Na linha proposta desde o início dessa fase de textos, volto-me à dissecação de duas palavras que têm a mesma origem etimológica, mas enorme diferença semântica entre si, mesmo a segunda “derivada” da primeira. O termo “autoridade” originou-se do latino auctoritas, que, naqueles tempos, referia-se ao prestígio, à influência e à capacidade que desfrutava uma pessoa no seu meio social, conferindo a ela o direito de ser obedecida e respeitada. Modernamente, expressa o poder, legítimo e socialmente aceito, de dar ordens e exigir sua obediência. Relevantíssimo repetir “legítimo e socialmente aceito”, porque, em sociedades modernas, nas quais há respeito pelo Estado Democrático de Direito, o uso dos instrumentos de poder é regulado e limitado pelas leis vigentes, que devem ser respeitadas tanto por quem está investido da autoridade para fazê-lo quanto pelos seus destinatários. Assim, partindo das premissas de que o funcionamento e o equilíbrio das instituições públicas e privadas que integram essa sociedade decorrem da supremacia do interesse coletivo sobre o individual, e de que o agente público não pode fazer absolutamente nada que não esteja previsto em lei (devendo agir em estreita sintonia com aquilo que ela prescreve), chega-se à conclusão de que, quando age cumprindo suas prescrições ou ordens com fundamento nelas, não há que se questionar sua autoridade, cabendo aos destinatários, acaso julguem-nas (as leis, os atos em si ou seus efeitos) injustas ou malfeitas, das mesmas recorrer ou modificá-las usando os mecanismos próprios, sejam os recursais ou editando novos comandos que as substituam. No entanto, quando o agente público, qualquer que seja seu posto, cargo ou função dentro daquela sociedade, atropela ou despreza as regras e os limites estabelecidos pelas leis em vigor, impondo sua vontade própria ou do grupo que representa, está-se diante do autoritarismo. Em suma, se imposição de autoridade não significa autoritarismo, esse se dá quando o agir decorre de atropelo ou da exacerbação de alguém investido de poder e autoridade, daquilo que se estabeleceu justamente para conferir legitimidade e garantir equilíbrio ao cotidiano das instituições e à vida em sociedade. Dois singelos exemplos: um pai (ou uma mãe), que exerce a liderança de sua unidade familiar, tem como função primordial reger sua “pequena orquestra”, mesclando valores morais e sociais razoavelmente aceitos na comunidade que integra com as normas de convivência que alcançam sua família (regras escolares, do condomínio, leis civis municipais, estaduais e federais etc.), não lhe sendo dado o direito de querer impor seus conceitos pessoais e agires a outros além de seus familiares e, ainda assim, observados determinados princípios humanísticos; Um juiz, que julga um caso de grande repercussão envolvendo um crime grave, deve garantir ao odiado réu os mesmos instrumentos de defesa que existem para outro socialmente adorado e, apurada a inocência de ambos, absolvê-los ou, porventura demonstrada sua culpa, condená-los aplicando aos mesmos, com as peculiaridades de cada caso, as sanções estabelecidas, não lhe sendo permitido agravá-las para um ou abrandá-las para outro de acordo com as suas convicções ou conveniências. Mesmo em sociedades modernas e já avançadas em termos de cidadania, não é incomum encontrarmos quem proteste contra rigores ou abrandamentos vistos em julgamentos ou ações que tenham atingido pessoas antecipadamente absolvidas ou condenadas por seus apoiadores ou adversários, porque, inobstante o avanço cultural, econômico ou civilizatório que desfrutam, todos os seres humanos têm seus próprios “tribunais de consciência”, e torcer apaixonadamente pelas suas crenças e mitos é direito de cada um. Além disso, o conceito de injustiça é largo, individual e subjetivo, dificilmente se podendo esperar de uma vítima de um crime hediondo a percepção de que a pena aplicada ao infrator, por mais grave que tenha sido, foi justa e suficiente para reparar o mal por ele cometido. Outro fator que contribui sobremaneira para confundir-se ato de autoridade com autoritarismo é a impunidade, que tem sua raiz bifurcada em dois segmentos igualmente degradantes. O primeiro deles decorre da percepção de que ninguém é punido por nada, fruto da leniência do Estado, da falta de aparato, da corrupção e outros males que nos assolam enquanto cidadãos ordeiros, criando a falsa impressão de que qualquer ação tomada para corrigir essa triste realidade é tão-somente uma opção cosmética escolhida e endereçada a um ou outro alvo para disfarçar a falência do sistema. O segundo é cultural, e muito pior: