O Espírito Santo alcançou um dos maiores índices de aprovação turística do país. Segundo a Pesquisa de Identificação do Perfil do Turista no Inverno de 2025, realizada pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur-ES), 99,3% dos visitantes afirmaram que recomendariam o estado a outras pessoas, e 92,4% disseram que a viagem atendeu ou superou suas expectativas. O estudo, analisado pelo Connect Fecomércio-ES, mostra que o turismo capixaba vive um momento de consolidação, impulsionado pela diversidade de experiências — das montanhas e praias à gastronomia e hospitalidade. O perfil do visitante é formado majoritariamente por pessoas com mais de 40 anos (53,7%), ensino superior completo (64,8%) e casadas (56,1%). A maioria viajou a lazer (81,4%), com média de permanência de 6,9 dias e gasto diário de R$ 260. Minas Gerais é o principal estado emissor de turistas (31,9%), seguido por Rio de Janeiro (9,8%) e São Paulo (8%). Os aspectos mais bem avaliados foram a gastronomia capixaba (94%), a segurança pública (90,6%), a hospitalidade (89,3%) e a limpeza urbana (85,6%). Para André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio da Fecomércio-ES, os dados reforçam a fidelização dos visitantes. “Quando o turista sai satisfeito e recomenda o estado, ele se torna um embaixador espontâneo da marca Espírito Santo”, destacou. Atividade turística no maior patamar desde 2014 De acordo com o Índice de Atividades Turísticas (Iatur), do IBGE, o Espírito Santo manteve em agosto o maior nível de atividade turística em 10 anos. O setor cresceu 4,6% em 2025, e a movimentação aérea somou mais de 1 milhão de passageiros entre janeiro e agosto, um aumento de 12,5% no período. O empresário Leomar Alberto Stange, do restaurante Ninho do Colibri, em Santa Teresa, confirma a expansão: “Antes o movimento se concentrava nos fins de semana; hoje recebemos visitantes o ano inteiro, inclusive durante a semana”, relatou. A pesquisa completa está disponível no site portaldocomercio-es.com.br. Foto: Envato
João Pedro Rodrigues Louzada – “Narrativas em guerra: a interface política por trás da megaoperação no Rio”
No Brasil, tudo assume caráter político. No que concerne à megaoperação conduzida pelo Estado do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), não poderia ser diferente. As mais de cem mortes, resultantes da ação policial, reacenderam a polarização discursiva que estrutura o debate público nacional: de um lado, a narrativa do heroísmo institucional na defesa da ordem; de outro, a denúncia de uma política de segurança fundada na necropolítica e na seletividade penal. O episódio reitera a dificuldade do país em articular um discurso racional sobre segurança pública, frequentemente capturado por paixões ideológicas e simplificações morais, cuja alavanca se apoia na inflamação dos conglomerados políticos adversários. Todavia, a análise desse fenômeno – triste e preocupante – exige ultrapassar as fronteiras do debate binário. A intervenção policial não emerge no vácuo: ela é consequência direta da expansão e da consolidação de estruturas criminosas complexas, como o Comando Vermelho, que há décadas operam como poderes paralelos em múltiplas regiões do Rio. A facção, detentora de uma lógica empresarial e territorial, sustenta-se sobre um tripé que combina economia ilícita, coerção armada e legitimação social. Seu enraizamento nas comunidades fluminenses não decorre apenas da força das armas, mas da substituição funcional do Estado em dimensões básicas da vida social – desde a oferta precária de segurança e assistência até a mediação de conflitos cotidianos. A omissão estatal crônica, que não se resume exclusivamente aos governos contemporâneos, associada a políticas públicas intermitentes e desarticuladas, permitiu que o crime organizado se institucionalizasse como uma espécie de poder de fato, corroendo a autoridade do Estado de Direito. O Comando Vermelho, longe de ser um conjunto difuso de criminosos, constitui uma organização de governança paralela, dotada de racionalidade administrativa, capacidade logística e controle comunicacional. Sua influência transcende o âmbito local e conecta-se a redes interestaduais e transnacionais do tráfico de drogas e armas, o que confere à crise fluminense um caráter de segurança nacional. Nesse cenário, o Estado é chamado a intervir em um território onde sua presença se faz quase exclusivamente pela força. A megaoperação, portanto, representa o sintoma de uma crise de governabilidade periférica, em que o monopólio da violência legítima é sistematicamente contestado. A resposta armada do poder público, embora tecnicamente legítima, revela o déficit estrutural