Setembro chegou e, com ele, mais um convite à reflexão. O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização e prevenção ao suicídio, um tema que precisa ser abordado com seriedade e acolhimento. Entre os diversos fatores que influenciam a saúde mental, o sono tem um papel essencial e, muitas vezes, negligenciado. O sono não é apenas um momento de descanso. Ele é um processo ativo e fundamental para o equilíbrio emocional e para o bom funcionamento do cérebro. Quando passamos por períodos de noites mal dormidas ou enfrentamos distúrbios do sono, ocorre uma desregulação importante nos hormônios relacionados ao humor e ao bem-estar, como a serotonina e a melatonina. Essa alteração pode nos deixar mais vulneráveis a quadros de ansiedade, depressão e ao esgotamento psicológico. Além de regular os hormônios, o sono desempenha um papel essencial na memória e na aprendizagem. É enquanto dormimos que o cérebro reorganiza e processa as informações adquiridas ao longo do dia, preparando o organismo para um novo ciclo. Quando essa etapa é prejudicada, a mente tende a ficar mais sobrecarregada, o que aumenta o risco de pensamentos negativos e reduz nossa capacidade de lidar com os desafios cotidianos. Também precisamos considerar que o relacionamento entre sono e saúde mental é bidirecional: questões emocionais afetam diretamente a qualidade do sono, e noites mal dormidas podem agravar problemas emocionais. Essa relação cria um ciclo difícil de quebrar, que precisa ser tratado com atenção. Por isso, olhar para o sono com o mesmo cuidado que damos à alimentação, à atividade física e ao bem-estar emocional é fundamental. Neste Setembro Amarelo, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!”. E isso também envolve buscar acompanhamento especializado para melhorar a qualidade do sono. Cuidar do sono é cuidar da mente — e essa pode ser uma etapa decisiva na prevenção ao suicídio. Lembre-se: você não está sozinho. Procure apoio, converse com alguém de confiança e, sempre que necessário, busque orientação médica. Seu bem-estar importa. Jessica Polese é pneumologista e especialista em Medicina do Sono e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono – Regional ES *A opinião dos articulistas é de total responsabilidade dos autores
Projeto pioneiro da Suzano monitora saúde de motoristas no transporte de madeira
Com foco na segurança viária, a Suzano, maior produtora mundial de celulose, tem investido em uma ação pioneira para monitorar a saúde dos motoristas que atuam no transporte de madeira e reduzir o risco de fadiga e sonolência ao volante. A empresa implantou três Salas de Estimulação no Espírito Santo — uma em Aracruz e duas na região de São Mateus, sendo uma delas itinerante, deslocada para pontos estratégicos conforme a necessidade. As salas são equipadas com estrutura para exercícios físicos leves, avaliação de saúde por profissionais especializados e oferta de alimentação balanceada aos condutores que prestam serviço à empresa. Segundo o supervisor de Logística Florestal da Suzano, Rafael Parisi, cada sala conta com técnico(a) de enfermagem responsável por avaliar o estado físico dos motoristas, com um protocolo que visa prevenir acidentes e preservar vidas. “O atendimento funciona da seguinte forma: o motorista avisa se está iniciando ou finalizando sua jornada de trabalho. Na ocasião é realizada a aferição da pressão arterial e um teste simples de reflexo. Caso identificados sinais de fadiga ou sonolência, o motorista é orientado a realizar exercícios leves em uma bicicleta ergométrica presente na sala. Caso seja identificado pressão arterial alterada, o motorista é orientado a descansar por 20 minutos e após esse período, uma nova aferição é feita. Se a pressão permanecer alterada, a gestão da Suzano e o responsável da transportadora são acionados para providenciar a substituição do motorista. Além disso, o condutor é orientado a procurar atendimento médico para exames complementares”, explica Parisi. Se não houver alterações, o motorista realiza a estimulação, recebe um lanche e é liberado