De 12 a 17 de maio, acontece a Semana de Combate às Alergias, uma iniciativa fundamental para conscientizar a população sobre as alergias alimentares, que afetam entre 200 a 250 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A nutricionista Cristiana de Sousa Dalton, da Unidade de Saúde da Barra do Jucu, explica que a alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico reage de maneira exagerada a uma proteína presente em certos alimentos.
“Quando uma pessoa alérgica entra em contato com o alimento que provoca a reação, seja por ingestão ou, em alguns casos, por contato físico, seu corpo identifica a substância como uma ameaça, liberando substâncias como a histamina”, explica Cristiana.
Sintomas e alimentos que mais causam alergia
Os sintomas de alergia alimentar variam de leves, como coceira e urticária, a graves, como choque anafilático. Os alimentos mais associados a reações alérgicas incluem:
Leite de vaca
Ovos
Amendoim
Nozes e castanhas
Peixes
Frutos do mar
Soja
Trigo
Cuidados e prevenção
Para evitar crises alérgicas, Cristiana ressalta a importância de medidas preventivas. A principal recomendação é a exclusão total do alimento causador da alergia, o que requer atenção à leitura de rótulos e à comunicação da condição em restaurantes e eventos.
Outro cuidado sugerido é o uso de pulseiras ou cartões de identificação médica, que podem ser fundamentais em situações de emergência.
“É essencial o acompanhamento nutricional para garantir que, ao evitar certos alimentos, a pessoa não desenvolva deficiências nutricionais”, orienta a nutricionista. Ela também recomenda ter à mão medicamentos de emergência, como antialérgicos e epinefrina, conforme orientação médica.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico deve ser feito por um especialista, geralmente um alergologista ou imunologista, por meio de exames clínicos e testes específicos, como:
Teste de puntura cutânea: pequenas quantidades de extratos alimentares são aplicadas na pele para verificar reações.
Dosagem de imunoglobulina específica: detecta anticorpos contra alimentos no sangue.
Dieta de exclusão: retirada do alimento suspeito, seguida de reintrodução controlada.
Teste de provocação oral: realizado em ambiente hospitalar para confirmar a alergia.
O principal tratamento é evitar completamente o alimento que provoca a reação. Em casos graves, o uso de medicamentos sob orientação médica é essencial.
Desmistificando a alergia alimentar
Cristiana também destaca mitos comuns que ainda persistem sobre o tema:
Alergia alimentar e intolerância são a mesma coisa – FALSO. A intolerância não envolve o sistema imunológico.
Uma pequena quantidade não faz mal – FALSO. Mesmo traços do alimento podem causar reações graves.
Se a criança é alérgica, nunca mais poderá consumir o alimento – FALSO. Algumas alergias podem ser superadas com o tempo, como as de leite e ovo.
Alergia alimentar é frescura – FALSO. As reações alérgicas podem levar à anafilaxia, que é potencialmente fatal.
Informações e foto: PMVV