório da CGJES, em Vitória, e reunirá autoridades do Judiciário nacional e estadual para discutir modernização, regulamentação e desafios do sistema extrajudicial brasileiro. Entre os participantes estão o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sérgio Luiz Kukina, e o corregedor-geral da Justiça do Espírito Santo, desembargador Willian Silva (foto abaixo). Eles vão abordar o papel do foro extrajudicial como extensão do sistema de justiça e a atuação normativa da Corregedoria na fiscalização e organização das atividades cartorárias. O seminário busca ampliar o diálogo entre magistrados, registradores, tabeliães e profissionais do Direito sobre temas relevantes da atividade extrajudicial, incluindo cobrança no sistema de notas e registros, eficiência administrativa, segurança jurídica e a prestação de serviços à população. O evento é uma realização da Corregedoria Geral da Justiça do Espírito Santo e conta com o apoio do Sinoreg-ES, Anoreg-ES, Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção Espírito Santo (IEPTB-ES), Colégio Notarial do Brasil – Seção Espírito Santo, Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Espírito Santo (IRTDPJ-ES) e Operador Nacional do Registro (ONR). Serviço Seminário: “O avanço do foro extrajudicial para o sistema de justiça e o papel normativo da Corregedoria Geral de Justiça: a cobrança no sistema de notas e registros” Data: 19 de novembro (quarta-feira) Horário: 17h Local: Auditório da Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Espírito Santo — Vitória Participantes: Ministro Sérgio Luiz Kukina (STJ) e Desembargador Willian Silva (Corregedor-Geral da Justiça do ES) Inscrições: https://bit.ly/SeminarioCGJES
Novo casal na política: vereadores de Vitória e Guarapari oficializam namoro e movimentam as redes
Um jovem casal movimentou as redes neste fim de semana. Em uma publicação no formato collab, a vereadora de Guarapari Tainá Coutinho e o vereador de Vitória, Aylton Dadalto, oficializaram o relacionamento com fotos leves e mensagens bem-humoradas, o que rapidamente chamou atenção do público. A postagem já ultrapassa 2.600 curtidas nesta manhã de segunda-feira (17), reunindo mais de 180 comentários positivos e votos de felicidade. Nos textos, eles destacaram que a novidade também os pegou de surpresa, mas celebraram a decisão e o carinho recebido. Em um dos registros publicados nos stories, brincaram: “Quem é João Campos e Thabata perto desse novo casal?”, referindo-se ao namoro entre o prefeito de Recife e a deputada federal. “Vocês não estavam preparados, né? Nem a gente”, seguiu, completando: “Tudo na vida exige decisão e estamos felizes com essa. Obrigada pelo carinho! Torçam por nós 🧡” Na publicação no feed, feita em conjunto, eles aparecem em uma foto em Pedra Azul. A legenda fala sobre “leveza, conversas sinceras e vontade de somar”, destacando que os opostos podem até se atrair, mas que “é na semelhança que a vida a dois encontra equilíbrio”. O texto termina com a frase “é justo que muito custe o que muito vale”, acompanhada de uma mensagem de boas-vindas à nova fase.