pessoas alimentadas, às vezes desde a tenra infância, pela ideia de que, nascidas ou soerguidas em vida a uma condição econômica privilegiada, os rigores da lei não se lhes alcançam ou, pelo menos, não com os mesmos impactos, formas e consequências que atingem seus concidadãos menos aquinhoados. Para os que se entendem dignatários desses privilégios, um jovem pobre que furta um veículo para curtir a noite com seus amigos é um marginal que deve ser preso (de preferência algemado e metido no cofre de uma viatura), condenado e depositado numa penitenciária por muitos anos, ao passo que um outro, que comete o mesmo ato mas é filho de família rica, estudou em colégios caros, fala duas línguas e passa suas férias na Disney, esse é apenas um desajustado, que deve ser encaminhado a um psicólogo e ter sua mesada cortada por um mês. Na Idade Média, uma criança era considerada um “pequeno adulto”, que com o passar dos anos cresceria fisicamente e teria capacidade de distinguir entre o certo e o errado. Ainda que os estudos da formação da personalidade humana, seus valores e princípios tenham evoluído bastante daqueles tempos para os atuais, exemplos vivenciados enquanto crianças afetam suas percepções de realidade quando atingem a maioridade física. Como não evoluíram sua compreensão de autoridade e continuam na crença de que o justo e o certo são o que apreenderam com seus pais e conviventes, toda vez que têm sua responsabilidade apontada ou cobrada em razão de algum ato ou manifestação sua que tenha gerado prejuízo a alguém, reagem, primeiro buscando desautorizar quem lhes confronta — alguns chegando ao extremo da eliminação física —, depois convocando a reação de quantos mais comunguem de sua falsa perspectiva, convencendo-os de
João Batista Dallapiccola Sampaio – “Panorama geral do Direito Imobiliário”
Ao longo dos meus 40 anos de advocacia, percebi que poucas áreas do Direito são tão presentes e, ao mesmo tempo, tão subestimadas quanto o Direito Imobiliário. Ele é o alicerce sobre o qual construímos nossas vidas, seja na compra da casa própria, na locação, no investimento, seja para uso próprio ou comercial, e ainda quando da partilha, seja ela patrimônio empresarial ou familiar. Embora seja tecnicamente definido como o ramo do direito privado que regula as relações com bens imóveis, na prática ele é muito mais: é o campo que lida com a segurança dos lares e a viabilidade dos negócios, dialogando constantemente com o Direito Contratual, Sucessões, de Família e, crucialmente, com o Código de Defesa do Consumidor — instrumento utilizado no dia a dia para proteger o cidadão frente às grandes construtoras. O pilar de toda essa estrutura é o direito de propriedade, garantido pela Constituição Federal como um direito fundamental de primeira geração (art. 5º, XXII). Isso significa que ser proprietário, com os poderes de usar, gozar, dispor e reaver o bem de quem quer que injustamente o possua ou detenha (art. 1.228, CC), é uma conquista histórica de proteção do indivíduo. Contudo, a experiência nos mostra que nenhum direito é absoluto. A própria Constituição, de forma sábia, impõe que a propriedade atenda à sua função social (art. 5º, XXIII), um princípio que exige que a riqueza imobiliária sirva não apenas ao dono, mas também ao bem-estar coletivo, conforme detalhado nos artigos 170, 182 e 186 da Carta Magna. A partir dessa base, desdobram-se os institutos que movimentam o dia a dia do mercado. Um dos pontos que mais geram litígios é a confusão entre posse e propriedade. É fundamental entender que a propriedade, em sua plenitude, só se consolida com o registro no Cartório de Registro de Imóveis. A posse, por sua vez, é o exercício de fato sobre o bem (art. 1.196, CC). Um erro crasso — e infelizmente comum — é acreditar que um “contrato de gaveta” garante a propriedade, quando ele apenas gera direitos obrigacionais e uma imensa insegurança jurídica. Essa formalização se materializa nos diversos contratos imobiliários, como a clássica compra e venda (art. 481, CC), a doação (art. 538, CC), a permuta (art. 533, CC) e a locação, esta última regida pela específica Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91). Em todos eles, um instrumento bem redigido é a melhor prevenção contra problemas futuros. A complexidade aumenta quando falamos da vida em condomínio edilício (arts. 1.331 a 1.358, CC), um verdadeiro microcosmo social onde a convenção e o regimento interno funcionam como leis para garantir a harmonia entre os condôminos. Um campo particularmente sensível é o da incorporação imobiliária, onde imóveis são vendidos quando ainda “na planta”, como