Nesta semana de Conscientização do Autismo, a história de Lucimara Lima (foto) se destaca como um exemplo de força e resiliência. Rejeição, violência e abusos marcaram sua infância e adolescência. Sem entender por que parecia tão diferente das outras crianças, ela carregou por anos uma dor sem nome. Somente na vida adulta descobriu que era autista e tinha Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), um diagnóstico que explicava os desafios que sempre enfrentou.
Mas Lucimara não se deixou vencer. Sobreviveu, resistiu e venceu. Hoje, é massoterapeuta, instrutora no Grau Técnico e acadêmica de fisioterapia, além de mãe dedicada de duas meninas gêmeas – que também são autistas. Diferente do que viveu, ela escolheu acolher suas filhas desde o primeiro momento, garantindo que nunca passassem pelo que ela passou.
“O autismo e o TDAH não são rótulos da internet. São desafios reais que afetam todas as áreas da vida. Mas eu encontrei meu espaço e quero que outras pessoas neurodivergentes saibam que isso é possível”, diz Lucimara, que construiu sua independência com muito esforço.
Sua história ecoa como um grito de resistência e esperança. Para as mães atípicas, Lucimara deixa um recado forte: “O mundo pode não entender seus filhos, mas vocês precisam entender. O barulho do mundo nunca pode ser mais alto que o amor de uma mãe.”
Se há algo que Lucimara ensina, além de sua profissão, é que o diagnóstico não define ninguém. Com acolhimento, conhecimento e coragem, a vida pode, sim, ser transformada. Ela é a prova viva disso.