Nesta segunda, dia 15, é celebrado o Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista no Brasil. Celebrar esta data é reconhecer profissionais que transformam espaços em possibilidades. Mais do que desenhar e projetar imóveis, interiores e espaços, a arquitetura é uma área que toca diretamente o nosso bem-estar coletivo. E, nos últimos anos, a discussão sobre mobilidade urbana tornou-se uma das pautas centrais desse olhar mais humano para as cidades. Afinal, viver bem também significa conseguir se deslocar com segurança, conforto e fluidez.
A mobilidade urbana é resultado de escolhas: como organizamos o transporte público, como conectamos bairros, como tratamos ciclistas e pedestres e como planejamos o crescimento das cidades. E é aí que o arquiteto e urbanista ganha protagonismo — ele não apenas cria estruturas, mas pensa em soluções integradas, sustentáveis e inclusivas.
Vitória pode ser um exemplo de como um planejamento urbano inteligente faz diferença. A geografia naturalmente limitada desafia a expansão, exigindo criatividade e visão estratégica.
Nos últimos anos, têm ganhado espaço discussões sobre ciclovias mais conectadas, calçadas acessíveis, passarelas mais seguras, transporte público integrado e políticas que reduzam a dependência de automóveis. Ainda assim, há muito a avançar. Melhorias que, quando somadas, impactam diretamente a qualidade de vida de quem mora, trabalha e circula pela cidade.
Não poderia deixar de mencionar o Centro da capital. O bairro tem um potencial adormecido. Alguns projetos de revitalização trouxeram maior valorização da área, mas ainda há uma expectativa por um retorno mais intenso das políticas de preservação do patrimônio e de melhoria da dinâmica urbana. Não se trata apenas de reformar fachadas, mas de criar caminhos mais seguros, fluidos e intuitivos. A arquitetura assume papel central quando se pensa em calçadas mais amplas, trajetos contínuos para pedestres, ciclovias que conectam pontos estratégicos e mobiliário urbano que incentive a permanência — bancos, sombreamento, áreas de convivência e cultura.
O olhar do arquiteto e urbanista ajuda a transformar o Centro em um espaço que acolhe, inspira e convida o cidadão a voltar.
O futuro da mobilidade passa por projetos que respeitem o meio ambiente, priorizem o deslocamento ativo e entendam que as cidades são feitas para pessoas. É o arquiteto e urbanista quem ajuda a enxergar esse futuro: uma Vitória com mais verde, mais sombra, mais espaços públicos bem cuidados e trajetos suaves que convidem o cidadão a ocupar as ruas de forma plena.