popularmente chamado. Aqui, o sonho da casa própria é protegido pela Lei nº 4.591/64, que sabiamente exige o registro prévio de todo o projeto antes do início das vendas (art. 32). Por isso, uma das minhas primeiras dicas de ouro é: na compra de imóvel na planta, o Memorial de Incorporação é rei, fazendo-se mister a exigência da certidão de ônus para comprovar o registro. A ausência desse registro é um sinal vermelho de altíssimo risco que não deve ser ignorado. Em outra ponta, temos a usucapião, um instituto que, em minha visão, possui uma dupla e nobre finalidade: sancionar o proprietário negligente e, de forma ainda mais relevante, garantir a segurança jurídica ao estabilizar a relação entre o homem e a coisa. Ao permitir que aquele que cuida e dá destinação a um imóvel por tempo prolongado possa adquirir a propriedade (arts. 1.238 a 1.244, CC), o Direito consolida uma realidade social, fazendo triunfar o trabalho e o cuidado sobre o abandono. Toda essa dinâmica nos leva ao coração da segurança jurídica: a transação e seu registro. E aqui, peço licença para falar não apenas como jurista, mas com a bagagem de quem já viu muitas histórias se desenrolarem. Em meus 40 anos de advocacia “de balcão”, se eu pudesse eleger o erro mais custoso e doloroso que vi meus clientes cometerem, seria negligenciar o registro da propriedade. O ditado “quem não registra não é dono” é a mais pura tradução do nosso art. 1.245 do Código Civil. Por isso, meu segundo conselho é: a matrícula do imóvel é sua verdadeira fonte de informação. Antes de qualquer passo, exija uma certidão de ônus atualizada. É nela que mora a verdade sobre o bem e sua história. Lembre-se de que “contrato de gaveta” é um risco, não uma solução, e que a economia com a documentação é, quase sempre, um “barato que sai caro”, pois os custos para remediar um problema são infinitamente maiores que os custos para preveni-lo. A legislação, sempre em movimento, também nos traz desafios, como a recente (nem tão recente mais) Lei do Distrato (Lei nº 13.786/2018), que tornou as multas por desistência da compra na planta mais rígidas, exigindo do consumidor uma análise contratual ainda mais criteriosa. E não podemos esquecer do onipresente Direito de Vizinhança (arts. 1.277 e seguintes, CC), fonte inesgotável de conflitos que, muitas vezes, poderiam ser resolvidos com bom senso. Minha última dica é: tente sempre o diálogo com o vizinho, mas, se ele não for suficiente, não hesite em buscar orientação para garantir sua paz e seu direito. Seja no financiamento imobiliário, hoje dominado pela alienação fiduciária (Lei nº 9.514/97), ou na mais simples locação, o Direito Imobiliário se mostra um campo vasto e essencial. Ele exige do profissional um conhecimento profundo e multidisciplinar — não para complicar, mas para simplificar e proteger, garantindo que o direito à moradia e a livre iniciativa caminhem sempre sobre terreno firme e seguro. Por fim, para proteger o patrimônio do cidadão em face de dívidas por ele contraídas, frise-se: quando se tratar de seu único imóvel, foi garantida pela Lei nº 8.009/90 a proteção desse patrimônio, considerando-o como bem de família, e, como tal, impenhorável em praticamente todos os casos de cobrança de dívidas —
Estudo revela que risco de novo câncer após tumor de mama inicial é baixo
Mulheres que já tiveram câncer de mama em estágio inicial apresentam um risco apenas ligeiramente superior ao da população geral de desenvolver um segundo tumor primário, seja na outra mama ou em outra parte do corpo. A conclusão é de um estudo publicado pelo British Medical Journal, que analisou dados de 476 mil mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 1993 e 2016, na Inglaterra. O grupo estudado incluiu pacientes com idades entre 20 e 75 anos, todas submetidas à cirurgia como parte do tratamento. O acompanhamento foi feito por até duas décadas. Ao longo do período, 64,7 mil mulheres desenvolveram um segundo câncer. “A possibilidade de desenvolver um segundo tumor existe para qualquer paciente, mas esse estudo veio mostrar que o risco de um segundo tumor, seja na mama ou em outra parte do corpo, é ligeiramente maior do que o da população geral, e isso traz um alívio àquelas que já enfrentaram a doença. Mas vale lembrar que isso também depende de alguns fatores, como o tipo de tumor, o tratamento realizado e o histórico pessoal de cada paciente”, explicou a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, do Hospital Santa Rita. A especialista reforça que a adoção de hábitos saudáveis, a realização de exames periódicos e o acompanhamento contínuo com profissionais