Desde 2021, o setor de Bem-Estar Animal (BEA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha, realizou 928 resgates de fauna silvestre em diferentes regiões do município. As ocorrências envolvem, principalmente, aves, gambás, macacos e serpentes encontrados fora de seu habitat natural.
Os registros mostram a diversidade da fauna que ainda habita áreas urbanas e de transição do município. Entre os animais resgatados estão espécies como seriema, corujinha-do-mato, araçari-de-bico-branco, carcará, urutau e aracuã; mamíferos como o sagui-da-cara-branca, capivara, cachorro-do-mato e preguiça-de-coleira; além de répteis como jiboias, tigres-d’água e outras serpentes.
O trabalho do BEA inclui resgate, atendimento e reabilitação dos animais, que são devolvidos à natureza em áreas adequadas ou encaminhados para instituições parceiras quando necessário. A prefeitura orienta que, ao encontrar um animal silvestre ferido ou deslocado, o morador deve acionar as equipes técnicas pelos telefones (27) 3149-7336, 162 (Ouvidoria Municipal) ou pelo aplicativo Vila Velha On.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a presença crescente desses animais em áreas urbanizadas está diretamente relacionada à expansão da cidade sobre antigas regiões de mata. A secretária Isabela Igreja destaca que a situação exige atenção da população. “Esses animais têm um papel fundamental no equilíbrio ecológico. O ideal é acionar as equipes especializadas, que estão preparadas para fazer o resgate com segurança”, afirmou.
O coordenador da equipe de Resgate à Fauna do BEA, Alexandre Afonso, reforça que a captura por conta própria pode colocar em risco tanto o animal quanto quem tenta ajudar. “Cada espécie exige um tipo de abordagem, seguindo protocolos específicos. O manejo incorreto pode gerar ferimentos e até levar o animal à morte”, explicou.
