Falar faz bem: estudo mostra que mulheres que se expressam mais vivem mais

Pesquisa científica aponta que reprimir emoções pode aumentar risco cardiovascular. Especialista alerta: o silêncio imposto às mulheres tem preço alto para a saúde

Durante séculos, o discurso feminino foi silenciado por padrões sociais que rotularam como “drama”, “exagero” ou “sensibilidade demais” o simples ato de dizer o que se pensa e sente. Agora, um novo estudo científico joga luz sobre os efeitos desse silêncio forçado — e revela que ele pode ser perigoso para a saúde.

A pesquisa, publicada no periódico científico Journal of Behavioral Medicine, analisou 290 mulheres entre 40 e 60 anos e descobriu que aquelas que costumam reprimir emoções para evitar conflitos nos relacionamentos apresentaram maior espessura da artéria carótida — um importante marcador de risco cardiovascular. O dado se manteve relevante mesmo após o controle de variáveis como depressão, alimentação e prática de exercícios físicos.

O comportamento é conhecido como self-silencing, termo que se refere ao ato de silenciar a si mesma para manter a paz ou agradar o outro. Segundo a psicóloga clínica Mariana Weigert de Azevedo, esse padrão é mais comum do que se imagina. “Muitas mulheres foram ensinadas a não incomodar, a evitar confrontos. Mas esse silêncio, imposto e repetido, cobra seu preço”, afirma.

Mariana explica que expressar emoções é uma forma legítima de autocuidado e proteção: “Quando uma mulher se escuta e fala sobre o que sente, ela não está sendo difícil — está sendo inteira. E está cuidando da própria saúde emocional e física”.

A pesquisa reforça um recado importante: falar não é apenas um direito — pode ser também um fator de longevidade. Em tempos de empoderamento e bem-estar, vale repetir sem medo: quem fala demais, vive mais.

📌 Leia o estudo completo (em inglês): Journal of Behavioral Medicine

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Diretor de conteúdo – Eduardo Caliman

Jornalista formado pela Ufes (1995), com Master em Jornalismo para Editores pelo CEU/Universidade de Navarra – Espanha. Iniciou a carreira em A Tribuna e depois atuou por 21 anos em A Gazeta, como repórter, editor de Política, coordenador de Reportagens Especiais e editor-executivo. Foi também presidente do Diário Oficial, subsecretário de Comunicação do ES e, de 2018 a 2024, coordenador de comunicação institucional no sistema OAB-ES/CAAES.

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