especializados são medidas fundamentais para reduzir o risco de recidiva e prevenir outras doenças. “Manter um estilo de vida saudável é fundamental para que mulheres de todas as idades se previnam do câncer de mama, inclusive as que já passaram pelo tratamento da doença”, orienta. Conscientização no Outubro Rosa Em outubro, terá início mais uma edição da campanha Outubro Rosa, voltada para a prevenção e conscientização sobre o câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. Especialistas destacam que o diagnóstico precoce é decisivo para o sucesso do tratamento. “O diagnóstico precoce permite tratamentos menos invasivos e com mais chances de terem melhores resultados. A mamografia é o exame mais eficaz para detectar alterações suspeitas ainda em estágios iniciais, assintomáticos, e até microcalcificações que ainda nem se tornaram malignas. Por isso, é fundamental que mulheres a partir dos 40 anos façam o exame anualmente ou conforme recomendação médica”, afirma Virgínia. A médica lembra ainda que o autoexame das mamas, embora não substitua os exames clínicos e de imagem, pode ajudar as mulheres a conhecerem melhor o próprio corpo e identificar sinais de alerta. “Ao notar nódulos, inchaços, secreções ou mudanças na forma das mamas, é essencial procurar um médico para investigação adequada”, alertou.
Com ginásio lotado, Instituto Ponte celebra 11 anos com emoção e histórias de transformação
Evento reuniu estudantes de 19 estados, voluntários, doadores e parceiros na Escola Americana de Vitória. Primeira turma de universitários do projeto foi homenageada. A manhã do último sábado (27) foi de emoção, reencontros e celebração na Escola Americana de Vitória. Com o ginásio lotado por cerca de 600 pessoas, o Instituto Ponte comemorou 11 anos de atuação com a tradicional Festança, reunindo estudantes, familiares, doadores, voluntários e parceiros que fazem parte da trajetória da instituição. O evento contou com a presença de 273 alunos vindos de 19 estados brasileiros, reforçando o alcance nacional do projeto, que tem como missão promover a ascensão social em uma geração por meio da educação de qualidade. Atualmente, o Instituto acompanha 426 estudantes ativos e 146 universitários em diferentes etapas da vida acadêmica e profissional. Alunos no palco e conquistas concretas A cerimônia foi conduzida por quatro alunos que assumiram o papel de mestres de cerimônia: Iury Roberts (MA), Eduarda Schwartz (ES), Maria Julia Neres (MG) e Emily Firmino (SP). Eles deram voz à diversidade do Instituto e conduziram com leveza uma programação marcada por homenagens e conquistas. Um dos momentos mais simbólicos da manhã foi a entrada da primeira turma de formandos do Instituto Ponte. Dos 12 universitários que estão concluindo a graduação, seis participaram da celebração. Segundo dados apresentados, até 2029, 138 alunos do IP terão concluído o ensino superior. Muitos já atuam no mercado com salários a partir de R$ 6 mil mensais, evidência concreta do impacto da educação transformadora oferecida pela instituição. Atualmente, 38% dos universitários atendidos recebem uma renda 2,7 vezes maior que a renda per capita de suas famílias, indicador que comprova o retorno social do investimento feito ao longo da jornada educacional. Representatividade e emoção no palco As bandeiras dos 19 estados presentes compuseram o cenário da Festança, representando a diversidade de origens e realidades dos alunos. Uma das histórias que mais emocionou o público foi a da jovem Luiza, de Aracruz, com ascendência indígena. Ela não pôde comparecer ao evento, pois estuda com bolsa integral na UWC Building School, na Noruega. Em seu lugar, a família subiu ao palco para representar a conquista. Palavras de quem construiu a ponte A fundadora do Instituto Ponte, Bartira Almeida, subiu ao palco visivelmente emocionada. Em discurso, falou com franqueza sobre os desafios da trajetória: “O resultado é maravilhoso, mas o processo é difícil. Eu desconheço uma instituição que forme um aluno do Acre ao Pernambuco, do Pará ao Rio Grande do Sul.” Ela também agradeceu a conselheiros, voluntários e parceiros, reforçando o orgulho pelo trabalho coletivo da equipe e pelo impacto já alcançado. Concurso de vídeos premiou histórias de transformação Encerrando a programação, o evento também premiou os vencedores do concurso de vídeos “Minha vida antes e depois do IP”, que reuniu relatos de estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Superior. As produções destacaram o antes e o depois de jovens que tiveram suas trajetórias alteradas pela oportunidade de acesso à educação de excelência.
