Alta de 13,5% no acumulado até agosto é mais que o dobro da registrada por Santa Catarina, segundo o IBGE. Segmento inclui alimentação fora de casa, turismo interno, academias, salões de beleza e entretenimento
O lazer, os cuidados pessoais e a alimentação fora de casa estão movimentando a economia capixaba. O Espírito Santo conquistou a liderança nacional no crescimento dos serviços voltados às famílias — que incluem restaurantes, hotéis, academias e atividades culturais — com alta de 13,5% no acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025. O resultado é mais que o dobro do registrado por Santa Catarina (6,2%) e Paraná (5,1%), que aparecem logo atrás no ranking.
O desempenho reflete o vigor do consumo presencial no Estado, impulsionado pela expansão do turismo interno, da gastronomia e de serviços ligados ao bem-estar e ao entretenimento. As análises são do Connect Fecomércio-ES, com base nos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“As atividades voltadas ao lazer, à alimentação fora de casa e aos cuidados pessoais estão sustentando o dinamismo da economia capixaba. O Espírito Santo vive um momento de consolidação do turismo interno e da valorização do consumo local, fatores que vêm fortalecendo o mercado de serviços”, explicou André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES.
Segundo Spalenza, o protagonismo capixaba nesse segmento é resultado de uma combinação de fatores sazonais e estruturais. “A retomada das atividades presenciais e o retorno de eventos, viagens e festividades impulsionaram o setor. Ao mesmo tempo, há uma mudança de comportamento: as famílias estão priorizando experiências, e isso se reflete diretamente na demanda por serviços de qualidade”, destacou.
Os serviços voltados às famílias incluem alojamento e alimentação (como hotéis, pousadas, bares e restaurantes) e também outros voltados ao consumo final, como salões de beleza, academias, clínicas de estética, lavanderias, teatros, cinemas e parques. Trata-se de um segmento que responde rapidamente às variações de renda e mobilidade da população, sendo fortemente influenciado por férias, feriados e eventos culturais.
De forma geral, o setor de serviços capixaba apresentou leve retração de 1,2% em agosto, em relação a julho, após cinco meses consecutivos de crescimento. O índice de volume de serviços ficou em 113,85 pontos, acima da média nacional (109,49).
Apesar da queda pontual, o resultado não altera o cenário positivo de estabilização em patamar elevado, consolidado ao longo de 2025. “O recuo é um ajuste natural após meses de crescimento. O setor segue em um nível alto de atividade e mantém bases sólidas de consumo e investimento”, avaliou Spalenza.
No acumulado do ano, o desempenho geral do setor de serviços no Espírito Santo está estável (0%). O comportamento reflete uma base comparativa elevada e a concentração do crescimento em nichos específicos, como o de serviços voltados às famílias e o de transportes e correios, que registrou alta de 3,1% e são mais sensíveis às variações da demanda.
Mesmo diante dessa moderação, o Espírito Santo se mantém entre os estados com o setor de serviços mais dinâmico e competitivo do país. “O consumo presencial e o turismo continuam sendo os grandes motores da economia capixaba. Essa combinação cria oportunidades para atividades de maior valor agregado e impulsiona a geração de renda e empregos”, concluiu o coordenador.
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no portal portaldocomercio-es.com.br.
Sobre o Sistema Fecomércio-ES
A Fecomércio-ES integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e representa 405.455 empresas, responsáveis por 58% do ICMS arrecadado no Estado e pelo emprego de 652 mil pessoas. Com mais de 30 unidades, presença em todos os municípios capixabas e ações itinerantes e on-line, o sistema atua em parceria com 24 sindicatos empresariais, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo.
O projeto Connect é uma iniciativa da Fecomércio-ES em parceria com a Faesa, com apoio do Senac-ES, Secti-ES, Fapes e da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI).
 
											 
											



