O Hospital Santa Rita, referência em tratamento de câncer no Estado, deu mais um passo rumo à excelência nos diagnósticos por imagem. A novidade é o Biograph Horizon Flow, primeiro sistema de PET-CT que oferece para pacientes atendidos via SUS, particulares e de convênios um exame mais rápido, preciso e com menor exposição à radiação. Além disso, a instituição entrega para a população uma nova sede do Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular – que demandou mais de R$ 10 milhões investidos com recursos próprios – posicionando-se entre as mais modernas do país.
O médico nuclear e responsável técnico do Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Hospital Santa Rita, Daniel Bortot, explicou que PET-CT – Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e Tomografia Computadorizada (CT) da Siemens Healthineers – tem um grande diferencial tecnológico.
“É de última geração, com alta sensibilidade e resolução, permitindo uma detecção mais precoce e precisa de lesões, mesmo as menores. Isso se deve à tecnologia digital embarcada, que proporciona imagens mais nítidas e com menor tempo de aquisição, o que também contribui para maior conforto do paciente. Além disso, o nosso sistema conta com softwares avançados de reconstrução de imagem e inteligência artificial, que auxiliam na análise dos dados com mais rapidez e precisão. Ou seja, entregamos um diagnóstico mais acurado e em menor tempo, beneficiando diretamente o planejamento terapêutico dos pacientes”, destacou
O BIOGRAPH HORIZON FLOW – O equipamento permite a personalização do exame, ajustando a velocidade da mesa e os parâmetros do equipamento conforme as características clínicas e físicas de cada paciente. Outro diferencial é o design otimizado, que minimiza a sensação de claustrofobia. A cabeça do paciente, por exemplo, permanece de 12 a 15 minutos dentro do equipamento, o que torna a experiência mais confortável.
Marilucia Dalla, presidente da Afecc-Hospital Santa Rita, ao lado do governador Renato Casagrande, nesta segunda-feira
A inovação também está na redução da dose de radiação, graças ao uso da tecnologia de detecção de cristal LSO (Oxiortosilicato de lutécio) – composto químico inorgânico capaz de detectar a radiação em exames de medicina nuclear. “O LSO possui uma maior densidade e número atômico efetivo, o que contribui para uma melhor sensibilidade e resolução de energia em comparação com o BGO. Isso resulta em uma melhor capacidade de detectar eventos de aniquilação de pósitrons, especialmente em ambientes de baixa atividade e ao sistema de reconstrução de imagens baseado em algoritmo HD-Chest. Isso proporciona mais segurança para o paciente sem comprometer a qualidade das imagens”, explicou Daniel Bortot.
Aliado essencial na oncologia
O novo PET-CT permite ao médico avaliar com maior precisão a eficácia de um tratamento, confirmar a remissão ou progressão de tumores, confirmar ou descartar suspeitas levantadas por exames clínicos ou convencionais, definir a extensão da doença e selecionar os melhores locais para biópsias.
“O PET-CT tem um papel essencial na oncologia, pois permite uma avaliação funcional e metabólica das células do corpo, algo que os demais exames de imagem – como tomografia convencional, ressonância magnética ou ultrassonografia – não conseguem oferecer com a mesma eficácia. Apresenta relevância ao integrar informações funcionais e anatômicas em um único exame. No entanto, seu uso deve ser sempre considerado de forma conjunta a outros métodos de imagem – como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o ultrassom – que apresentam indicações específicas na caracterização morfológica, avaliação locorregional e estudo de estruturas específicas, conforme o contexto clínico e a suspeita diagnóstica. Essa tecnologia representa um avanço significativo no cuidado e na precisão dos diagnósticos, além de contribuir para decisões clínicas mais assertivas”, evidencia Daniel Bortot.
Compromisso com a equidade no atendimento
O PET-CT está disponível tanto para pacientes atendidos via SUS no Hospital Santa Rita, quanto para particulares e convênios. “Como hospital filantrópico e referência em oncologia no Espírito Santo, é nosso compromisso ampliar o acesso à tecnologia de ponta para toda a população. Isso significa que pacientes encaminhados pelo SUS, mediante regulação, também poderão realizar o exame, garantindo equidade no atendimento”, enfatizou o médico.