Assembleia publica editais de concurso com 50 vagas e salários de até R$ 9,3 mil
Foram publicados na manhã desta segunda-feira (29) os editais do novo concurso público da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Ao todo, estão sendo ofertadas 50 vagas, distribuídas entre cargos de níveis superior e fundamental, com salários iniciais que variam de R$ 3,1 mil a R$ 9,3 mil e carga horária de 30 horas semanais. O primeiro edital contempla 20 vagas de nível superior, sendo 15 para Consultor Legislativo e 5 para Analista Legislativo. Já o segundo edital oferece 15 vagas de nível fundamental para o cargo de Agente de Polícia Legislativa. Os extratos dos editais estão no Diário do Poder Legislativo, mas as versões completas podem ser acessadas no site do Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), organizador do concurso: www.ibgpconcursos.com.br. Inscrições As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela internet, no site do IBGP, entre 9h do dia 6 de outubro e 16h do dia 30 de outubro de 2025. As taxas variam conforme o cargo: R$ 85 para Agente de Polícia Legislativa R$ 115 para Analista Legislativo R$ 220 para Consultor Legislativo Candidatos em situação de vulnerabilidade financeira, pessoas com deficiência, doadores de sangue e prestadores de serviço eleitoral poderão solicitar isenção total da taxa entre 6 e 8 de outubro (até as 16h). Provas As provas serão realizadas em Vitória, Cachoeiro de Itapemirim e Linhares, em datas diferentes conforme o cargo: 23 de novembro (nível superior): provas objetivas para Analista e Consultor Legislativo pela manhã; provas discursivas para Consultor Legislativo à tarde. 30 de novembro (nível fundamental): provas objetivas para Agente de Polícia Legislativa no turno da tarde. Banca organizadora O concurso será organizado pelo IBGP (Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa), com sede em Belo Horizonte (MG). A banca já organizou concursos para o Ministério Público de Minas Gerais, o Tribunal de Justiça do Paraná, a Secretaria de Educação do Paraná, a Agência Reguladora de Sergipe, o Crea-SE e o Crea-MA, entre outros órgãos públicos. Detalhes dos cargos 🔹 Consultor Legislativo São 15 vagas, com exigência de nível superior na área específica. Em algumas especialidades, é possível apresentar qualquer diploma de curso superior, desde que o candidato comprove três anos de experiência na área. Salário inicial: R$ 9.300 Remuneração após progressões: até R$ 14.900 Carga horária: 30 horas semanais 🔹 Analista Legislativo São 5 vagas com exigência de nível superior. A distribuição é a seguinte: 4 vagas para Contabilidade / Financeiro / Folha de Pagamento (curso superior em Contabilidade) 1 vaga para Secretaria Legislativa / Administrativa (formação nas áreas administrativas, legislativas ou jurídicas) 1 vaga da área de Contabilidade é reservada para candidatos negros Salário inicial: R$ 4.600 Carga horária: 30 horas semanais 🔹 Agente de Polícia Legislativa Com 15 vagas disponíveis, o cargo exige nível fundamental completo ou curso técnico-profissionalizante equivalente, além de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), categoria B ou superior. Salário base inicial: R$ 3.142,65 Remuneração final na carreira: até R$ 6.537,41 Adicional possível: R$ 3.504,34 mensais por Função Gratificada Especial de Segurança Legislativa (FGESL) Jornada: pode incluir turnos diurnos, noturnos, plantões, fins de semana e feriados Das 15 vagas: 9 são de ampla concorrência 3 reservadas para negros 2 para pessoas com deficiência 1 para indígenas Benefícios para os servidores Os aprovados contarão com auxílio-alimentação de R$ 1.949,45, auxílio-creche de R$ 500 por filho (até 6 anos) e auxílio-saúde que varia de R$ 312,12 a R$ 1.864,95, conforme a idade do servidor. Além disso, haverá incentivo educacional, adicional por tempo de serviço, assiduidade e possibilidade de progressão funcional com base em desempenho, cursos realizados, produção técnica e outras metas. Para mais informações e acesso direto aos editais: 📄 Edital de Consultor e Analista Legislativo 📄 Edital de Agente de Polícia Legislativa
Nova iniciativa capixaba transforma casca de sururu em solução agrícola e ambiental
