Vitória conquistou o topo do ranking nacional da qualidade das contas públicas, ao alcançar a nota A+, o mais alto nível de excelência na avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (15), durante a 3ª edição do Prêmio de Qualidade da Informação Contábil e Fiscal, em Brasília. Além do desempenho de destaque no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal, o município também obteve nota A na avaliação da Capacidade de Pagamento (Capag) — indicador que mede a saúde fiscal de estados e municípios com base em critérios como endividamento, poupança corrente e liquidez. A classificação máxima reforça o reconhecimento de Vitória como uma das cidades mais organizadas e transparentes do Brasil em sua gestão fiscal. A análise do Tesouro Nacional leva em conta a precisão, integridade e consistência dos dados enviados ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais (Siconfi). O prefeito Lorenzo Pazolini celebrou a conquista. “Esse prêmio comprova que nosso planejamento e organização financeira garantem investimentos contínuos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, beneficiando diretamente os moradores de Vitória”, afirmou. O secretário municipal da Fazenda, Régis Mattos, representou o município na cerimônia e recebeu a premiação das mãos do Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. “Esse resultado é fruto do compromisso da gestão com a boa aplicação dos recursos públicos. É uma vitória que se reflete nas ruas, nas escolas e em toda a cidade”, destacou Mattos. Foto: PMV
Festival SESI Som celebra os 25 anos do Teatro do SESI com show exclusivo da Java Roots
Reencontro histórico da banda será no dia 18 de setembro, em Vitória, com ingressos já à venda O Teatro do SESI, em Jardim da Penha, Vitória, completa 25 anos de história e vai comemorar a data com um evento especial que promete emocionar o público capixaba: o Festival SESI Som. A atração principal da noite será o reencontro inédito da banda Java Roots, marcada para a quinta-feira, 18 de setembro, às 19h30. Com uma mistura envolvente de reggae, rock e ritmos brasileiros, a Java Roots marcou época nos anos 2000 e se tornou referência na cena musical do Espírito Santo. Agora, depois de um longo tempo longe dos palcos, o grupo se reúne exclusivamente para este show, em um momento carregado de memória afetiva, nostalgia e energia. O espetáculo integra a programação comemorativa do Festival SESI Som, que reúne nomes e grupos que fizeram história na cultura capixaba. Além da Java Roots, o festival também contará com a já tradicional temporada de concertos da Camerata Sesi, reforçando o compromisso do SESI Cultura com o acesso democrático à arte e à valorização dos artistas locais. Um palco de histórias e encontros Inaugurado em 12 de julho de 2000, o Teatro do SESI, também conhecido como Espaço Cultural Rui Lima do Nascimento, é um dos principais endereços culturais do Espírito Santo. Localizado no coração de Jardim da Penha, em Vitória, o espaço já recebeu quase 300 apresentações entre 2020 e 2022, com um público acumulado de mais de meio milhão de espectadores — entre presenciais e on-line. Entre os destaques da programação recente estão: Festival de Ópera (2021) O espetáculo “A Luz da Cultura”, com “As Quatro Estações”, de Vivaldi (2021) Enesdança (2021) O musical “Quero Vê-la Sorrir”, em homenagem a Sidney Magal (2022) A 19ª edição do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória (2023) Com capacidade para 297 pessoas, o teatro conta com infraestrutura moderna, acessibilidade e segue em processo de revitalização, com entrega prevista para janeiro de 2026. A proposta é ampliar ainda mais seu papel como palco de encontros, formação de público e difusão artística. Parceria com a Findes e Sesi Cultura O Festival SESI Som é uma realização do Sesi Cultura e conta com o apoio da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo). A iniciativa reafirma o compromisso das instituições com a promoção cultural no estado, fomentando a economia criativa e fortalecendo a identidade cultural capixaba. SERVIÇO Festival SESI Som – 25 anos do Teatro do SESI com Java Roots Onde: Teatro SESI – Rua Tupinambás, 240, Jardim da Penha, Vitória/ES Quando: Quinta-feira, 18 de setembro Horário: 19h30 Ingressos: Clique aqui para comprar Valores: R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia-entrada) R$ 20,00 (meia solidária – mediante doação)