de inteligência, planejamento e presença social continuada. Em vez de ser expressão de soberania, a operação massiva expõe a fragilidade de um Estado que perdeu a capacidade de mediar conflitos sem recorrer à letalidade. Ao mesmo tempo, não se pode incorrer no erro analítico de atribuir ao aparato policial a totalidade da culpa, tal qual eufemizar o crime sob narrativas que apelam às pautas ideológicas, culturais e/ou raciais. O enfrentamento à criminalidade organizada exige coerência sistêmica e articulação interinstitucional, já que a polícia, isoladamente, é apenas o instrumento final de uma cadeia decisória que envolve políticas sociais, urbanas e econômicas. Sua atuação, quando descolada de estratégias de longo prazo, tende a reproduzir o ciclo de violência que pretende conter. A crítica, portanto, deve alcançar não apenas o excesso da força policial, mas o déficit de Estado que a precede – do Estado do Rio de Janeiro e de todo Brasil. A ausência de políticas públicas eficazes, de educação de qualidade, de infraestrutura urbana e de oportunidades econômicas sustenta o caldo de cultura onde o crime floresce. O domínio do Comando Vermelho é, nesse sentido, tanto causa quanto consequência de uma falência administrativa crônica — um produto da omissão pública e da descontinuidade das políticas de segurança cidadã. O enfrentamento dessa realidade demanda mais do que operações espetaculares. Requer inteligência estratégica, integração federativa, investimento em prevenção e fortalecimento comunitário. É necessário reconstruir a presença estatal sob bases legítimas — não apenas por meio da coerção, mas pela oferta de direitos. Um Estado que apenas atira é um Estado que já perdeu a capacidade de governar. O Rio de Janeiro vive, assim, a materialização de um paradoxo, uma vez que combate o crime com a mesma lógica que o engendrou. Enquanto as políticas de segurança permanecerem subordinadas a cálculos eleitorais e ao fanatismo ideológico, a violência seguirá sendo o idioma político da exclusão. O desafio, portanto, não é apenas conter o avanço do tráfico, mas, em proporção semelhante, redefinir o papel do Estado na produção da ordem social, substituindo o ciclo da repressão pelo da reconstrução institucional. *João Pedro Rodrigues Louzada é estudante do 2° período do curso de Medicina na EMESCAM.
Nova diretriz nacional atualiza diagnóstico e tratamento do autismo com base em evidências científicas
A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) divulgou uma nova diretriz com recomendações atualizadas para o diagnóstico e tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O documento, elaborado pelo Departamento Científico de Transtornos do Neurodesenvolvimento, reúne orientações práticas para profissionais da saúde e reforça a importância do cuidado multidisciplinar e do combate a terapias sem comprovação científica. Segundo a SBNI, o diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, fundamentado na observação comportamental, entrevistas com os responsáveis e nos critérios do DSM-5. O texto também alerta que fatores como vulnerabilidade social e uso excessivo de telas podem simular sintomas do transtorno, exigindo atenção redobrada dos profissionais. A neuropsicopedagoga Pollyana Fiorotti ressalta sinais que devem servir de alerta para pais e educadores. “Dificuldade de interação social, pouco contato visual, dificuldade em compreender ironias ou piadas, apego incomum a objetos e resistência a mudanças de rotina são manifestações frequentes e que merecem investigação”, explica. Entre as abordagens recomendadas, a diretriz destaca a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e modelos naturalísticos de intervenção precoce, além de listar 28 práticas baseadas em evidências científicas, como a terapia cognitivo-comportamental e o treino de habilidades sociais. Por outro lado, o documento faz um alerta contra o uso de terapias sem respaldo científico, como células-tronco, ozonioterapia, quelantes, psicanálise, son-rise, uso de canabidiol e suplementação de ácido fólico sem indicação médica. Técnicas como estimulação craniana não invasiva, Floortime e equoterapia são citadas como promissoras, mas ainda carecem de estudos robustos para recomendação ampla. Para a médica neurocirurgiã pediátrica Larissa de Sousa, a atualização representa um avanço importante. “A nova diretriz padroniza condutas, fortalece o diagnóstico correto e, sobretudo, combate a desinformação sobre terapias sem evidência científica, que colocam em risco a saúde de crianças e adolescentes”, afirmou. O documento completo da SBNI está disponível para profissionais e instituições de saúde em todo o país.