Na próxima quarta-feira (1º de outubro de 2025), o Instituto Goiamum vai inaugurar, em sua sede no município da Serra (ES), as instalações do Projeto Sururu — uma iniciativa que promete transformar resíduos dos manguezais capixabas em renda, adubo agrícola e preservação ambiental, com foco na valorização das comunidades tradicionais. A proposta atua no reaproveitamento das cascas do sururu, marisco típico dos estuários do Espírito Santo. O material, que antes era descartado nas margens do mangue, passará a ser coletado, processado e transformado em corretivo de solo, contribuindo para a regeneração dos ecossistemas costeiros e fortalecendo práticas agrícolas mais sustentáveis. Mais de 50 marisqueiras serão beneficiadas diretamente O projeto terá impacto direto na vida de mais de 50 mulheres da comunidade de Mangue Seco, em Porto Santana (Cariacica). Mesmo sendo a menor comunidade pesqueira do Estado, a região produz cerca de 10 toneladas de cascas de sururu por mês. Com o Sururu, as trabalhadoras passarão a ter uma segunda fonte de renda, além de reconhecimento e valorização da pesca artesanal. “Estamos escrevendo uma nova história para as marisqueiras do Espírito Santo. O Projeto Sururu mostra que é possível unir tradição, ciência e economia para regenerar a natureza e gerar renda para quem mais precisa”, afirma Wita Sassi, diretor do Instituto Goiamum. Sustentabilidade, pesquisa e Economia Azul Inspirado no conceito de Economia Azul, o projeto busca fechar um ciclo produtivo em que a natureza é preservada, a comunidade ganha protagonismo e a economia local se fortalece. A iniciativa conta com o apoio técnico da equipe da Labemar/UFES e será financiada pelo Fundo Estadual do Meio Ambiente (FUNDEMA), garantindo rigor ambiental e impacto social qualificado. Durante o evento de lançamento, o Instituto Goiamum receberá autoridades municipais, representantes do FUNDEMA, lideranças comunitárias e parceiros da iniciativa, reforçando o compromisso coletivo com os manguezais e com soluções inovadoras de desenvolvimento sustentável. Serviço Inauguração do Projeto Sururu 📅 Data: 01 de outubro de 2025 📍 Local: Sede do Instituto Goiamum – Serra (ES) 🔖 Evento fechado para convidados
Semana começa com sol, temperaturas amenas e chance de chuvas isoladas na Grande Vitória
Previsão do tempo indica variação de nuvens e pancadas pontuais, especialmente no fim da semana A semana será marcada por temperaturas amenas, dias com sol entre nuvens e possibilidade de chuvas isoladas em alguns momentos, especialmente no litoral da Grande Vitória. Segundo as previsões do INMET, Climatempo e Incaper, a tendência é de estabilidade nos primeiros dias, com aumento da nebulosidade e possíveis pancadas à noite conforme se aproxima o fim da semana. 📅 Segunda-feira (29/09) Céu: Predomínio de sol, com poucas nuvens. Temperaturas: Mínima de 14 °C e máxima de 26 °C. Chuva: Sem previsão. Ventos: Moderados no litoral, especialmente no fim do dia. 📅 Terça-feira (30/09) Céu: Sol com aumento de nuvens à tarde. Temperaturas: Variando entre 15 °C e 27 °C. Chuva: Sem previsão durante o dia. Pequena chance de pancadas isoladas à noite. Observação: Noite com sensação de leve abafamento em áreas urbanas. 📅 Quarta-feira (01/10) Céu: Sol entre nuvens pela manhã, com nebulosidade aumentando ao longo do dia. Temperaturas: Mínima de 16 °C, máxima de 28 °C. Chuva: Possibilidade de pancadas rápidas à noite. Ventos: Leves a moderados. 📅 Quinta-feira (02/10) Céu: Nublado com períodos de sol. Temperaturas: Entre 17 °C e 27 °C. Chuva: Alta probabilidade de pancadas no fim da tarde e à noite. Aviso: Monitoramento recomendado para áreas com histórico de alagamentos em caso de pancadas fortes. 📅 Sexta-feira (03/10) Céu: Nublado na maior parte do dia. Temperaturas: Mínima de 18 °C e máxima de 25 °C. Chuva: Pancadas isoladas ao longo do dia, com maior intensidade à noite. Tendência: Ar mais úmido e sensação térmica reduzida. 📅 Fim de semana (04 e 05/10) Sábado: Céu encoberto, com possibilidade de chuvas intermitentes. Temperaturas entre 17 °C e 25 °C. Domingo: Sol entre muitas nuvens, com aberturas. Pancadas fracas ao final do dia. Temperatura pode subir um pouco, chegando a 27 °C.
