Uma pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, revelou que noites mal dormidas podem aumentar o risco de infarto, mesmo entre jovens saudáveis. O estudo, publicado na revista Biomarker Research, identificou que poucas noites de sono insuficiente já são suficientes para elevar os níveis de proteínas relacionadas à inflamação e ao risco cardiovascular.
Os pesquisadores realizaram o estudo com 16 participantes, que passaram por duas fases: uma com noites de sono normais e outra com apenas quatro horas de descanso por noite. Após exercícios intensos e coleta de sangue, foi constatado um aumento significativo de marcadores ligados a doenças cardiovasculares, como infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e fibrilação atrial.
A privação de sono e a saúde cardíaca
A médica especialista em Medicina do Sono e pneumologista Jessica Polese explica que a má qualidade do sono está diretamente ligada a problemas cardíacos:
“Quando somos privados de um bom descanso, é comum experimentar distúrbios metabólicos, aumento da pressão arterial e inflamação sistêmica, fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças do coração. Uma noite mal dormida pode causar obesidade, aumento do colesterol e estresse, refletindo negativamente na saúde cardiovascular”, acrescenta.
“Quando somos privados de um bom descanso, é comum experimentar distúrbios metabólicos, aumento da pressão arterial e inflamação sistêmica, fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças do coração. Uma noite mal dormida pode causar obesidade, aumento do colesterol e estresse, refletindo negativamente na saúde cardiovascular”, acrescenta.
Atividade física não substitui o sono
O estudo também indicou que a prática de exercícios físicos, embora traga benefícios, não substitui as funções essenciais do sono. Para Jessica Polese, manter uma rotina regular de atividades físicas ajuda na qualidade do sono, mas não compensa as consequências da privação de descanso.
A pesquisa sugere que novos estudos sejam realizados para avaliar os efeitos da falta de sono em outros perfis, como idosos e pessoas com doenças cardíacas, a fim de ampliar o entendimento sobre a relação entre sono e saúde cardiovascular.