Ferramenta on-line ajuda mulheres a identificar situações de violência e buscar apoio
Uma iniciativa simples, mas transformadora, tem ajudado mulheres a reconhecer sinais de relacionamentos abusivos e romper o silêncio. O teste on-line “Conta Comigo! Você não está sozinha”, desenvolvido pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (Seppom), vem se consolidando como uma importante porta de entrada para o acolhimento e encaminhamento à rede de proteção. Por meio de um questionário virtual sigiloso, a ferramenta orienta as participantes sobre como identificar situações de violência e onde buscar ajuda. O teste pode ser respondido em poucos minutos, e as mulheres que optam por se identificar são contatadas pela equipe da Seppom para atendimento especializado e encaminhamento aos serviços de apoio. Criado durante o programa “Agosto Lilás”, o projeto permanece ativo e acessível a qualquer momento, por meio do link tinyurl.com/jd2dx4fv ou via QR code disponível em cartazes fixados em escolas, unidades de saúde e terminais de transporte público. Para a secretária Lilian Mota, o “Conta Comigo” representa um avanço no acolhimento de mulheres em situação de violência. “Com essa ferramenta, conseguimos ultrapassar barreiras e chegar até mulheres que, muitas vezes, não procuram a rede de proteção por medo ou falta de informação. É um instrumento que tem ajudado a salvar vidas e fortalecer o cuidado”, afirma. Mais do que um teste, o “Conta Comigo” é um convite à reflexão e ao acolhimento. A ferramenta mostra que nenhuma mulher está sozinha e que existe uma rede pronta para ouvir, proteger e apoiar.
Vila Velha promove mutirão para negociação de dívidas e oferta de empregos entre 5 e 7 de novembro
De 5 a 7 de novembro, a Prefeitura de Vila Velha realiza a segunda edição do Natal Azul, mutirão que reúne serviços de negociação de dívidas e um feirão de empregos. O atendimento acontecerá das 9h às 16h, na entrada do Acesso D do Boulevard Shopping, em Itaparica, por ordem de chegada — sem necessidade de inscrição prévia. A iniciativa, organizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, tem como objetivo ajudar os cidadãos a sair do endividamento e iniciar 2026 com o “nome no azul”. Além das renegociações, quem estiver em busca de trabalho poderá participar de entrevistas de emprego e se cadastrar no Sine Vila Velha. Participam do mutirão bancos, instituições financeiras e concessionárias de serviços, como Banestes, Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Crefisa, Sicoob, Sicred, DaCasa, EDP, Cesan, Loga e Claro, além de órgãos como Procon Municipal, Procon Estadual, CDL Vila Velha, NossoCrédito e Vila do Empreendedor. O público também terá acesso a orientações de educação financeira, consultas ao SPC e Serasa, e parcelamentos de débitos de IPTU, MEI e Simples Nacional. Em parceria com o Programa de Eficiência Energética da EDP, será possível trocar até 10 lâmpadas antigas por novas com tecnologia LED, sem custo. Segundo o secretário Everaldo Colodetti, o evento reforça o caráter social e econômico da ação. “Queremos que os cidadãos de Vila Velha consigam firmar acordos, limpar o nome e, quem está desempregado, tenha a oportunidade de uma nova colocação no mercado formal”, afirmou. Para participar, basta levar documentos pessoais (RG, CPF ou CNH), comprovantes das dívidas e currículo atualizado. Serviço Evento: Natal Azul – Mutirão de Negociação de Dívidas e Feirão de Empregos Datas: 5, 6 e 7 de novembro Horário: 9h às 16h Local: Acesso D – Boulevard Shopping Vila Velha (Itaparica) Documentos: RG, CPF ou CNH, comprovantes das dívidas e currículo atualizado
Vitória completa 52 dias sem homicídios e reforça integração na segurança pública
A capital capixaba alcançou, nesta quarta-feira (29), a marca de 52 dias sem registros de homicídios. A Prefeitura de Vitória divulgou o número em seu site e informou que o resultado reflete a atuação integrada da Guarda Civil Municipal (GCMV) com as forças estaduais de segurança e o investimento contínuo em tecnologia e políticas preventivas. De acordo com o secretário municipal de Segurança Urbana, Amarílio Boni, o avanço é fruto de planejamento e cooperação entre instituições. “Vitória tem mostrado que o caminho da segurança passa pela união das forças. Trabalhamos de forma integrada com as polícias Civil e Militar, compartilhando informações e estratégias em tempo real, o que garante ações mais rápidas e preventivas”, destacou. A Guarda de Vitória tem papel central nesse resultado, com