Em relação à capacidade diária de atendimento, o médico disse que vai depender de fatores como o tipo de exame, a logística de preparo do paciente e o protocolo clínico utilizado. “No entanto, com o equipamento de alta eficiência instalado, estimamos realizar de dez a 12 exames por dia em uma rotina regular, podendo chegar a mais em regime de alta demanda. Essa capacidade permite atender um número significativo de pacientes, mantendo a qualidade e a segurança no atendimento, com agilidade nos laudos e no suporte ao tratamento médico.”
Investimento histórico em estrutura e inovação
Embora a principal aplicação do PET-CT seja na oncologia, ele também tem importantes aplicações nas áreas de cardiologia e neurologia. “Na cardiologia, o exame pode ajudar a avaliar a viabilidade miocárdica em pacientes com doença arterial coronariana, ou seja, identificar quais áreas do coração ainda têm chance de recuperação funcional após uma revascularização, por exemplo. Já na neurologia, o PET-CT é um aliado no diagnóstico diferencial de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e outras demências, além de ser útil na avaliação de epilepsia, ajudando a localizar áreas do cérebro que geram crises. Dessa forma, nosso equipamento será uma ferramenta versátil, com benefícios que vão além da oncologia”, destacou Daniel Bortot, médico nuclear responsável técnico do Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Hospital.
“Celebramos os 55 anos do Hospital Santa Rita com mais um avanço importante: a entrega de uma tecnologia que eleva nossa capacidade de diagnóstico e tratamento, especialmente em casos oncológicos. Com investimento próprio de mais de R$ 10 milhões, na construção da nova área de 652,08 m² para abrigar todo o Serviço de Medicina Nuclear, equipada com o que há de mais moderno em imagem molecular. Nossa trajetória é feita de dedicação à vida, excelência no cuidado e compromisso com cada pessoa que confia em nosso trabalho. A chegada do PET-CT reafirma essa missão, unindo medicina de ponta, acolhimento e humanização”, destacou Marcos Ayres, diretor-geral do Hospital.
“Há mais de meio século, cuidamos de vidas com dedicação, pesquisa e, acima de tudo, com respeito. Esses valores estão presentes no nosso dia a dia, em cada atendimento, em cada gesto. Trabalhamos para que nossos pacientes, seus familiares e toda a equipe do Hospital Santa Rita se sintam acolhidos e confiantes. E é com esse propósito que celebramos mais um avanço importante na história da nossa instituição: a aquisição do PET-CT, um equipamento moderno, de altíssima precisão, que vai transformar ainda mais a forma como diagnosticamos e tratamos diversas doenças, especialmente o câncer”, destacou Marilucia Dalla, presidente da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc), mantenedora do Hospital Santa Rita.
A entrega do equipamento e da nova sede do Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular aconteceu no dia 14 de abril, às 17h, no Hospital Santa Rita, e contou com a presença de autoridades, entre elas, o governador do estado, Renato Casagrande, o secretário de Estado de Saúde, Tyago Hoffmann, o Secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, e o superintendente estadual do Ministério da Saúde no ES, Luiz Carlos Reblin.
Investimento com recursos próprios e apoio federal
O Biograph Horizon Flow – PET-CT foi adquirido em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Fundo Nacional de Saúde (FNS) por meio de emenda parlamentar indicada pelo ex-deputado federal Felipe Rigoni.
O valor do convênio assinado entre a Afecc-Hospital Santa Rita com o Ministério da Saúde (MS) e com o Fundo Nacional de Saúde (FNS) para a aquisição do PET-CT foi de R$ 5.900.000,00, distribuídos da seguinte forma: R$ 5.600.000,00 recursos oriundos do MS/FNS e R$ 300.000,00 recursos de contrapartida financeira da Afecc-HSRC.
Dados oncológicos de 2024
No ano de 2024, o Hospital Santa Rita atendeu mais de 4.600 pacientes oncológicos, incluindo os do SUS, os de convênios e os particulares. Na relação dos tumores mais tratados estão os de mama (986 casos – 20%), próstata (760 casos – 16%), colo de útero (462 – 9,8%), colorretal (391 – 8,3%) e pele (351 – 7,4%).
Sobre o Hospital Santa Rita
O Hospital Santa Rita é uma instituição filantrópica de referência em tratamento oncológico no Espírito Santo, administrado em parceria com a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc). A unidade investe constantemente em inovação, tecnologia e capacitação profissional para garantir o melhor atendimento e os mais altos padrões de qualidade em saúde.