Regra também libera regularização patrimonial de origem lícita. Especialista destaca oportunidade inédita, sendo uma forma de diminuir impostos na hora da venda Atualizar o valor de imóveis e veículos pagando um Imposto de Renda (IR) até cinco vezes menor — e ainda reduzir o tributo devido na hora da venda — virou realidade no Brasil. Com a nova Lei nº 15.265/2025, contribuintes podem corrigir o valor dos seus bens para o preço real de mercado pagando 4% de IR no caso de pessoas físicas, em vez dos tradicionais 15% a 22,5% aplicados fora do programa. Já pessoas jurídicas poderão pagar 4,8% mais 3,2% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A proposta representa uma oportunidade inédita para organizar o patrimônio, reduzir futuros impostos e evitar dores de cabeça com a Receita Federal. A lei, publicada em 21 de novembro, instituiu o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), permitindo que pessoas físicas e jurídicas regularizem bens omitidos a custos reduzidos e em condições facilitadas. Pela nova regra, os contribuintes podem atualizar o valor de mercado de bens adquiridos até 31 de dezembro de 2024, pagando um percentual muito menor do que o exigido fora do programa. A adesão poderá ser feita em até 90 dias, com possibilidade de parcelamento em até 36 vezes. O advogado tributarista e empresarial Samir Nemer, sócio do FurtadoNemer Advogados, destaca que o programa representa uma “janela rara” de regularização patrimonial com forte redução de carga fiscal. “É uma oportunidade inédita. Pela via tradicional, atualizar um imóvel ou regularizar um bem omitido pode gerar tributação entre 15% e 22,5% de ganho de capital, além de multas que chegam a 75% ou até 150% em casos mais graves. Com o Rearp, o contribuinte paga apenas 4% e ainda pode parcelar. Do ponto de vista jurídico e financeiro, é um cenário excepcionalmente vantajoso”, afirma Nemer, que é mestre em Direito Tributário. Para o governo federal, a proposta antecipa a arrecadação de um imposto que só incidiria sobre uma venda futura — uma forma de gerar fluxo de caixa imediato. Além da atualização de bens, o Rearp também prevê a regularização de ativos como aplicações financeiras, participações societárias, veículos e imóveis declarados incorretamente ou não declarados, mediante o pagamento de 15% de Imposto de Renda acrescido de multa equivalente. Nemer explica ainda que, fora do Rearp, não há previsão legal para uma simples “reavaliação” voluntária de imóveis ou bens na declaração. “Se o contribuinte tentar atualizar valores por conta própria fora do programa, a Receita pode interpretar a diferença como ganho de capital omitido, aplicando IR de 15% a 22,5%, multa de 75% — que é a alíquota padrão —, multa de até 150% em caso de fraude e juros pela Selic acumulados desde o fato gerador. Já no Rearp, o contribuinte regulariza ou atualiza seus bens pagando 4%, no caso de pessoa física, percentual cerca de cinco vezes menor que o regime ordinário, sem incidência de multas ou juros.” Atualização sem risco fiscal O programa também oferece segurança jurídica para quem possui bens com valores defasados na declaração, especialmente imóveis adquiridos há muitos anos. A adesão evita riscos de inconsistências fiscais, autuações e discussões sobre suposta omissão de patrimônio. “Para quem pretende vender um imóvel, organizar o patrimônio ou abrir um planejamento sucessório nos próximos anos, essa é uma chance de corrigir tudo com custo reduzido e tranquilidade jurídica. É raro o legislador abrir uma porta tão clara e tão acessível”, comenta Nemer. A Receita Federal ainda regulamentará os procedimentos, mas o prazo de adesão já está definido: 90 dias a partir de 21 de novembro. Especialistas recomendam que os contribuintes iniciem desde já o levantamento de documentos e a avaliação dos bens para evitar correria no fim do prazo. Para optar pelo Rearp, o contribuinte deve apresentar uma declaração à Receita Federal contendo seus dados pessoais; a identificação do bem e seus valores; o que constava na última declaração de IR ou na escrituração contábil; e o valor atualizado. O pagamento poderá ser feito integralmente ou parcelado, sendo necessário quitar pelo menos a primeira parcela no momento da declaração.
Canetas emagrecedoras funcionam, mas abandono do tratamento favorece volta do peso, indica estudo
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos reforça a eficácia das chamadas canetas emagrecedoras na perda de peso, mas alerta para a necessidade de acompanhamento profissional para manter os resultados. O levantamento analisou 1,2 milhão de adultos que usaram medicamentos à base de GLP-1 entre 2010 e 2024 e identificou que mais da metade dos pacientes recupera parte do peso perdido quando interrompe o tratamento sem orientação contínua. Entre os participantes, 18.228 suspenderam o uso após reduzir pelo menos 5% do peso corporal. Para a médica nutróloga Mariana Comério, os dados mostram que, embora esses medicamentos ofereçam resultados rápidos e expressivos, eles devem ser associados a acompanhamento médico, orientação nutricional e prática regular de atividade física. “Com o devido acompanhamento, as canetas emagrecedoras podem trazer benefícios muito significativos. Essa combinação é essencial para evitar o efeito rebote, preservar a massa muscular e garantir resultados duradouros. É um tratamento revolucionário, que ajuda inclusive na mudança do estilo de vida e no combate a transtornos alimentares, como compulsões”, afirma. A médica destaca ainda que o uso dessas medicações precisa integrar um plano completo, com suporte multidisciplinar, para reduzir as chances de reganho de peso. “Quando o tratamento é interrompido sem orientação, o corpo tende a retornar ao padrão anterior — o que explica os resultados observados no estudo americano”, completa.