para seguir sua jornada. Segurança como valor central De acordo com o gerente de Logística Florestal da Suzano, Rodrigo Junior Toreta, a segurança é um dos pilares da cultura da empresa, que exige capacitação especializada para todos os motoristas que ingressam na operação de transporte de madeira. “Nossa cultura é baseada na segurança como prioridade absoluta. Vale destacar que nossas iniciativas também resguardam as comunidades e usuários das rodovias, uma vez que contribui de maneira significativa para a segurança de trafegabilidade dos veículos nas vias as quais utilizamos”, ressalta Toreta. Motoristas aprovam a iniciativa Quem está na estrada reconhece os benefícios da ação. Jean dos Santos Pereira, motorista há 23 anos e proprietário da Leão Transportes Ltda, vê nas Salas de Estimulação uma aliada importante na rotina. “Já trabalho há muito tempo dirigindo nas estradas, hoje em dia transporto madeira, celulose e outros produtos para a Suzano, de forma autônoma. As Salas realmente nos auxiliam nas viagens. É algo muito bom que foi inventado para evitar acidentes e ainda verificar a nossa saúde. Lá a gente mede a pressão arterial, faz teste de fadiga, recebe lanche, faz exercícios, o local tem uma iluminação forte, o que ajuda a nos deixar mais acordados também”, relata Jean, de 47 anos. Já o motorista Ivan Gomes de Souza, que atua exclusivamente no transporte de madeira para a Suzano, destacou o impacto positivo da prática na sua disposição física e mental: “Na sala a gente estimula a mente e o corpo. Eu, por exemplo, adoro fazer a bicicleta ergométrica e os alongamentos. Então, a ajuda a gente tem e precisamos fazer essas paradas obrigatoriamente, utilizando as salas para o bem de todos, incluindo das estradas”, afirma. Sobre a Suzano A Suzano é líder global na produção de celulose e uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina. Atua com soluções sustentáveis derivadas do eucalipto e seus produtos estão presentes em mais de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Suas marcas incluem Neve®, Pólen®, Suzano Report® e Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil, a empresa possui operações em diversos continentes e adota práticas baseadas em inovação e sustentabilidade. Suas ações são negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em suzano.com.br.
Combate à violência contra a mulher no ambiente virtual ganha reforço no ES
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovou nesta terça-feira (9) o Projeto de Lei (PL) 131/2024, que estabelece diretrizes para a capacitação de agentes de segurança pública no combate à violência contra a mulher praticada em ambientes virtuais. De autoria da deputada Iriny Lopes (PT), a proposta busca complementar a Lei Maria da Penha e ampliar a proteção às mulheres vítimas de crimes como pornografia de vingança, extorsão, estupro virtual e perseguição online. “A capacitação dos profissionais da segurança pública em relação à violência contra a mulher no ambiente virtual é essencial para garantir o pleno cumprimento da Lei Maria da Penha, que prevê a proteção e assistência às vítimas, inclusive nos meios digitais”, destacou a parlamentar na justificativa do projeto. ⸻ Prevenção de amputações também é tema de proposta aprovada Na mesma reunião, os deputados também aprovaram o PL 379/2024, de autoria do deputado Dr. Bruno Resende (União), que institui a Política de Prevenção às Amputações em Pacientes Diabéticos. Segundo o autor, o número crescente de amputações no país é um problema grave de saúde pública. “Além de afetar milhares de brasileiros, essa realidade impõe altos custos ao sistema de saúde, consumindo verbas significativas dos estados”, ressaltou Resende. ⸻ Balanço da sessão Ao todo, a Comissão de Justiça analisou 25 proposições durante a reunião desta terça. Foram aprovadas 11 matérias e outras 13 foram consideradas inconstitucionais. Além do presidente do colegiado, deputado Dary Pagung (PSB), participaram da reunião os deputados Mazinho dos Anjos (PSDB), João Coser (PT), Fábio Duarte (Rede) e Denninho Silva (União).