João Gualberto – “Cidade presépio”
Transformações urbanas mudaram a identidade de Vitória, entre memória cultural, modernização acelerada e desigualdades crescentes. Dois sentimentos me fizeram voltar a pensar em um antigo objeto de minhas reflexões. O primeiro foi o lançamento do livro Carmélia Maria de Souza: desesperada e lírica, com textos daquela grande cronista capixaba reunidos e selecionados por Renata Bomfim, uma estudiosa muito criteriosa do nosso universo literário. O segundo foi uma longa conversa com a jovem e brilhante intelectual Tamara Lopes, doutora em Arquitetura, que vem de defender uma tese na qual a nossa sempre presente Carmélia também é estudada – além de muito mais. Voltarei a falar de Tamara oportunamente. O antigo objeto de minhas reflexões, a que me referi acima, é o momento em que Vitória deixa de vestir sua velha roupagem de cidade presépio e passa para um momento mais ousado e menos provinciano de sua vida como o principal centro urbano do Espírito Santo. Isso ocorre em 1967, quando Setembrino Pelissari é o prefeito e Christiano Dias Lopes o governador. O Espírito Santo, então, acompanhando a modernização conservadora pela qual passava o Brasil, também se moderniza. Materializávamos entre os anos 1960 e 1970 o velho sonho da industrialização capixaba, do asfaltamento das principais rodovias, da expansão da energia elétrica e das novas comunicações. Ultrapassada a predominância da cultura do café e sua aristocracia, que floresceu no império e na primeira república, mudaram as elites dirigentes e a capital do Espírito Santo deixou seus ares provincianos, abandonando a planta de cidade presépio. O desenho de novas avenidas, como a Nossa Senhora dos Navegantes, criou espaços urbanos tomando parte de áreas antes ocupadas pelo mar. Novos prédios cresceram verticalmente a cidade e houve a migração progressiva do centro em direção à região norte. O Shopping Vitória, inaugurado nos anos 1990, consolidou essa mudança, trazendo o comércio dos setores de classe média para a Enseada do Suá. Escrevi sobre essas mudanças, sobretudo nos estilos de vida antes tão provincianos, em um livro que organizei com a participação de dois importantes intelectuais: Carol Abreu e Janes De Biase Martins, um valoroso historiador que infelizmente nos deixou logo após a publicação do trabalho. A obra foi a primeira financiada através da então recém-criada Lei Rubem Braga, da Prefeitura de Vitória. Foi publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, com honrosa apresentação de Renato Pacheco, presidente do órgão na época. Penso em Carmélia quando me lembro da nova geração de jornalistas e animadores culturais que passaram a povoar Vitória. Nomes da importância da própria jornalista que tanto cito, ou de outros grandes como Claudio Bueno Rocha, Milson Henriques, Aprigio Lyrio, Amilton de Almeida. A renovação nas artes e nos costumes da cidade causada por um novo contingente de novos personagens foi muito grande. Aos poucos a cidade perdia seus ares de presépio para ganhar uma nova dimensão, que em muitos momentos caminhava em direção contrária à proposta da cidade mais tradicional que saiu da república do café. Seus grandes prédios eram inacessíveis aos pobres e sua ausência de preocupação com políticas sociais e culturais mais densas era evidente. Os setores artísticos e intelectuais de classe média, com as suas novas expressões, ganharam a cena. Junto a essa nova configuração vieram as dificuldades de mobilidade no trânsito e o grande pesadelo da violência. Vitória foi tomada por levas de camponeses empobrecidos pela erradicação dos cafezais – um pesadelo econômico, social e político – vindos do interior do estado, e mesmo alguns de estados vizinhos. Houve um empobrecimento da paisagem urbana. Para os novos entrantes só havia as palafitas dos manguezais ou a elevação dos morros, além de pior educação, pior saúde pública, poluição do ar, do mar, de tudo. Foi o fim completo do bucolismo que encobria a pobreza da cidade presépio, como também da modernidade aristocrática da primeira república. A própria identidade da ilha foi alterada. Começaram a ser usados termos como Grande Vitória e depois Região Metropolitana da Grande Vitória, que passou a envolver municípios vizinhos, sobretudo Vila Velha, Serra e Cariacica. Os problemas se expandiram junto com a expansão territorial. Essas foram, como o nome do livro indica, as trajetórias de nossa cidade, desde a fase colonial até uma construção totalmente focada no econômico e na lógica de massas. O nosso centro histórico é bem o exemplo das consequências dessa trajetória. Abandonado e relegado a segundo plano, mostra como o país dos novos ricos trata os traços de seu passado, as marcas de seu crescimento, a identidade e a memória coletiva. Parece que ficamos cada vez mais longe de nossa essência, ao passo que nos aproximamos de um ideal de cidade que nos remete a um arremedo de Miami ou Dubai. Até mesmo os traços rebeldes da geração dos anos 1960 e 1970 perderem-se, em grande parte, no tempo.