Entrevista: economista-chefe da Findes aponta os desafios e oportunidades do ES
Aos 39 anos, economista Marília Gabriela Elias da Silva comanda uma das áreas mais estratégicas do sistema indústria capixaba. Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com mestrado pela UFRGS e doutorado e pós-doutorado pela FGV-SP, ela está à frente do Observatório da Indústria da Findes, unidade de inteligência que monitora dados econômicos, mapeia cadeias produtivas e orienta a tomada de decisão em políticas públicas e investimentos no Espírito Santo. Marília Silva lidera hoje uma equipe focada em estudar os grandes movimentos que moldam o presente e o futuro do desenvolvimento regional. Nesta entrevista ao News ES, ela faz uma leitura detalhada das potencialidades e dos desafios econômicos do Espírito Santo em meio à Reforma Tributária, à transição energética e à revolução tecnológica. Fala sobre os setores mais promissores, a importância da infraestrutura, o papel da indústria e do turismo na diversificação da economia, a escassez de mão de obra qualificada e o movimento das empresas rumo à sustentabilidade. News ES — O Espírito Santo tem se destacado em diversos indicadores econômicos nos últimos anos. Na sua visão, quais são hoje os maiores desafios e as oportunidades para o estado? MARÍLIA SILVA — O Espírito Santo é um estado que tem uma organização fiscal diferenciada e uma localização privilegiada. Embora seja pequeno, com uma população de 4 milhões de habitantes, está muito bem colocado: perto dos grandes centros consumidores e produtores. É um estado que tem uma infraestrutura que, embora ainda exija bom desenvolvimento em algumas questões mais pontuais, se destaca. A gente está falando de nove portos — sejam eles já prontos ou em execução — então, de fato, temos aqui um arcabouço que transforma o estado em um centro de oportunidade. E, já fazendo o link, é um estado que vem, até pela saúde fiscal, conseguindo utilizar políticas fiscais para se tornar mais competitivo. A gente tem o Compete, o Invest‑ES, a Sudene; temos bancos comerciais e bancos de desenvolvimento. Nesse conjunto, o estado hoje se coloca com um nível de competitividade interessante quando olhamos para o Brasil como um todo. Mas, ao mesmo tempo — entrando nos desafios — se olharmos para a proximidade da Reforma Tributária, o que hoje é oportunidade pode se tornar desafio. Com a reforma, o estado deixaria de ter competitividade via incentivos e precisaria continuar sendo competitivo. Entendo que o desafio vai na linha de esforço coletivo em infraestrutura, especialmente logística, para que o estado continue atraindo empresas e sendo esse ator de desenvolvimento. Em geral, eu colocaria isso como desafios e oportunidades. News ES — O setor industrial é responsável por uma parcela significativa do PIB estadual. Quais áreas da indústria são mais promissoras? Marília Silva — Eu não diria “áreas promissoras”, mas sim a indústria voltando ao centro, ao protagonismo da economia. Quando o governo lança a política industrial, ele pergunta: “Que Brasil a gente quer?” Um Brasil compatível com uma economia mais verde, mais tecnológica, com soberania, com desenvolvimento do setor de água, com mobilidade nas cidades — cidades inteligentes. E o meio para isso é a indústria. Então, a indústria precisa — e acredito que esteja caminhando para isso — voltar a ocupar o espaço de protagonismo no planejamento do desenvolvimento econômico. Trazendo para o Espírito Santo: temos um volume muito alto de investimentos do setor produtivo, ligado a esses pontos de protagonismo. No Observatório, mapeamos todos os investimentos produtivos e estamos falando, até 2029/2030, de aproximadamente R$ 110 bilhões em investimentos. Muito desse recurso, inevitavelmente, estará em petróleo e gás, um setor muito grande — como no Parque das Baleias (Petrobras). Mesmo sendo um setor fóssil, há projetos para reduzir emissões e ampliar eletrificação. Temos isso e temos a Arcelor, com nova fábrica de laminados a frio; a