“Falar sobre suicídio é prevenção”, alerta psicóloga em meio ao Setembro Amarelo
Campanha nacional reforça importância do diálogo, da escuta empática e da rede de apoio como caminhos para salvar vidas Consolidado como a maior campanha de conscientização sobre prevenção ao suicídio no Brasil, o Setembro Amarelo é um chamado urgente para romper o silêncio, enfrentar tabus e ampliar o diálogo sobre saúde mental. Os números reforçam a gravidade do tema: o Brasil registra, em média, 14 mil mortes por suicídio por ano — cerca de 38 por dia, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2010 e 2019, o crescimento foi de 43% nos casos registrados, o que evidencia a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de uma cultura contínua de cuidado emocional. Para a psicóloga Marília Zanette, da Bluzz Saúde, falar sobre o assunto é um passo fundamental. “O Setembro Amarelo amplia o espaço para debates que, muitas vezes, ainda são silenciados pela sociedade. Quando falamos sobre suicídio, reduzimos o estigma, promovemos informação de qualidade e incentivamos as pessoas a buscarem ajuda em momentos de sofrimento”, afirma. Reconhecer os sinais e ouvir com atenção De acordo com a especialista, os sinais de alerta podem surgir de diferentes formas e devem ser observados com atenção. “Mudanças persistentes no humor, isolamento social, alterações no sono e no apetite, dificuldade de concentração, perda de interesse em atividades antes prazerosas e falas que demonstram desesperança são alguns dos indícios. Mas é importante lembrar que cada pessoa vive o sofrimento de maneira única. Por isso, a escuta atenta é fundamental”, pontua. Como oferecer apoio: empatia e cuidado Para quem deseja ajudar alguém que esteja passando por um momento de sofrimento, estar presente de forma acolhedora e empática faz toda a diferença. “O mais importante é estar presente com empatia. Evitar julgamentos, críticas ou minimizações faz toda a diferença. Validar os sentimentos da pessoa, mostrar disponibilidade e, quando possível, orientar sobre a importância de procurar ajuda profissional são atitudes que respeitam a autonomia de quem está em sofrimento”, orienta Marília. Mitos perigosos ainda dificultam o acolhimento A psicóloga também chama atenção para a necessidade de desconstruir mitos que podem ser prejudiciais ao processo de acolhimento. “Um dos equívocos mais comuns é acreditar que falar sobre suicídio pode incentivar o ato. Na realidade, o diálogo é uma das formas mais eficazes de prevenção. Outro mito perigoso é achar que quem verbaliza pensamentos suicidas não vai realmente fazer nada ou quer apenas chamar atenção. Essas crenças desvalorizam a dor e podem agravar o quadro”, alerta. A importância da psicoterapia e do cuidado contínuo Marília reforça que a psicoterapia é um recurso essencial tanto para a prevenção quanto para o tratamento em momentos de crise. “O processo terapêutico oferece um espaço seguro para a pessoa se expressar, compreender os fatores que contribuem para o sofrimento e desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis. Em situações de risco, esse acompanhamento, muitas vezes em conjunto com outros profissionais da saúde, é essencial para a prevenção e para o cuidado integral”, explica. Atendimento gratuito e a força da rede de apoio A campanha Setembro Amarelo também busca mobilizar a sociedade para a importância de redes de apoio qualificadas, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188, 24 horas por dia. “O Setembro Amarelo nos lembra que prevenir é um ato coletivo. É preciso acolher, escutar e fortalecer conexões, porque cada gesto de cuidado pode salvar vidas”, conclui a psicóloga.
