A logística portuária capixaba entra em uma nova fase a partir de 2026. Como resultado de mais de R$ 600 milhões em investimentos e 16 novos contratos firmados, a Vports se prepara para iniciar operações ferroviárias, ampliando a eficiência e a competitividade das soluções logísticas oferecidas no Espírito Santo.
A integração com a ferrovia, a expansão da área dedicada a contêineres e o avanço de projetos estruturantes consolidam o Estado como um polo multimodal de destaque no país. No próximo ano, também deverá ser concluído o processo de licenciamento ambiental do Porto de Barra do Riacho, em Aracruz.
Mais de R$ 100 milhões serão aplicados pela Vports e parceiros estratégicos no Cais de Capuaba para viabilizar as operações ferroviárias. O pacote inclui a recuperação da pera ferroviária, o aumento da capacidade estática para granéis sólidos, melhorias estruturais e investimentos em automação.
Entre os novos contratos, destaca-se o acordo de 17 anos firmado com a Multilift, que prevê a construção, no primeiro semestre de 2026, de uma moega ferroviária exclusiva para o descarregamento de ferro-gusa. A operação da carga será realizada em parceria entre Vports, Multilift e VLI.
“A celebração deste contrato de 17 anos nos trará ganhos de eficiência e produtividade na movimentação de cargas pelo Espírito Santo, representando um passo estratégico para elevar a competitividade logística do Estado. E esse é só o começo. Fechar um contrato de longo prazo, aliado à integração do porto com a ferrovia, abre inúmeras possibilidades de desenvolvimento e diversificação”, afirma Rafael Fattorelli, diretor-presidente da Multilift.
Para Fábio Marchiori, CEO da VLI, a parceria reforça o olhar da empresa para o potencial logístico capixaba. “Reconhecemos o potencial do Espírito Santo e acreditamos que esses investimentos serão mais uma oportunidade de ampliar a conexão do litoral com o interior do país por meio do transporte ferroviário, que é mais eficiente, sustentável e seguro. Oferecer mais alternativas logísticas para os clientes é o caminho para tornar a economia brasileira mais competitiva e gerar valor para o Estado”, pontua.
Com os avanços previstos, o ferro-gusa poderá chegar diretamente ao porto, fortalecendo o Espírito Santo como hub multimodal e ampliando opções para o mercado nacional. O diretor-presidente da Vports, Gustavo Serrão, destaca o impacto estratégico dessas mudanças. “A recuperação de toda a estrutura em Capuaba e a preparação para o início das operações em 2026 favorecem a atração de novas cargas e a abertura de outras rotas, como uma possível e inédita ligação entre o Espírito Santo e o Centro-Oeste como um todo, além de destinos mais específicos como Goiás e o Triângulo Mineiro.”
Serrão reforça que 2026 será um ano de destaque para a Vports, impulsionado pela vocação multipropósito, pela multimodalidade e pela localização estratégica da empresa. “A preparação para início das operações ferroviárias, somada à possibilidade de receber navios com porte bruto maior — de até 83 mil toneladas — ampliará as oportunidades para granéis, como grãos e fertilizantes, esse último um dos grandes destaques de movimentação em 2025.”
Os portos administrados pela Vports contam com conexões às principais regiões produtoras do país, seja por ferrovia, seja pelas rodovias BR-101 e BR-262. Cerca de 60% do PIB brasileiro está concentrado em cidades a até 1.000 km dos terminais. Nesse contexto, a ampliação de 70 mil metros quadrados da área destinada a contêineres — equivalente a 60% da área atualmente operada — será um passo importante após a conclusão das obras de preparação, que receberam investimentos de R$ 35 milhões.
Outro marco previsto para 2026 é a conclusão do licenciamento ambiental do Porto de Barra do Riacho, junto ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema-ES). “Somos parte do Parklog-ES, e isso reflete nossa convicção de que crescimento econômico se faz no coletivo. O desenvolvimento dessa área de 522 mil metros quadrados abre inúmeras possibilidades, e o nosso objetivo é construir na região um porto multipropósito”, afirma Serrão.
O projeto em análise prevê novas frentes de negócios nas áreas de grãos — integradas à malha ferroviária —, além de atividades voltadas para a indústria de gás, serviços offshore e descomissionamento de plataformas de petróleo, considerando a localização estratégica do Espírito Santo. “Temos um trabalho contínuo no sentido de captar parceiros e somar interesses e vocações, ampliando oportunidades de desenvolvimento para o ecossistema de empresas capixabas no setor”, ressalta.