Suzano. São vários movimentos no Espírito Santo, alinhados a grandes setores que ajudam o estado a se desenvolver — e suas cadeias também. Quero destacar dois pontos relevantes: a alimentação, voltada ao café — o estado passou muito tempo produzindo café de forma mais bruta; hoje agregamos valor (por exemplo, café solúvel) — e o setor de móveis e madeira, com o destaque da produção de MDF aqui por meio da Placas do Brasil. Gosto desses exemplos porque, às vezes, ficamos presos aos setores com grande participação no PIB em valor, mas há setores que agregam muito valor, empregam bastante e são cruciais para o desenvolvimento do estado. News ES — Como as recentes medidas de taxação sobre exportações podem afetar o desempenho econômico do Espírito Santo? Marília Silva — Desde o anúncio, houve incerteza muito grande sobre o que aconteceria. Nós pesquisamos nossos empresários, perguntando se cancelaram embarques ou postergaram; mais de 80% disseram que sim. Naquele intervalo entre “vou taxar” e “taxei”, a incerteza aumentou muito. Quando saiu a taxação de 50%, veio junto uma lista de exceções. Parte da incerteza diminuiu. Continuamos com café e pequena parte do granito taxados a 50%. Aço: nada mudou. O estado teve de lidar com isso, mas numa proporção menor do que se imaginava. Mais recentemente, novos produtos foram incluídos na lista de isenções. Hoje, o impacto imaginado e o que começamos a ver são bem diferentes. Nos dados, há até recuo (por exemplo, agosto contra agosto do ano anterior), mas não dá para cravar se é por causa da tarifa ou movimento normal do comércio exterior. A lição que eu gosto de destacar: independentemente da tarifa — com boa parte isenta agora — isso põe na mesa a necessidade de buscar novos mercados, diversificar destinos e diversificar a produção. Para diversificar o mercado externo, precisamos de produtos mais complexos, com maior valor agregado. É também uma oportunidade para o Espírito Santo. News ES — O Espírito Santo ainda depende de commodities. Como avançar em diversificação econômica e inovação? Marília Silva — Falamos disso antes. Chegamos até aqui graças às grandes plantas e à produção de commodities industriais — papel, metalurgia, petróleo. É muito importante. Mas precisamos, e hoje está claro, diversificar. O bom de termos começado
Caparaó se prepara para ganhar novo polo turístico com identidade capixaba
Muniz Freire transforma Fazenda Santa Maria em Complexo Turístico Cultural e Ambiental que promete movimentar a economia e a história do Espírito Santo Um dos lugares mais históricos do Espírito Santo está prestes a se transformar em um dos destinos turísticos mais promissores do estado. A cidade de Muniz Freire, na região do Caparaó, iniciou os primeiros passos para a criação do Complexo Turístico Cultural e Ambiental da Fazenda Santa Maria — projeto que promete valorizar o patrimônio capixaba, fomentar a economia local e atrair visitantes de todas as partes, inclusive da Grande Vitória. O projeto é resultado de uma grande articulação envolvendo a Prefeitura de Muniz Freire, o Sebrae/ES, lideranças do Caparaó e autoridades locais. O objetivo é transformar a centenária Fazenda Santa Maria, hoje patrimônio público, em um novo marco do turismo sustentável e cultural do Espírito Santo. “A criação de um complexo como esse não é apenas sobre turismo. É sobre desenvolvimento, identidade e pertencimento. Queremos que toda a região do Caparaó se veja nesse projeto”, destaca Anderson Baptista, gerente regional do Sebrae/ES. De fazenda histórica a parque turístico de referência Localizada em meio às montanhas de Muniz Freire, a Fazenda Santa Maria é considerada a edificação mais antiga da cidade e guarda traços profundos da história do Espírito Santo. Construída na primeira metade do século XIX, o espaço atravessou períodos marcantes, desde o ciclo do café até a chegada dos imigrantes italianos que deram novo fôlego à produção local. Hoje, esse mesmo espaço está sendo ressignificado. A proposta é transformar a fazenda no Complexo Turístico Cultural e Ambiental da Fazenda Santa Maria, com dois grandes atrativos-âncora: o Parque Natural Municipal, já criado em 2019, e o casarão histórico, que passará por