Por que Vitória aparece com o metro quadrado mais caro do país

Vitória voltou a ganhar destaque no cenário nacional. O Índice FipeZap mostra que a capital lidera a valorização entre as capitais em 2025, com alta acima de 15% no ano e o metro quadrado anunciado superando cidades maiores

Embora impressione à primeira vista, esse movimento tem uma explicação simples e compreensível para qualquer pessoa. Vitória é uma ilha pequena, com pouco espaço para crescer. Quando a cidade não consegue ampliar sua oferta na mesma velocidade em que a procura aumenta, o preço sobe, assim como acontece com qualquer bem limitado.

“É importante lembrar que o índice mede preços de anúncios, não os valores finais de venda, que normalmente são menores. Ainda assim, a tendência geral permanece clara. A capital consolidou um estilo de vida que mistura boas escolas, serviços próximos, segurança relativa e deslocamentos curtos. Para muita gente, isso significa economia de tempo e melhora na rotina. Quando um lugar oferece essa combinação, a procura aumenta de forma natural, e a valorização acompanha”, destaca Ricardo Gava, diretor da Gava Crédito Imobiliário e Ademi/Secovi-ES.

A cidade também passou por transformações que reforçam esse cenário. Melhorias na orla, ciclovias, ajustes de mobilidade e revitalizações pontuais tornaram algumas áreas ainda mais atrativas. É como iluminar melhor uma vitrine: o que já era bom fica mais evidente. Quando o espaço urbano evolui, o mercado responde quase em linha reta.

Outro ponto relevante é que diferentes perfis de moradores, como jovens, famílias, profissionais que buscam qualidade de vida e até pessoas que voltaram a morar na cidade, que passaram a disputar os mesmos locais bem estruturados. “Não se trata de um movimento restrito a quem tem renda mais alta; é uma busca coletiva por locais onde o dia a dia funciona melhor. Em áreas onde não há muito espaço para novos empreendimentos, essa competição naturalmente pressiona os preços”, frisou Gava.

O Centro de Vitória também merece atenção. A região tem localização privilegiada e grande potencial de uso, mas depende da continuidade dos projetos de requalificação. Se os investimentos forem consistentes, o Centro pode recuperar protagonismo e atrair novamente moradores e empresas, ampliando as alternativas da cidade e equilibrando parte da demanda futura.

No fim das contas, o comportamento atual dos preços não é surpresa. Vitória oferece qualidade, tem limites físicos claros e segue recebendo demanda constante. Esse conjunto forma uma base sólida de valorização, desde que acompanhado de planejamento urbano e melhorias contínuas. “O mercado permanece aquecido e com perspectivas positivas, não por entusiasmo exagerado, mas por fundamentos concretos que mantêm a capital entre os destaques imobiliários do país” finalizou Ricardo Gava.

sobre nós

Diretor de conteúdo – Eduardo Caliman

Jornalista formado pela Ufes (1995), com Master em Jornalismo para Editores pelo CEU/Universidade de Navarra – Espanha. Iniciou a carreira em A Tribuna e depois atuou por 21 anos em A Gazeta, como repórter, editor de Política, coordenador de Reportagens Especiais e editor-executivo. Foi também presidente do Diário Oficial, subsecretário de Comunicação do ES e, de 2018 a 2024, coordenador de comunicação institucional no sistema OAB-ES/CAAES.

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