Autopropelido não é bicicleta: arquiteto alerta sobre o uso irregular e o impacto desses veículos o ES
O crescimento dos chamados “veículos elétricos individuais” é uma realidade nas cidades brasileiras – e Vitória não é exceção. Estima-se que já circulam cerca de nove mil autopropelidos na região metropolitana, ocupando calçadas, ciclovias e ruas, muitas vezes como se fossem bicicletas comuns. No entanto, de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), uma bicicleta elétrica não pode ter acelerador. Quando possui esse dispositivo, mesmo com pedais, o veículo é classificado como equipamento de mobilidade individual autopropelido — ou, como define o arquiteto e urbanista Murillo Paoli, “uma espécie de moto elétrica disfarçada de bicicleta”. De acordo com Murillo, os dados mostram o tamanho da transformação. Em 2016, o Brasil tinha pouco mais de sete mil bicicletas elétricas. Em 2025, já são cerca de 300 mil veículos elétricos em circulação, segundo dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) — e grande parte deles são justamente os autopropelidos, erroneamente chamados de “bikes elétricas”. “O problema não está no veículo em si, mas na forma como a cidade ainda não se preparou para recebê-lo. Continuamos repetindo o erro de sempre: dar mais espaço ao motor e menos às pessoas”, afirma Paoli. Apesar do aumento expressivo desses veículos, a infraestrutura urbana segue praticamente a mesma — pensada para os carros. As ciclovias ainda são desconectadas, muitas calçadas estão degradadas ou reduzidas, e a disputa por espaço tem gerado um novo tipo de trânsito: motorizado, veloz e desorganizado. “Em Vitória, deveríamos estar cumprindo o que o próprio Plano Diretor prevê: incentivar o transporte público e o não motorizado, garantindo acessibilidade e priorizando deslocamentos a pé ou de bicicleta. Mas o que vemos é o contrário — mais vagas para carros e menos espaço para pedestres e ciclistas”, ressalta o arquiteto. Recentemente, a Câmara Municipal de Vitória aprovou uma lei que estabelece uso obrigatório de capacete, limite de velocidade e registro para motos elétricas e autopropelidos. Mas, segundo Murillo, sem fiscalização, a norma se torna apenas um lembrete do que deveria funcionar. “Esses veículos têm ganhado popularidade, mas também trazem riscos. Muitos atingem velocidades próximas às de uma motocicleta, e em várias situações são conduzidos por menores de idade. Isso é uma bomba-relógio no trânsito urbano”, alerta. Murillo também chama atenção para o impacto simbólico do fenômeno. Segundo ele, a imagem positiva da bicicleta — associada à sustentabilidade, à saúde e ao convívio — está sendo confundida com um modal que não compartilha os mesmos princípios. “Um carro elétrico da BYD não deixa de ser carro só por ser elétrico. Da mesma forma, um autopropelido não é bicicleta só porque tem pedal”, ressalta. Enquanto continuarmos chamando esses veículos de ‘bikes elétricas’, estaremos mascarando um problema maior: o da perda do espaço público para formas de mobilidade individualistas e motorizadas”, pontua. Para o arquiteto, o caminho está na educação, fiscalização e planejamento urbano. Ele defende calçadas seguras, ciclovias conectadas e políticas que incentivem a mobilidade ativa, aquela que depende das pessoas, não dos motores. “Precisamos pensar cidades para as pessoas — não para as máquinas. Os novos veículos elétricos podem coexistir, sim, mas dentro de um planejamento que respeite o espaço coletivo e garanta segurança para todos”, conclui.
Fenômeno do YouTube, Enaldinho leva o espetáculo “A Origem de Happy & Angry” a Vitória
O youtuber, com mais de 44 milhões de inscritos, traz diversão, emoção e interatividade ao palco do Espaço Patrick Ribeiro em apresentação única na capital capixaba Um dos maiores nomes do YouTube Brasil, Enaldinho chega a Vitória para apresentar um dos espetáculos mais aguardados pelos fãs da cidade. Intitulada “A Origem de Happy & Angry”, a peça promete encantar toda a família ao misturar humor, ação, música, interatividade e efeitos especiais em uma experiência única. A apresentação acontece *no sábado (29), no Espaço Patrick Ribeiro*, no novo Aeroporto de Vitória, com abertura às 16h e início às 18h. Na história, o público vai conhecer Enaldinho, um garoto sonhador que deseja se tornar YouTuber, mas que precisa enfrentar o Rei, personagem que carrega dentro de si duas personalidades opostas. Happy representa seu lado confiante e otimista e Angry simboliza seus medos e inseguranças. Inspirado em sua própria trajetória, o espetáculo transmite mensagens sobre superação, autoestima e empatia, indo muito além da diversão. Com um cenário vibrante, performances cheias de energia e momentos de interação com a plateia, Enaldinho leva ao palco uma mensagem antibullying apresentada de forma leve e cativante. O público é convidado a mergulhar em uma experiência imersiva, marcada por painéis de LED, coreografias dinâmicas e cenas de grande emoção, ideais para todas as idades. Com mais de 44 milhões de inscritos no YouTube, Enaldinho consolida sua força como um dos maiores criadores de conteúdo do país, levando sua criatividade e carisma também aos palcos. Serviço A Origem de Happy & Angry – Vitória Data: 29 de novembro (sábado) Abertura: 16h | Início da peça: 18h Local: Espaço Patrick Ribeiro – Novo Aeroporto de Vitória (ES) Ingressos: disponíveis no Blueticket