requalificação e revitalização. O parque, além de proteger remanescentes de mata nativa e mananciais essenciais para o abastecimento da cidade, será também espaço de lazer, educação ambiental, turismo ecológico e experiências culturais. Caparaó em destaque no mapa do turismo capixaba O projeto ganha força em um momento estratégico para o turismo capixaba. “Muniz Freire está sendo pioneira nesse movimento que une história, natureza e identidade cultural. E o mais importante: com planejamento e participação da comunidade”, pontua o superintendente do Sebrae/ES, Pedro Rigo. Ele também reforça que o Sebrae só entra em projetos nos quais o município está realmente comprometido. “Muniz Freire demonstrou esse compromisso quando comprou a Fazenda Santa Maria. O prefeito Dito enxergou o futuro e apostou no turismo como ferramenta de transformação”. A expectativa é que o lançamento oficial do projeto aconteça no final deste ano, quando serão apresentados o conceito final, a metodologia de trabalho e o plano de ação desenvolvido por uma consultoria especializada contratada pelo Sebrae/ES. Um convite ao capixaba a redescobrir suas raízes Para quem vive na Grande Vitória e costuma buscar atrativos fora do Espírito Santo, o novo complexo em Muniz Freire será uma oportunidade de reconectar-se com as raízes do estado, explorando a cultura, o meio ambiente e a história local. A região do Caparaó, já conhecida pelas belezas naturais e pelo charme das cidades do interior, ganha com esse projeto um novo símbolo da valorização do interior capixaba — um polo que une memória, natureza e desenvolvimento sustentável. Fotos: Sebrae-ES
Centro especializado em crianças com TEA chega a 500 atendimentos mensais no Hospital Evangélico
Em apenas um ano de funcionamento, o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (CETEA) do Hospital Evangélico de Vila Velha já se consolidou como referência no acolhimento e tratamento de crianças com TEA no Espírito Santo. O serviço atende cerca de 500 crianças por mês, de 35 municípios capixabas, promovendo mais de 8 mil atendimentos mensais quando consideradas também as famílias. A marca foi celebrada nesta segunda-feira (15) durante uma reunião extraordinária da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, promovida pelo presidente da comissão, deputado estadual Dr. Bruno Resende. “O Hospital Evangélico está de parabéns. É um serviço com atendimento humanizado, feito com amor. Vamos trabalhar pela ampliação, para que mais capixabas, de Norte a Sul, tenham acesso a esse nível de cuidado”, afirmou o parlamentar. Equipe multidisciplinar e estrutura de ponta Durante a apresentação dos resultados na Assembleia, a diretora-geral do hospital, Melina Ferrari, destacou a estrutura do CETEA e a atuação de uma equipe formada por 46 profissionais, incluindo psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais. “Nosso objetivo é promover qualidade de vida por meio de um atendimento humanizado, científico e ético, que apoia tanto as crianças quanto seus cuidadores”, afirmou Melina. Segundo ela, o serviço tem transformado realidades e devolvido a esperança a muitas famílias. Robô terapêutico e casa de acolhimento Um dos diferenciais do CETEA é o uso de tecnologia robótica no processo terapêutico, ferramenta que contribui para o desenvolvimento da comunicação e das habilidades sociais das crianças. O centro também conta com 30 consultórios individuais, salas de atendimento em grupo, jardim sensorial e uma casa de acolhimento voltada às famílias que vêm do interior do Estado. Durante a sessão, pais e mães relataram experiências emocionantes. Uma das mães contou que o filho de 12 anos, após iniciar os atendimentos, conseguiu escrever o próprio nome pela primeira vez — um marco de desenvolvimento e superação. Presenças Além do deputado Bruno Resende, participaram do encontro o presidente da Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), pastor Rodrigo Seibel; o superintendente do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin; e o vereador de Vila Velha e ex-deputado estadual Dr. Hércules. “O CETEA mostra como o investimento em saúde especializada e equipes qualificadas gera impacto real na vida das famílias. Este é um exemplo de política pública que precisamos fortalecer e ampliar”, concluiu Dr. Bruno Resende. Foto: Renilson Chagas