Espírito Santo conquista título inédito no Brasileiro Sub-16 de Vôlei Masculino
A seleção capixaba masculina sub-16 de vôlei é campeã brasileira. A equipe conquistou, no último domingo (7), o título do Campeonato Brasileiro de Seleções, ao vencer o Maranhão por 3 sets a 0 (25/17, 25/22 e 25/12), no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em Saquarema (RJ). Com o título, o Espírito Santo garante o acesso à Divisão Especial do torneio em 2026, entrando para a elite do voleibol nacional na categoria. A equipe treina no Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, mantido pela Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport). Campanha invicta até o título A conquista veio de forma invicta. A seleção capixaba venceu todos os seus jogos no campeonato: Fase de grupos ES 3 x 1 Goiás ES 3 x 1 Amazonas ES 3 x 1 Pará ES 3 x 1 Tocantins Semifinal ES 3 x 0 Mato Grosso Final ES 3 x 0 Maranhão Espírito Santo também brilha nas premiações individuais Além do troféu, a seleção capixaba também dominou as premiações individuais. O ponteiro Davi da Rocha, capitão da equipe, foi eleito melhor jogador (MVP) e melhor ponteiro do campeonato. “É gratificante colocar o Espírito Santo em um lugar de onde ele nunca deveria ter saído”, declarou Davi. Outros destaques da equipe foram Gabriel Gomes, escolhido o melhor oposto, Gabriel Lordello, eleito melhor líbero, e o técnico Edcarlos Gomes Santos, premiado como melhor treinador da competição. Elenco campeão brasileiro sub-16 Levantadores: Bernardo Roriz e Guilherme Palácio Ponteiros: Davi da Rocha, Gabriel Costa, Enzo Santuzzi e João Pedro Arruda Centrais: Pietro Giacomin, Lorenzo Sartório e Dante Devens Opostos: Gabriel Gomes e Rafael Escobar Líbero: Gabriel Lordello Comissão técnica: Edcarlos Gomes Santos (técnico), Fábio Luiz Magalhães e Jordan Moreira Foto: governo ES
Gestão humanizada ganha espaço como nova competência-chave para administradores
No Dia do Administrador, celebrado nesta segunda-feira (9), especialistas reforçam que o sucesso na área vai muito além do domínio técnico. Em um mundo em constante transformação, a gestão humanizada tem se consolidado como competência essencial para o administrador moderno. A prática de administrar existe desde o século XVIII, mas só foi regulamentada no Brasil em 1965, com a promulgação da Lei nº 4.769 — origem da data comemorativa. Desde então, o papel do administrador evoluiu e ganhou novas dimensões, exigindo do profissional não apenas conhecimento técnico, mas também habilidades emocionais e interpessoais. De acordo com Juliene Fonseca, coordenadora dos cursos de Administração e Gestão da Estácio no Espírito Santo, as empresas já entenderam que os melhores resultados acontecem quando há equilíbrio entre performance e bem-estar. “A gestão humanizada desponta como pilar essencial. A inteligência emocional tornou-se tão indispensável quanto o conhecimento em finanças ou processos”, afirma. A tendência se confirma em pesquisa global da One Mind at Work, realizada no fim de 2024 com mais de dois milhões de trabalhadores. O estudo mostrou que 67% dos líderes seniores estão comprometidos com a saúde mental de suas equipes e 74% das organizações já investem em treinamentos nessa área. Para Juliene, liderar é mais do que delegar tarefas. “O gestor precisa cultivar empatia, escuta ativa e sensibilidade. Ignorar o aspecto humano é correr o risco de perder talentos e comprometer os resultados do negócio.” O tema ganha ainda mais destaque diante de um episódio recente envolvendo o influenciador Hytalo Santos, preso em agosto sob acusações graves relacionadas a jovens sob sua liderança. Embora não seja administrador de profissão, o caso chamou atenção para os riscos de modelos de liderança marcados por manipulação e ausência de responsabilidade emocional. “Quando não há atenção às pessoas, a desumanização do ambiente de trabalho pode afetar seriamente a saúde mental dos colaboradores”, alerta Rafael Valêncio, coordenador e professor de Psicologia da Estácio. “O líder pode tanto inspirar quanto adoecer sua equipe. Por isso, é preciso atuar com ética, equilíbrio e empatia.” Valêncio destaca ainda que a inteligência emocional vai além do controle das próprias emoções — envolve também entender os impactos delas sobre os outros. “Gestores conscientes criam ambientes de segurança psicológica, onde há valorização e autonomia. Isso impulsiona o crescimento da empresa e das pessoas.” Apesar dos avanços tecnológicos, os especialistas são unânimes: nenhuma tecnologia substitui a sensibilidade humana. “Plataformas e ferramentas otimizam processos, mas o cuidado com gente continuará sendo o que diferencia um bom administrador”, conclui Juliene.