presença constante nas ruas, vigilância por câmeras e atuação da Gerência de Inteligência. Para a comandante da corporação, Dayse Barbosa, cada dia sem homicídios representa uma conquista coletiva. “É o reflexo do empenho das nossas equipes, que estão preparadas e comprometidas com a proteção da vida e a segurança dos cidadãos”, afirmou. Além das ações operacionais, a Prefeitura de Vitória mantém investimentos em educação, inclusão e programas sociais voltados à redução da violência e fortalecimento da cultura de paz nos bairros. Governo do Estado também comemora O governador do Estado, Renato Casagrande, comemorou nas suas redes sociais o período de mais de 50 dias sem mortes. Em vídeo, o governador disse mais de 64% dos municípios não têm registro recente de violência letal. “Hoje o Espírito Santo tem Vitória com mais de 50 dias sem homicídios e 64% dos nossos municípios sem nenhum registro recente de violência letal. Isso não é uma conquista isolada. É fruto de muito investimento, de novos concursos, de valorização dos nossos funcionários e do uso de tecnologia de ponta como reconhecimento facial e os sistemas de integração entre as forças de segurança no programa estado presente. Essa transformação só é possível porque é a união entre Estado, municípios e a sociedade trabalhando lado a lado pela paz. Com planejamento, trabalho, compromisso, estamos salvando vidas e tornando o Instituto Santo um estado cada vez mais seguro para se viver.”
Efigênia Brasilino – “Deixe de financiar o Fisco: estratégia de recuperação de PIS/Cofins monofásico”
Em um cenário econômico de margens apertadas e alta carga tributária, a busca por eficiência fiscal não é apenas uma medida de compliance, mas sim uma estratégia de sobrevivência e crescimento. Para segmentos vitais como distribuidoras de bebidas, padarias e farmácias, a complexidade do sistema tributário brasileiro esconde uma oportunidade significativa de recuperação de capital que, muitas vezes, é negligenciada: a correta aplicação do regime de tributação monofásica de PIS e COFINS. A tributação monofásica de PIS e COFINS é um regime simplificado onde a alíquota integral dos tributos é concentrada em uma única etapa da cadeia produtiva, geralmente na indústria ou no importador. Para o elo seguinte, como a distribuidora, a padaria ou a farmácia (que são os revendedores), a alíquota deveria ser zero. O Problema: Empresas, especialmente as optantes pelo Simples Nacional, frequentemente acabam recolhendo o PIS/COFINS sobre a receita total de vendas, incluindo a receita gerada pela venda de produtos que já tiveram o imposto pago na fonte (monofásicos). O Resultado: Um recolhimento indevido e a formação de um crédito tributário que pode ser recuperado, corrigido pela SELIC, referente aos últimos 5 anos. Para um empresário, o mais importante é o resultado na ponta. A recuperação do PIS/COFINS monofásico não é apenas um ajuste contábil, é uma injeção de liquidez que pode ser utilizada que pode virar Capital de Giro, Investimentos ou Redução de Custo dos próprios produtos. A recuperação desses valores é realizada via processo administrativo, mas exige uma análise minuciosa e estratégica que vai além da simples emissão de guias. A complexidade reside na correta identificação dos NCMs e na interpretação das constantes mudanças na legislação. Um erro na classificação pode levar à glosa do crédito ou, pior, a uma autuação fiscal. É aqui que a expertise de um profissional com visão de negócios se torna indispensável. Se você é gestor de uma distribuidora, padaria ou farmácia e nunca realizou essa revisão, é altamente provável que sua empresa tenha um crédito significativo a ser resgatado. O tempo é um fator crítico. A cada mês que passa, um mês de crédito prescreve. A complexidade da legislação tributária exige um olhar especializado, que combine o rigor jurídico com a visão prática de quem entende o fluxo de caixa do seu negócio. Se o seu objetivo é maximizar a eficiência fiscal e transformar custos ocultos em capital de giro, convido você a dar o próximo passo: Agende uma Análise Estratégica Tributária e deixe de financiar o fisco. *Efigenia Brasilino é advogada Tributarista. Especialista em Direito Tributário pelo IBET, Planejamento Tributário pela APET. Sócia e COO no BF Advocacia Empresarial. Associada IBEF-ES e Alumni no IBEF Academy, com passagem como Diretora de Formação em 2022. Representante do IBEF-ES no GTFAZ. Associada II do Líderes do Amanhã. Instagram: @efigeniabrasilino Linkedin: Efigenia Brasili