Vitória aprova projeto que endurece regras contra ocupação irregular de imóveis
Medida prevê multas, restrições em concursos públicos e bloqueio de acesso a programas habitacionais; proposta segue para sanção do prefeito A Câmara Municipal de Vitória aprovou nesta segunda-feira (15) um projeto de lei que estabelece novas medidas administrativas para coibir ocupações irregulares em imóveis públicos ou privados na capital capixaba. O texto segue agora para sanção do prefeito. De autoria do vereador Armandinho da Federal (PL), a proposta define como ocupação irregular a permanência em imóveis sem autorização do proprietário ou do Poder Público, especialmente quando houver decisão judicial ou administrativa determinando a desocupação. O texto também trata de ocupações com violência, grave ameaça ou em grupo, prevendo punições mais rígidas. Entre as penalidades previstas estão: – Multa de até R$ 50 mil – Proibição de celebrar convênios com o Município – Suspensão do acesso a programas habitacionais – Proibição de participar de concursos públicos ou assumir cargos na administração municipal por cinco anos, no caso de condenação judicial definitiva por invasão Segundo o autor, o objetivo é garantir instrumentos legais mais claros e eficazes para o enfrentamento das invasões. “A proposta respeita os princípios constitucionais e está alinhada à divisão de competências prevista na Constituição Federal”, afirmou Armandinho. Debate esquentou discussão sobre habitação Durante a votação, o projeto também trouxe à tona o debate sobre a política habitacional da cidade. O vereador Professor Jocelino (PT) criticou o valor atual do bônus moradia concedido pela prefeitura, afirmando que a alta especulação imobiliária na capital impede que as famílias encontrem imóveis dentro do orçamento. “Reconheço que o bônus é significativo, mas muitas famílias acabam comprando imóveis fora de Vitória por não conseguirem arcar com os preços aqui. Isso mostra que precisamos discutir com seriedade a política habitacional”, pontuou. Já o presidente da Casa, Anderson Goggi (PP), defendeu a necessidade de equilíbrio, mas com firmeza na proteção do patrimônio coletivo. “Sempre defendi a moradia digna e pública, mas que seja construída de forma democrática. Quem invade bens públicos precisa arcar com as consequências, respeitando a mesma régua para todos”, declarou.
Dupla capixaba brilha na estreia da nova pista da V11 Arena, em São Paulo
Irmãos Emerick levantam seis troféus nas categorias Mirim e Cadete da V11 Cup, em fim de semana de alto desempenho no kart paulista Os irmãos Miguel e Joaquim Emerick representaram o Espírito Santo com destaque na rodada da V11 Cup, realizada neste fim de semana (13 e 14/09), na inauguração da nova pista da V11 Arena, em Arujá (SP). Ao todo, os dois pilotos da Múltipla Racing Team levaram seis troféus para casa, com pódios nas categorias Mirim e Cadete, em meio a um grid altamente competitivo. No sábado, Miguel conquistou o sexto lugar geral na Mirim, enquanto Joaquim foi quinto na classificação geral da Cadete e campeão entre os estreantes. No domingo, Miguel garantiu a pole position, foi terceiro no geral e vice na Mirim Rookie. Já Joaquim (foto acima) teve problemas na primeira bateria, mas protagonizou uma recuperação impressionante na segunda, saindo do último para o segundo lugar na Cadete Rookie. “Foi uma das minhas melhores corridas do ano”, celebrou Miguel. Joaquim também vibrou com a performance: “Apesar dos contratempos, consegui chegar ao pódio e estou muito feliz”. A dupla capixaba volta à V11 Arena no próximo fim de semana, para a oitava etapa da Copa São Paulo Light, embalada pela boa performance na estreia do novo traçado. 📸 Acompanhe mais em: @multiplaracingteam
Evento gratuito transforma Vitória na capital do café e do chocolate a partir de quinta (18)
