Alulose: o açúcar natural que desponta como alternativa às canetas de emagrecimento

Em meio à ascensão dos medicamentos injetáveis para controle de peso — como a semaglutida, princípio ativo das chamadas “canetas de emagrecimento” — uma nova alternativa natural começa a ganhar espaço entre aqueles que buscam opções menos invasivas e mais acessíveis: a alulose. Trata-se de um tipo raro de açúcar, presente em pequenas quantidades em alimentos como figos, passas e xarope de bordo.

Ao contrário do açúcar tradicional, a alulose é absorvida pelo organismo, mas quase não é metabolizada. Isso significa que ela é eliminada praticamente intacta pela urina, sem provocar picos de glicose ou insulina.

“A alulose é uma molécula interessante porque, além de adoçar, apresenta um leve efeito sobre o GLP-1, o mesmo hormônio que os medicamentos injetáveis estimulam. É uma alternativa funcional para quem busca controlar o peso de forma mais natural”, explica a endocrinologista Gisele Lorenzoni, pós-graduada em Nutrologia pelo Hospital Albert Einstein.

Apesar do potencial, Gisele faz um alerta: os estudos sobre a alulose ainda estão em estágio inicial e não há comprovação científica robusta de que ela possa reproduzir os mesmos efeitos das medicações injetáveis para emagrecimento.

“É essencial deixar claro que, apesar de seu potencial, a alulose não substitui o tratamento médico. Seus efeitos são mais suaves e ainda em investigação. O risco é que o paciente acredite que basta consumir o produto para obter os mesmos resultados das medicações, o que não é verdade”, reforça.

Mais do que um adoçante

Ao contrário dos adoçantes tradicionais, que apenas substituem o açúcar comum, a alulose tem se destacado como um ingrediente funcional. Estudos preliminares sugerem que ela pode ajudar a regular o apetite e melhorar a resposta do organismo aos carboidratos, sem os efeitos metabólicos negativos do açúcar refinado.

Por não elevar os níveis de glicose no sangue, a substância também surge como uma possível aliada para pessoas com resistência à insulina ou pré-diabetes — desde que seu uso seja consciente e orientado por um profissional da saúde.

Uso gradual e atenção à tolerância

Mesmo sendo considerada segura, a alulose exige cuidados em sua introdução na rotina alimentar. Em doses elevadas ou quando consumida em jejum, pode causar desconfortos gastrointestinais leves, como inchaço e fezes amolecidas.

“A recomendação é começar com pequenas quantidades, algo em torno de uma a duas colheres de chá por dia, preferencialmente durante as refeições. Isso ajuda o organismo a se adaptar e reduz o risco de efeitos indesejados”, orienta Gisele.

A tendência é que a alulose se torne cada vez mais comum nas prateleiras e no prato de quem busca estratégias naturais para cuidar da saúde metabólica e do controle de peso. No entanto, como reforça a especialista, nenhuma substância — por mais promissora que seja — substitui os pilares de uma vida saudável: alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e acompanhamento médico adequado.

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Diretor de conteúdo – Eduardo Caliman

Jornalista formado pela Ufes (1995), com Master em Jornalismo para Editores pelo CEU/Universidade de Navarra – Espanha. Iniciou a carreira em A Tribuna e depois atuou por 21 anos em A Gazeta, como repórter, editor de Política, coordenador de Reportagens Especiais e editor-executivo. Foi também presidente do Diário Oficial, subsecretário de Comunicação do ES e, de 2018 a 2024, coordenador de comunicação institucional no sistema OAB-ES/CAAES.

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