O mundo amanheceu mais silencioso nesta segunda-feira. Faleceu o Papa Francisco, um dos líderes mais carismáticos e transformadores da história recente da Igreja Católica. Um homem que, com gestos simples e palavras fortes, conquistou corações muito além das fronteiras do Vaticano. Sua partida deixa um vazio imenso — mas também um legado poderoso.
Francisco foi o Papa da humildade, do diálogo e da ação. Preferiu os injustiçados aos palácios, os excluídos aos poderosos, a esperança à retórica vazia. Rejeitou pompas, denunciou injustiças e mostrou que a fé precisa ter cheiro de povo, de rua, de humanidade. Foi a voz dos pobres, dos marginalizados, o consolo dos que sofrem e a consciência que não temia desafiar os confortos do mundo. E é com esse sentimento de perda, mas também de gratidão, que milhares de capixabas entram agora em um tempo especial: a semana da Festa da Penha.
Um dos maiores símbolos de fé do Espírito Santo, a Festa nos convida a refletir, à espiritualidade e à renovação da esperança. Neste ano, a celebração carrega um peso ainda mais profundo. O mesmo Francisco que tantas vezes pediu que todos olhassem com mais amor ao próximo, que fizessem da fé um instrumento de justiça, parte no momento em que milhares de capixabas voltam os olhos para Nossa Senhora da Penha. É como se a mensagem dele ecoasse com ainda mais força: amai-vos uns aos outros; cuidai dos mais fracos.
Que a memória de Francisco inspire a todos a serem mais solidários, mais empáticos, mais humanos. E que a Festa da Penha deste ano seja também um tributo à vida e à obra de um Papa que escolheu caminhar com o povo. Francisco se foi, mas sua luz continua a iluminar os caminhos de quem acredita num mundo mais justo, mais fraterno e mais cheio de amor.