Evento gratuito será realizado de quinta (18) a sábado no estacionamento do Shopping Vitória e promete reunir amantes do café, baristas premiados e empreendedores de todo o Brasil Um dos maiores produtores de café do Brasil, o Espírito Santo se prepara para receber a terceira — e maior — edição do Festival CoffeES, que acontece entre os dias 18 e 20 de setembro, no estacionamento do Shopping Vitória, com entrada gratuita. O evento é promovido pelo Instituto Panela de Barro, com apoio do Governo do Estado e do Sebrae-ES, e promete oferecer uma verdadeira imersão no universo do café capixaba, da semente à xícara. Além dos grãos especiais, a programação inclui campeonatos de barismo, workshops, aulas-show, experiências sensoriais, atrações musicais e, como grande novidade, o Salão do Chocolate Artesanal Capixaba, mostrando que a gastronomia local vai muito além da bebida. Café com identidade capixaba Mais do que um evento voltado ao consumidor, o Festival CoffeES funciona como uma plataforma de negócios, conectando mais de 40 empreendedores e promovendo a valorização do café de qualidade produzido nas regiões do Caparaó, das Montanhas e da Região de Imigrantes. Eduardo Destefabi e Alessandro Eller “O nosso objetivo é mostrar ao capixaba a excelência do café que temos aqui, com suas notas sensoriais únicas, e estimular o orgulho por esse produto que é nosso”, afirma Eduardo Destefani, diretor do Instituto Panela de Barro. Já o chef Alessandro Eller, presidente do Instituto, destaca a versatilidade do café na gastronomia: “É um ingrediente que vai além da xícara, capaz de transformar receitas e experiências à mesa. E o Espírito Santo tem tudo para ser referência nisso”. Campeonatos e estrelas do café Entre os destaques da programação, está a edição comemorativa dos 10 anos do Campeonato Brasileiro de Aeropress, com a disputa “Campeão dos Campeões por Aeropress Brasil”, reunindo nove vencedores nacionais — incluindo nomes como Caio Lucena (campeão de 2025), Amanda Lobo, João Ribeiro e Marcelo Silva. Profissionais capixabas também terão vez no Campeonato Capixaba por Aeropress Brasil, e os dois torneios acontecem nos dias 19 e 20 de setembro, a partir das 17h. No dia 18, o evento também promove o TNT Latte Art, um desafio em que baristas criam desenhos com leite vegetal na superfície do café, abrindo a série de competições que prometem encantar os visitantes. Workshops, aulas-show e experiências sensoriais Durante os três dias, o público poderá participar de workshops e aulas gratuitas com nomes de peso do setor cafeeiro, como: Eliana Relvas (ABICS) Andrea Menocci (Cafeística Lab) Renan Dantas (Dantas Coffee) Rubens Vuolo (Amado Grão) Raul Guizelini (Terrafé Cafés) Marcelo Silva (Ernesto Cafés) Diego Weigelt, que fará o lançamento do livro Uma Vida com Café Os conteúdos abrangem desde técnicas de preparo, harmonização com queijos, gestão de cafeterias e métodos de torra, até o sensorial do cacau capixaba — com experiências conduzidas pela ACAU e pelos chocolatiers locais. A curadoria das competições e parte da programação está a cargo da jornalista e especialista Mariana Proença, uma das maiores referências do Brasil em conteúdo e eventos voltados ao universo do café. Gastronomia, música e programação para toda a família Além do café e do chocolate, o Festival CoffeES 2025 oferece ainda uma praça de alimentação diversificada, com pratos a partir de R$ 25, e cervejas artesanais da região. A programação musical é outro ponto alto, com shows gratuitos no palco anexo de: Serginho Oliveira (18/09) Novelo (19/09) Nano Vianna (20/09) SERVIÇO Festival CoffeES 2025 📍 Local: Estacionamento do Shopping Vitória – Vitória/ES 📅 Data: 18 a 20 de setembro de 2025 🕘 Horário: Programação a partir das 13h 🎟 Entrada: Gratuita 📱 Mais informações: @coffeesoficial e @institutopaneladebarro
Do interior do Maranhão ao palco em Vitória: jovem inspira com história de superação pelo estudo
