Promover um ambiente de negócios favorável, com participação ativa de empresas e sindicatos em todas as regiões do Espírito Santo, é condição essencial para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de um estado. E a indústria capixaba contribui ativamente para que isso aconteça, gerando empregos, provendo inovação e competitividade e criando oportunidades não apenas por onde se instala, mas em todo o seu entorno.
Hoje, a indústria representa quase um terço do PIB capixaba. São mais de 20 mil empresas que, juntas, geram cerca de 272 mil empregos formais diretos. Esse é também o setor que mais investe em pesquisa, tecnologia e inovação no país, responsável por quase 70% de todo o investimento brasileiro nessa área. Além de ser o setor que paga os melhores salários no país. Os números mostram uma verdade simples: quando a indústria avança, o estado e o país inteiro avançam com ela.
No entanto, para que esse potencial se converta em resultados concretos, precisamos de planejamento, articulação e capacidade de agir com foco em entregas transformadoras. É com esse objetivo que a Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) na defesa dos interesses do setor industrial capixaba e impulsionar sua competitividade para além do país.
Para alcançar esse potencial, alinhamos o conhecimento produzido pelo OBSERVATÓRIO FINDES – colocando dados, inteligência e evidências a serviço das decisões estratégicas e construção de políticas públicas -, com a expertise da nossa equipe técnica que atua nas seis Câmaras Setoriais e dez Conselhos Temáticos da FINDES. Essa rede de especialistas acompanha tendências, identifica gargalos, propõe soluções e constrói, junto às empresas e ao poder público, caminhos reais para fortalecer a economia.
Nesses fóruns, discutimos temas que impactam a melhoria do ambiente de negócios capixaba e que geram mudanças importantes para o futuro do nosso Estado. Entre eles temos: assuntos legislativos, tributários e trabalhistas, desenvolvimento regional, economia criativa, meio ambiente, micro e pequena empresa, infraestrutura e energia, responsabilidade social, política industrial e tecnologia.
A Federação coordena ainda outras estruturas essenciais para o fortalecimento da indústria capixaba como o Centro de Desenvolvimento do Associativismo (CDA), o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), a Área de Internacionalização e Negócios e o Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE). Além de ter em sua estrutura o SESI, o SENAI, o IEL, o CINDES e o OBSERVATÓRIO FINDES. Todas essas frentes têm um objetivo em comum: ampliar a competitividade das empresas e apoiar a expansão da atividade industrial em todas as regiões do Estado.
De fato, o Brasil vive um momento decisivo para redefinir seu modelo de crescimento. E o Espírito Santo tem condições privilegiadas para liderar essa agenda ao longo dos próximos anos. Temos estabilidade institucional, boas práticas de gestão pública e uma indústria diversificada, com forte presença nos setores metalmecânico, confecção, construção civil, alimentos, bebidas, petróleo, gás e energia.
Mas precisamos ir além. É hora de acelerar a inovação, ampliar a qualificação profissional, avançar em infraestrutura e promover a integração das cadeias produtivas. Somente com um ambiente de negócios moderno, eficiente e conectado às demandas da nova economia poderemos consolidar um ciclo sustentável de desenvolvimento.
O compromisso da FINDES é seguir mobilizando esforços, reunindo atores, promovendo diálogo e construindo soluções. E, o futuro do Espírito Santo depende, em grande parte, da força de sua indústria. Posso afirmar que essa força se multiplica quando governo, empresas e sociedade caminham na mesma direção e com objetivos comuns.
Seguiremos trabalhando por um Estado mais competitivo, regionalmente equilibrado e preparado para os desafios e oportunidades que já estão diante de nós. O Espírito Santo tem um enorme potencial. A indústria tem capacidade. E juntos, podemos ir muito além do que sonhamos.
*Paulo Baraona é presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo
