Um projeto do Núcleo de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (Nugjur) chamou a atenção no I Encontro Nacional de Mulheres na Justiça Restaurativa, realizado entre os dias 19 e 21 de março, no Conselho da Justiça Federal, em Brasília. O evento reuniu experiências de todo o país para dar visibilidade ao protagonismo feminino na construção de uma justiça mais humana e acessível.
Com a presença de 226 mulheres de diversos estados, o Espírito Santo foi representado por Mariana Rodrigues Pereira, assessora do desembargador Jorge Henrique Valle dos Santos, presidente do Nugjur, e pela coordenadora do núcleo, Jaklane de Souza Almeida, que apresentou o projeto “Diálogo Interior e Paz Emocional – uma experiência autoexpressiva com o Bastão que Fala”.
Justiça Restaurativa e Arteterapia: uma abordagem inovadora
A iniciativa propõe um espaço seguro para que mulheres possam expressar suas emoções e histórias. Durante a vivência, as participantes criam seus próprios bastões e os utilizam para dar voz a sentimentos muitas vezes silenciados.
“É uma experiência que une Justiça Restaurativa e Arteterapia. A confecção do bastão permite que cada mulher se expresse de forma profunda e significativa, promovendo acolhimento e transformação emocional”, explicou Jaklane.
O projeto foi reconhecido como uma referência para todo o país, tanto na realização de círculos de justiça restaurativa em comunidades, com foco na prevenção, quanto no atendimento a vítimas de violência doméstica e familiar já inseridas no sistema de justiça.
Além de fortalecer redes de apoio e fomentar reflexões sobre o papel das mulheres na construção de soluções restaurativas, a participação do TJES no encontro reafirma o compromisso do tribunal com inovação, igualdade de gênero e o avanço da Justiça Restaurativa.
Informações e foto: TJES