Evento em Vitória celebra 11 anos da organização com histórias inspiradoras de superação e ascensão social por meio da educação Aos 17 anos, o maranhense Iury Roberts já aprendeu que grandes mudanças começam com coragem. Natural de Vargem Grande (MA), ele deixou a cidade natal para morar com a tia em São Luís e se dedicar aos estudos. “O Instituto Ponte me deu confiança para acreditar que meus sonhos são possíveis. Aprendi que ninguém conquista nada sozinho. Meu objetivo é cursar Medicina e ajudar outras pessoas”, afirma o jovem, que é um dos 466 alunos atendidos atualmente pela instituição. Iury divide o palco da Festança Instituto Ponte – 11 anos com outros talentos de diferentes partes do Brasil, como a capixaba Eduarda Schwartz, de 15 anos. Moradora de Cariacica, filha de um pedreiro e de uma professora de educação física, ela acorda às 5h da manhã para estudar em uma escola de excelência em Vitória. “O Instituto me mostrou que os sonhos não têm tamanho, eles têm direção. O meu é ser médica, para transformar vidas”, conta. Os dois serão mestres de cerimônia do evento ao lado das colegas Maria Julia Neres (MG) e Emily Firmino (SP), no próximo dia 27 de setembro, na Escola Americana de Vitória. Aberta ao público, a comemoração marca os 11 anos do Instituto Ponte, uma ONG nascida no Espírito Santo que se tornou referência nacional na promoção da educação de qualidade como ferramenta de ascensão social. Educação que transforma Fundado em 2014, o Instituto atua oferecendo bolsas em escolas de excelência, orientação de carreira, desenvolvimento socioemocional, aulas no contraturno, cursos de inglês e acompanhamento pedagógico. Com presença em 19 estados, a ONG já foi reconhecida seis vezes entre as 100 melhores do país. “Hoje, 38% dos nossos universitários, a partir do segundo ano de graduação, já têm remuneração fixa mensal, com média 2,7 vezes maior do que a renda per capita de suas famílias”, afirma a presidente do Instituto, Bartira Almeida. “É a prova de que a educação transforma vidas em uma única geração.” Entre os 146 universitários assistidos pela organização, muitos estudam em instituições como ITA, USP, Unicamp, Insper, FGV, UFMG e UFES — uma conquista que evidencia o alcance do trabalho feito com olhar atento, escuta ativa e apoio contínuo a cada estudante. A Festança Instituto Ponte – 11 anos será também um momento de reencontro entre alunos, educadores, apoiadores e familiares, em uma celebração do poder da educação como ferramenta de transformação social. Serviço Evento: Festança Instituto Ponte – 11 anos Data: Sábado, 27 de setembro de 2025 Horário: Das 9h às 11h Local: Escola Americana de Vitória — Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1910, Bento Ferreira, Vitória Entrada: Gratuita e aberta ao público Inscrições: Disponíveis no Sympla e nas redes sociais do Instituto Ponte
Gustavo Varella – “Lidice e Selma”
Dois nomes femininos. O que poderia existir de comum entre eles além do gênero? Aparentemente, nada. Porém, nomes — palavras que sejam — guardam significâncias, pertinências que nos levam a associá-los a fatos, outras pessoas e momentos significativos às nossas histórias pessoais. Com datas isso igualmente ocorre. O dia 11 de setembro era, até 2001, um dia como qualquer outro. Ocorre que, quando os terroristas da Al-Qaeda jogaram seus aviões contra prédios nos EUA, a data passou a ter uma dimensão mundial, extrafronteiras americanas. Essa mesma data, no Brasil, significava pouco — até que, neste ano, ocorreu um julgamento no STF e, cada um inferindo do resultado o que lhe convier, para muitos passou à história como um dia de redenção cidadã; para outros, sinônimo de injustiça. Lídice, numa singela busca na internet, nos traz vários verbetes. Além de nome de mulher e de uma cidade do Rio de Janeiro, remonta a um pequeno vilarejo na hoje República Tcheca, que, em 10 de junho de 1942, foi massacrado: seus pouco mais de 500 habitantes foram assassinados, suas casas explodidas e seu solo, depois disso, aplainado com tratores pelos nazistas. A justificativa era que um dos ali nascidos teria participado do assassinato de Reinhard Heydrich, governador nomeado por Hitler para impor seu regime de terror naquele pedaço da Europa. Resolveram, então, tatuar o exemplo do que ocorreria com quem ousasse desafiá-los. Uma espécie de “menina dos olhos” do ditador alemão, Heydrich tinha 38 anos por ocasião de sua morte, e era considerado símbolo de eficiência, inteligência e crueldade — exemplo público de dedicação e lealdade canina à causa nazista. Selma, por seu turno, significa “protegida por Deus”, em sua origem germânica, ou “lugar de vista agradável”, do árabe. Além de batizar incontáveis mulheres, também dá nome a uma cidade localizada no