Vitória abre seleção para engenheiros e médico veterinário com salários de até R$ 7,2 mil
A Prefeitura de Vitória publicou, nesta sexta-feira (26), o edital nº 023/2025, que abre processo seletivo simplificado para contratação temporária de Engenheiro Eletricista, Engenheiro Mecânico e Médico Veterinário. A seleção visa atender demandas da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site selecao.vitoria.es.gov.br, com salários entre R$ 4.229,66 e R$ 7.200,32, acrescidos de gratificações. Para concorrer, os candidatos devem comprovar formação na área, inscrição no conselho de classe e experiência mínima de 12 meses, além de apresentar documentação específica e Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) emitido por médico do trabalho. A convocação seguirá a ordem de classificação, respeitando os critérios de alternância e proporcionalidade entre ampla concorrência e as reservas de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Governo entrega travessia por balsa e anuncia investimentos em Conceição da Barra
Obras incluem rodovia, escolas, unidades de saúde e revitalização da orla da Guaxindiba O governador Renato Casagrande e o vice-governador Ricardo Ferraço inauguraram neste sábado (27) o novo sistema de travessia por balsa no Rio Cricaré, em Conceição da Barra. A estrutura vai facilitar o deslocamento entre comunidades, reduzir custos logísticos e impulsionar o turismo e a economia local. Além disso, uma série de novos investimentos foi anunciada no município, com foco em infraestrutura viária, educação, saúde e mobilidade urbana. Com investimento de R$ 2,2 milhões, o novo sistema de travessia por balsa reduz o tempo de deslocamento para cerca de 10 minutos, agilizando o transporte de pessoas e veículos, o escoamento da produção agrícola e pesqueira, além de facilitar o acesso a serviços públicos. A estrutura conta com dois atracadouros, guarita, banheiros, instalações elétricas e hidráulicas, além de sistemas de segurança. “Esse novo sistema vai integrar ainda mais as cidades, melhorar a mobilidade e potencializar o turismo desta linda região. Estamos fazendo um investimento forte com obras como a da Orla da Guaxindiba e a ligação rodoviária de Santana a São Mateus”, destacou o governador Casagrande. Rodovia ES-422 e melhorias em mobilidade Durante a agenda, Casagrande autorizou a publicação do edital para a obra de implantação da Rodovia ES-422, no trecho que liga Conceição da Barra a São Mateus pelos bairros Santana e Litorâneo. Serão 18,5 km de pavimentação, com faixa multiuso, ciclovias, acostamentos e sinalização completa. O investimento total é de R$ 64,2 milhões, com execução pelo DER-ES. A obra também prevê ponte de 20 metros, passeio em ambos os lados no trecho urbano de Santana, e duas interseções com barreiras de segurança. “É um projeto completo de mobilidade e infraestrutura, com padrão de qualidade e foco na segurança viária”, explicou o diretor-geral do DER-ES, José Eustáquio de Freitas. Educação: novas escolas e quadras para o município Na área da educação, o governo estadual assinou a Ordem de Serviço para a construção da nova EEEM Professor Joaquim Fonseca, com investimento de R$ 16,5 milhões. A escola terá 14 salas climatizadas, laboratórios, biblioteca, auditório, refeitório, bloco administrativo, quadra poliesportiva coberta, estacionamento e acessibilidade. Também foi anunciada a construção da Escola Municipal Barreiras, com repasse estadual de R$ 600 mil. Além disso, serão destinados R$ 4,8 milhões para outras obras na educação municipal, como: Reforma da quadra da EMEFTI João Bastos Bernardo Vieira Construção da quadra da EMEF Gentil Lopes da Cunha Instalação de salas modulares via Proeti “Cada nova estrutura representa mais qualidade e dignidade para estudantes e professores. Estamos entregando oportunidades reais para transformar a educação pública”, afirmou o secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo. Revitalização da Orla e contenção da erosão O governador também autorizou a publicação do edital das obras de revitalização da Orla da Guaxindiba, além de obras de contenção da erosão marítima e da abertura da foz natural do Rio Itaúnas, ações que visam recuperar o litoral e proteger comunidades costeiras. Saúde: novas UBS e reforma da rede básica Foi assinado o repasse de R$ 1 milhão para reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde dentro do 2º ciclo do Plano Decenal APS +10. Conceição da Barra já havia sido contemplada no 1º ciclo com R$ 6,4 milhões para construção de três novas UBSs. Ao todo, o Estado vai investir R$ 68 milhões em reformas de UBS em todo o Espírito Santo. “Estamos investindo em estrutura, mobilidade, educação e saúde, com foco na qualidade de vida da população e no desenvolvimento sustentável da região”, concluiu o governador.