A próxima terça-feira (10) será marcada por uma série de debates na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) sobre temas sensíveis e estratégicos para o estado, envolvendo segurança pública, sistema prisional, proteção à infância e turismo.
A Comissão de Segurança vai discutir os desafios e fragilidades do sistema prisional capixaba, com foco na superlotação e na carência de efetivo. O tema da audiência será “Sistema Prisional: avanços e fragilidades em face do baixo efetivo e superlotação”.
Participa da reunião o subsecretário de Inteligência Penitenciária, Franzailson Ribeiro Barbosa. O colegiado é presidido pelo deputado Delegado Danilo Bahiense (PL).
Em discurso recente no plenário, Bahiense citou dados do Sindicato dos Policiais Penais, apontando que o Espírito Santo conta atualmente com cerca de 24,4 mil detentos, mas apenas 2.395 policiais penais efetivos e 1.540 temporários — número considerado insuficiente para a demanda, que, segundo o parlamentar, exigiria entre 5 mil e 6 mil servidores.
De acordo com o Relatório Estadual de Informações Jurídico-Prisionais, o sistema penitenciário tinha, em dezembro de 2024, 24.056 presos, embora a capacidade instalada seja para 15.398, o que representa um déficit de 8.658 vagas. Os dados foram encaminhados pelo governo à Assembleia como justificativa para uma proposta legislativa enviada em abril.
Comissão da Criança discute desdobramentos do atentado em Aracruz
Também na terça, a Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente promove uma audiência sobre os desdobramentos do ataque às escolas de Aracruz, ocorrido em novembro de 2022.
Entre os convidados estão o subsecretário de Segurança Pública, coronel Márcio Celante Weolffel; o professor Luiz Carlos Simora Gomez; e Lauderico Antônio Zoccolotto, avô paterno da vítima Selena Zuccolotto, uma das quatro pessoas assassinadas durante o atentado.
O ataque foi praticado por um adolescente que invadiu duas escolas da cidade, deixando ainda onze feridos. A comissão é presidida pelo deputado Alcântaro Filho (Republicanos).