Estado americano do Alabama, de onde, em 1965, partiu uma marcha de pessoas lideradas por Martin Luther King, protestando contra a segregação racial naquele país, pela igualdade e pelo direito ao voto — já que negros americanos não podiam votar naqueles tempos. A manifestação provocou reações violentas daqueles que os consideravam, os negros, gente de quinta categoria. Há poucos anos, o nome “Selma” voltou a ocupar espaço nas discussões, usado como codinome de um evento para o qual milhares de brasileiros, em grupos hospedados nas redes sociais, foram convidados: a “Festa da Selma”. Não obstante alguns defenderem-no como mera coincidência, uma reação extremista aos protestos civis ocorridos nos EUA, e outros, menos criativos, como uma homenagem à esposa de um de seus mais estrelados apoiadores, o fato é que, em 8 de janeiro de 2023, uma turba numerosa invadiu as sedes dos Três Poderes da República, munidos de faixas uníssonas — daquelas que não se produzem durante poucos quilômetros de caminhada —, em sincronicidade elogiável até para tropas regulares. Destruíram tudo à sua frente, vilipendiaram recintos públicos, pregaram a prisão de seus contrários, a eliminação de autoridades, agrediram policiais e pediram intervenção militar — tudo, claro, em nome de Deus e da democracia. Um exemplo do que a degradação moral, a ignorância e a violência, quando amalgamadas e extremadas, produzem. Pois há poucos dias, um ser humano foi assassinado nos Estados Unidos. Diante de sua esposa e de sua filha — uma criança — teve sua cabeça alvejada por um tiro de fuzil. Aparentemente, o disparo não foi feito por um declarado oponente, um marido traído, um inimigo de infância ou um assassino contratado por uma gangue rival, mas por alguém que era, até pouco tempo, um seu admirador. Ele estava palestrando em um evento que ocorria numa universidade, com centenas de alunos e outras pessoas presentes, que foram ao local ouvi-lo discorrer sobre suas ideias de sociedade perfeita, de democracia, de liberdade e de direitos individuais. Pelo que se sabe, a vítima não estimulava ou provocava atos de violência per se, como surgir em locais públicos provocando os que pensavam de maneira diversa, para colher suas reações e postar em suas páginas de apostolado. Era o que se poderia chamar de cidadão de bem, bom pai de família e patriota, temente a Deus, trabalhador e honesto. Todavia, enfeixava em seus pronunciamentos mensagens como: “os negros americanos, quando da escravidão, eram mais felizes, porque comiam, moravam e se vestiam de graça; e não praticavam tantos crimes”, ou “algumas mortes inocentes por armas de fogo valem a pena para defender seu porte e outros direitos dados por Deus”. Talvez seu algoz concordasse com ele. À exemplo do que recentemente se viu por aqui, no Brasil — com brasileiros defendendo a invasão do país por tropas estrangeiras a pretexto de livrar criminosos da cadeia e restabelecer a democracia que, absurdamente, estaria comprometida pela insistência de se submeter bandidos ao crivo judiciário — algumas dessas pessoas, considerando-se empoderadas por mandatos eletivos que ostentam, começaram a anunciar ações, inclusive legislativas, voltadas ao extermínio de pessoas, à demissão em massa dos que não concordam com sua visão estragada de mundo, à subtração de direitos fundamentais dos que se lhes opõem nessa cruzada desumana que integram. Contam com apoio de quem, tal e qual aquela plateia presente à barbárie ocorrida no campus americano, sai de casa pela manhã, beija os filhos antes da faina diária, frequenta cultos e missas ao cabo das quais abraça e beija seus vizinhos de fé desejando-lhes “A paz de Cristo” — e considera a empregada uma pessoa da família. Produzimos, aqui no Brasil, coisas valiosíssimas. Porém, outras igualmente especiais temos que trazer de fora. Lixo, degradação, iniquidade, ódio e delinquência não deveriam constar em nossos róis de importação. Já os temos em demasia por aqui — e precisamos enfrentá-los à medida de nossa dignidade. *Gustavo Varella é advogado, jornalista, professor e mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela FDV *A opinião do articulista é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo