Com a chegada do inverno no próximo dia 21 de junho, também é lembrado o Dia Nacional de Controle da Asma — data criada para conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença, que afeta milhões de brasileiros. O alerta é especialmente relevante porque o frio e o ar mais seco tendem a agravar os sintomas de quem convive com o problema.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de pessoas vivem com asma no Brasil, e a doença é responsável por aproximadamente 350 mil internações por ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os principais sintomas são falta de ar, chiado no peito, tosse persistente e sensação de aperto no tórax.
Segundo a pneumologista capixaba Jéssica Polese, as causas da asma podem ser tanto genéticas quanto ambientais. “A causa da doença pode ser genética, com histórico familiar de alergias respiratórias, ou ambientais, com pessoas que já sejam sensíveis a agentes do dia a dia, como o clima, poeira, substâncias e até medicamentos”, explica.
Ela reforça que o controle da doença é essencial para evitar quadros graves. “Na asma sem tratamento, pode ocorrer crises de extrema gravidade, inclusive levando ao óbito. O que é inadmissível considerando que é uma doença tratável com medicações amplamente estudadas e seguras. Em outros casos, a asma pode levar a infecção bacteriana, necessitando uso de antibióticos”, alerta.
Cuidados no dia a dia
Além do uso adequado de medicamentos prescritos por especialistas, a pneumologista destaca algumas medidas simples que fazem diferença no controle da doença, principalmente durante o inverno. Entre elas, estão: manter a casa limpa e bem ventilada, evitar o acúmulo de poeira, hidratar-se com frequência e proteger-se de mudanças bruscas de temperatura.
“Neste período, é preciso ficar mais atento, pois a mudança brusca de temperatura e a proliferação dos ácaros são as principais causas da asma e de alergias respiratórias”, orienta Jéssica.
O Dia Nacional de Controle da Asma funciona, portanto, como um lembrete importante para pacientes e familiares: com atenção ao ambiente, uso regular das medicações e acompanhamento médico, é possível viver bem e com qualidade, mesmo convivendo com a asma.