Com previsão de mais chuvas no verão, órgãos públicos e EDP reforçam ações de prevenção no ES
A EDP apresentou, nesta quinta-feira (13), o Plano Verão 25/26, conjunto de ações estruturadas para enfrentar eventos climáticos severos previstos para o verão no Espírito Santo. O lançamento, realizado no Centro de Atividades Técnicas da Defesa Civil, em Vitória, reforçou a integração entre a distribuidora, instituições públicas e órgãos de emergência, e detalhou investimentos em digitalização, ampliação da infraestrutura energética e reforço das equipes técnicas. O encontro contou com a participação do diretor-presidente de distribuição da EDP, Dyogenes Rosi; do diretor da EDP no Espírito Santo, Edson Barbosa; do tenente-coronel Rodrigo Rigoni de Souza, da Defesa Civil; do meteorologista Mauro Bernasconi e demais autoridades. O panorama climático apresentado aponta um verão com chuvas intensas e ventos fortes associados ao fenômeno La Niña. O Plano Verão amplia a capacidade de resposta do sistema elétrico em períodos de instabilidade, com ações que envolvem monitoramento meteorológico, automação de rede, estratégias operacionais e comunicação direta com órgãos de resposta. “Estamos diante de um novo cenário climático que exige planejamento e adaptação. Trabalhamos para que o sistema esteja preparado, investindo em tecnologia, equipes treinadas e ações preventivas”, afirmou Dyogenes Rosi. Investimentos e digitalização Entre 2024 e 2025, a EDP investe cerca de R$ 1,7 bilhão na área de concessão do Espírito Santo. A companhia soma 118 subestações em operação e avança na digitalização da rede elétrica: cerca de 70% dos clientes já são atendidos por equipamentos de religamento automático (self-healing), que isolam trechos com defeito e reduzem o impacto de ocorrências como queda de árvores. De 2022 a 2025, mais de 900 religadores automáticos foram instalados. O Centro de Operação Integrado (COI) coordena a gestão do sistema elétrico nos 70 municípios atendidos, realizando manobras de carga de forma remota com uso de inteligência artificial. Redes inteligentes também têm sido implantadas em áreas de maior complexidade social, permitindo monitoramento em tempo real e atendimento mais ágil. A empresa mantém ainda uma rede própria de telecomunicações que cobre 99% da área de concessão, garantindo comunicação estável entre o centro de operações e os equipamentos em campo, reduzindo o risco de falhas durante tempestades ou situações críticas. Resposta rápida e reforço das equipes Com base na previsão climática, o planejamento operacional prevê antecipação de equipes e expansão dos times que atuam diretamente nas ocorrências. Técnicos multidisciplinares podem ser mobilizados entre regionais conforme a demanda, e bases avançadas distribuídas pelo Estado agilizam deslocamentos. “As bases permitem resposta rápida, com equipes, caminhões e equipamentos mais próximos das áreas afetadas. A atuação integrada com prefeituras, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros é fundamental para os serviços preventivos e emergenciais”, destacou o diretor Edson Barbosa. Nos níveis de maior criticidade, as ocorrências envolvendo hospitais, unidades de saúde, segurança pública, escolas, creches, asilos e clientes dependentes de equipamentos elétricos têm prioridade de atendimento. A estrutura permite ajustes de mobilização conforme a gravidade das ocorrências. A EDP mantém colaboração permanente com órgãos públicos, como Defesa Civil Estadual e municipais, Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e Civil e prefeituras, além de canais exclusivos de comunicação institucional. Atendimento ao cliente Atualmente, 85% dos atendimentos da empresa são realizados pelos canais digitais — site www.edp.com.br e aplicativo EDP Online. Em períodos de grande volume de ocorrências, os consumidores também podem registrar demandas pelo WhatsApp (27) 99772-2549 ou pelo Call Center 0800 721 0707.