Com a taxa Selic em patamar elevado, o comportamento dos investidores brasileiros tem passado por uma mudança significativa. De acordo com novo levantamento da ANBIMA, a renda fixa se consolidou como a principal escolha no primeiro semestre de 2025, representando 58,9% do total investido no país — o equivalente a R$ 4,68 trilhões. O crescimento foi de 8,2% em relação a dezembro de 2024.
O cenário atual de juros altos tem impulsionado a busca por produtos mais seguros e rentáveis. No Espírito Santo, onde tradicionalmente o investimento em imóveis é visto como uma opção segura, a renda fixa tem ganhado cada vez mais espaço nas carteiras dos capixabas.
Segundo Cecília Perini, sócia e Líder Regional da XP no Espírito Santo, aplicações como CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Direto têm oferecido rentabilidades reais acima da inflação, com liquidez e baixo risco — uma combinação que atrai tanto investidores iniciantes quanto os mais conservadores.
“O mercado imobiliário vem perdendo protagonismo. Com a Selic elevada, o custo do crédito aumenta e o retorno com aluguéis já não compensa como antes. A renda fixa, por outro lado, está entregando rentabilidades reais acima de 1% ao mês em alguns casos”, destaca Cecília.
Além do encarecimento do crédito, fatores como vacância, burocracia e custos de manutenção também têm reduzido o apelo dos investimentos em imóveis — especialmente entre os paulistas, segundo o estudo. Já os produtos de renda fixa, por terem sua remuneração atrelada à Selic ou a índices próximos, tornam-se mais atrativos em ciclos de juros altos.
Para Cecília, mesmo com a expectativa de encerramento do ciclo de alta da Selic, a orientação é manter equilíbrio na composição das carteiras.
“Ainda enfrentamos muitas incertezas macroeconômicas, geopolíticas, além dos desafios políticos e fiscais no Brasil. Por isso, o ideal é manter maior exposição em renda fixa, com um mix entre ativos pós-fixados, atrelados à inflação e prefixados, sempre com cautela e seletividade”, orienta.
A tendência, segundo ela, é que a diversificação se intensifique nos próximos anos, impulsionada pela tecnologia, assessoria personalizada e maior acesso a produtos antes restritos a investidores de alta renda. Nesse novo cenário, o papel do assessor de investimentos se torna ainda mais relevante.
“O assessor ajuda a personalizar estratégias de acordo com o perfil do cliente e o auxilia a alcançar objetivos como aposentadoria ou independência financeira”, completa.
Sobre a XP
Fundada em 2001, a XP nasceu com o propósito de transformar o mercado financeiro por meio da educação e democratização dos investimentos. Hoje, é uma das principais instituições do setor, oferecendo um ecossistema completo de soluções — de investimentos a crédito, seguros e banking — no Brasil e no exterior.
Com foco na excelência no atendimento, a XP já foi reconhecida sete vezes como a Melhor Assessoria de Investimentos de São Paulo pela premiação O Melhor de São Paulo, da Folha de S. Paulo.