O segmento de veículos, máquinas e equipamentos também desponta com grande potencial de expansão, impulsionado pelo novo contrato firmado com a Comexport — o 16º após a concessão do porto à iniciativa privada. A renovação mantém no Estado um parceiro estratégico para a competitividade da cadeia logística capixaba.
A Comexport, maior empresa do Espírito Santo e gigante do comércio exterior, permitirá que o Estado receba mais de 200 mil veículos por ano, consolidando-se como a principal porta de entrada de automóveis importados no Brasil. A expectativa é de crescimento também nas importações de máquinas, equipamentos e cargas especiais, que exigem operações específicas de movimentação.
“Tudo isso é reflexo do trabalho desenvolvido há três anos para dar dinamismo, flexibilidade e produtividade ao porto. No total, entre investimentos já realizados e em andamento, somamos mais de R$ 1 bilhão em obras de modernização e infraestrutura. E seguimos firmes e motivados a dar continuidade a esse projeto, que constrói eficiência e produtividade a partir do desenvolvimento sustentável e compartilhado”, finaliza Serrão.
Rota inédita e ferrovia voltando a operar no Estado
No primeiro semestre de 2026, será construída uma moega ferroviária exclusiva para descarregamento de ferro-gusa, fruto de um contrato de 17 anos com a Multilift. A operação envolverá Vports, Multilift e VLI, criando um corredor ferroviário que permitirá que o produto chegue diretamente ao porto.
“Esse contrato nos trará ganhos de eficiência e produtividade na movimentação de cargas pelo Espírito Santo. Fechar uma parceria de longo prazo, aliada à integração do porto com a ferrovia, abre inúmeras possibilidades de desenvolvimento e diversificação”, afirma Rafael Fattorelli, diretor-presidente da Multilift.
Para a VLI, a movimentação confirma o potencial logístico do Estado. “Oferecer mais alternativas logísticas é o caminho para tornar a economia brasileira mais competitiva. Vemos no Espírito Santo uma oportunidade de ampliar a conexão entre o litoral e o interior do país por meio do transporte ferroviário, que é mais eficiente, sustentável e seguro”, diz o CEO da empresa, Fábio Marchiori.
Porto ampliado, navios maiores e mais cargas chegando ao ES
Com as mudanças previstas, o Espírito Santo se prepara para receber navios de até 83 mil toneladas, ampliando significativamente a capacidade de operação de grãos e fertilizantes — um dos destaques de movimentação em 2025.
Os terminais administrados pela Vports possuem hoje acesso às principais regiões produtoras do Brasil via rodovias e ferrovia. Cerca de 60% do PIB nacional está localizado a menos de 1.000 km dos portos capixabas, dando ao Estado uma vantagem competitiva natural.
Outro avanço é a ampliação de 70 mil m² na área dedicada a contêineres, equivalente a 60% a mais de capacidade, após investimento de R$ 35 milhões.
Barra do Riacho e o novo polo multipropósito
Em 2026, está prevista a conclusão do licenciamento ambiental do Porto de Barra do Riacho, em Aracruz, que pretende se tornar um grande porto multipropósito. O projeto inclui:
operações para grãos, integradas à ferrovia;
atividades de gás e serviços offshore;
descomissionamento de plataformas de petróleo;
atração de novas indústrias e operações de alto valor agregado.
“Somos parte do Parklog-ES e acreditamos no crescimento coletivo. O desenvolvimento dessa área de 522 mil metros quadrados abre inúmeras possibilidades para transformar a região em um porto multipropósito”, afirma o diretor-presidente da Vports, Gustavo Serrão.
200 mil veículos por ano no Espírito Santo
Entre os novos contratos, um dos mais expressivos é a renovação com a Comexport — gigante nacional do comércio exterior e maior empresa do Espírito Santo. O acordo permitirá que os portos capixabas recebam mais de 200 mil veículos importados por ano, reforçando o protagonismo do Estado como porta de entrada de automóveis no Brasil.
A tendência é que o movimento também impulsione a importação de máquinas, equipamentos e cargas especiais.
Novo ciclo para os portos capixabas
“Tudo isso é reflexo do trabalho desenvolvido nos últimos três anos para dar dinamismo, flexibilidade e produtividade ao porto. Já superamos R$ 1 bilhão em investimentos entre obras executadas e em andamento. Seguimos motivados a consolidar um projeto que constrói eficiência e competitividade a partir de desenvolvimento sustentável e compartilhado”, afirma Serrão.
Com ferrovia integrada, novos contratos, expansão de áreas e possibilidade de rotas inéditas, o Espírito Santo se aproxima de um novo ciclo logístico — um ciclo em que deixa de competir apenas localmente e passa a ser um hub nacional, dialogando com o Centro-Oeste, o Sudeste e mercados internacionais com novas capacidades.
