Evento reuniu estudantes de 19 estados, voluntários, doadores e parceiros na Escola Americana de Vitória. Primeira turma de universitários do projeto foi homenageada.
A manhã do último sábado (27) foi de emoção, reencontros e celebração na Escola Americana de Vitória. Com o ginásio lotado por cerca de 600 pessoas, o Instituto Ponte comemorou 11 anos de atuação com a tradicional Festança, reunindo estudantes, familiares, doadores, voluntários e parceiros que fazem parte da trajetória da instituição.
O evento contou com a presença de 273 alunos vindos de 19 estados brasileiros, reforçando o alcance nacional do projeto, que tem como missão promover a ascensão social em uma geração por meio da educação de qualidade. Atualmente, o Instituto acompanha 426 estudantes ativos e 146 universitários em diferentes etapas da vida acadêmica e profissional.

Alunos no palco e conquistas concretas
A cerimônia foi conduzida por quatro alunos que assumiram o papel de mestres de cerimônia: Iury Roberts (MA), Eduarda Schwartz (ES), Maria Julia Neres (MG) e Emily Firmino (SP). Eles deram voz à diversidade do Instituto e conduziram com leveza uma programação marcada por homenagens e conquistas.
Um dos momentos mais simbólicos da manhã foi a entrada da primeira turma de formandos do Instituto Ponte. Dos 12 universitários que estão concluindo a graduação, seis participaram da celebração. Segundo dados apresentados, até 2029, 138 alunos do IP terão concluído o ensino superior. Muitos já atuam no mercado com salários a partir de R$ 6 mil mensais, evidência concreta do impacto da educação transformadora oferecida pela instituição.
Atualmente, 38% dos universitários atendidos recebem uma renda 2,7 vezes maior que a renda per capita de suas famílias, indicador que comprova o retorno social do investimento feito ao longo da jornada educacional.

Representatividade e emoção no palco
As bandeiras dos 19 estados presentes compuseram o cenário da Festança, representando a diversidade de origens e realidades dos alunos. Uma das histórias que mais emocionou o público foi a da jovem Luiza, de Aracruz, com ascendência indígena. Ela não pôde comparecer ao evento, pois estuda com bolsa integral na UWC Building School, na Noruega. Em seu lugar, a família subiu ao palco para representar a conquista.
Palavras de quem construiu a ponte
A fundadora do Instituto Ponte, Bartira Almeida, subiu ao palco visivelmente emocionada. Em discurso, falou com franqueza sobre os desafios da trajetória:
“O resultado é maravilhoso, mas o processo é difícil. Eu desconheço uma instituição que forme um aluno do Acre ao Pernambuco, do Pará ao Rio Grande do Sul.”
Ela também agradeceu a conselheiros, voluntários e parceiros, reforçando o orgulho pelo trabalho coletivo da equipe e pelo impacto já alcançado.

Concurso de vídeos premiou histórias de transformação
Encerrando a programação, o evento também premiou os vencedores do concurso de vídeos “Minha vida antes e depois do IP”, que reuniu relatos de estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Superior. As produções destacaram o antes e o depois de jovens que tiveram suas trajetórias alteradas pela oportunidade de acesso à educação de excelência.
