A polarização radicalizada que tomou conta da política em todo o mundo, depois da revolução tecnológica da comunicação digital, toma forma distinta em cada país a depender da maturidade e força moral de suas instituições. São dois grupos. No primeiro estão os países democráticos onde existe perspectiva de poder pela via eleitoral para as forças em disputa, que assim lutampara vencer eleições e assumir o poder politico. No segundo grupo estão as nações onde ao menos um lado, ou campo politico, perdeu a perspectiva de poder pela via eleitoral e faz a luta politica por outros meios com destaque para a guerra de agressões no território digital que podem desaguar em violência no mundo real. Nos primeiros dias de setembro de 2025, o Nepal viveu uma insurreição popular que teve como estopim a proibição das redes sociais no país. Vinte seis plataformas incluindo Facebook, WhatsApp, Instagram, X, YouTube entre outras foram suspensas pelo governo nepalês causando forte indignação principalmente entre os jovens. Protestos violentos começaram dia oito em Kathmandu com invasão e incêndio no parlamento e forte repressão policial causando 25 mortos e mais de 600 feridos. O primeiro Ministro K.P.Sharma Oli renunciou enquanto os protestos escalaram também em outras cidades com incêndios em prédios oficiais e fuga massiva de presidiários. O exercito assumiu o poder impondo toque de recolher e patrulhas nas ruas. Os desdobramentos políticos ainda não estão claros. O julgamento de Jair Messias Bolsonaro e dos demais acusados de tramar um golpe militar depois de perder as eleições presidenciais em 2022 concluiu pela condenação dos acusados. O ambiente de tensão agravou-se com as sanções do governo norte americano e misturou-se com as articulações para as eleições de 2026. O Congresso Nacional deverá debruçar-se sobre as penas imputadas aos lideres e tentar um acordo para aprovar uma medida visando atenuar a dosimetria usada pelo STF no julgamento principalmente para os acusados fora do núcleo principal. A inelegibilidade de Jair Bolsonarodeverá ser mantida. O apoio de parte da população vista nas manifestações de rua demonstra que o bolsonarismo, que venceu as eleições em 2018 fortemente impulsionada pelo uso das novas mídias digitais, é uma força viva relevante na sociedade brasileira e deve ser reinserida no jogo politico democrático depois das punições ao golpismo comprovado judicialmente. Segundo excelente artigo de Carlos Pereira, professor titular da FGV EBAPE no Estadão do dia 9/9, a reintegração via Estado de Direito não se confunde com anistia nem com impunidade. “Punir e reinserir, longe de serem antônimos, compõem o mesmo desenho institucional” afirma Carlos Pereira. O julgamento e a condenação representam a derrota da estratégia usada pelo bolsonarismo para tentar se perpetuar no poder pela força mas não significam o final da disputa politica radicalizada dentro da sociedade que só será resolvida no terreno da política, submetida aocalendário eleitoral da democracia brasileira. A revolução tecnológica e o ambiente digital transformaram completamente a vida moderna, as estruturas de produção e consumo de bens e serviços, os meios e o equilíbrio militar, a economia e o sistema financeiro, a politica e a luta pelo poder. O tema da regulação e a tipificação de crimes e dos limites legais no ambiente digital desafia os estados nacionais e suas instituições de governo. O sentimento anti sistema se alastra e produz fenômenos disruptivos e ilusões cognitivas coletivas que fazem emergir mitologias reacionárias como as doutrinas lideradas por Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro. O colapso do governo do Nepal e a insurreição popular violenta mostra que desligar as plataformas digitais não é opção e só vai precipitar a queda das tiranias. Trata-se de uma lição poderosa para os aspirantes a ditador e extremistas em geral absorvidos e inconformados em sua indignação vazia contra as instituições e as regras da democracia. É também um alerta para os desafios imensos da pactuação democrática da vida em ambiente digital, da geração de valores e riquezas imateriais e imaginarias, dos conflitos culturais e da importância de que se reconheça e aceite uma agenda de reformas e adaptação institucional a este novo mundo. Todos precisamos aprender, se adaptar e participar. É o preço da liberdade e da paz. *Luiz Paulo Vellozo Lucas é engenheiro de Produção e professor universitário. Mestrado em Desenvolvimento Sustentável. Ex-prefeito de Vitória-ES e ex-deputado federal pelo PSDB-ES. Membro da ABQ – Academia Brasileira da Qualidade. *A opinião dos articulistas é de total responsabilidade dos autores e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo
Marília Silva: a mulher no comando da inteligência econômica do ES
Em entrevista especial ao News ES, a economista-chefe da Findes compartilha sua história de conquistas, fala sobre qualificação, desafios e representatividade Aos 39 anos, a sul-mato-grossense Marília Gabriela Elias da Silva comanda uma das áreas mais estratégicas do sistema indústria capixaba. Economista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com mestrado pela UFRGS e doutorado e pós-doutorado pela FGV (São Paulo), ela está à frente do Observatório da Indústria da Findes, unidade de inteligência que monitora dados econômicos, mapeia cadeias produtivas e orienta a tomada de decisão em políticas públicas e investimentos no Espírito Santo. Com mais de 15 anos de experiência em análise econômica, passando por instituições como a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Marília atua desde 2017 na Federação das Indústrias capixaba, onde lidera hoje uma equipe focada em estudar os grandes movimentos que moldam o presente e o futuro do desenvolvimento regional. Na entrevista, Marília fala sobre sua relação com a economia, o que a motivou a buscar alta qualificação, os desafios de ocupar um cargo de liderança como mulher negra e como mantém equilíbrio fora do trabalho. Ela compartilha, com franqueza e sensibilidade, como sua trajetória foi construída com esforço, apoio e visão — e como representa, hoje, não apenas um cargo, mas um convite para que outras mulheres ocupem esses espaços com confiança e propósito. A conversa do News ES com Marília foi dividida em duas partes. A primeira, com um conteúdo mais pessoal, está logo abaixo. Uma segunda parte, em que a economista faz uma leitura detalhada das potencialidades e desafios econômicos do Espírito Santo em meio à Reforma Tributária, à transição energética e à revolução tecnológica, será publicada ainda nesta segunda-feira (15). NEWS ES – Como surgiu o seu interesse pela economia? MARÍLIA SILVA – “Olha, na adolescência, eu não tinha muita convicção do que fazer, mas sempre fui uma pessoa mais da área de exatas, gostava de matemática, mas as opções que eu tinha de engenharia não me encantavam muito. Também não queria fazer matemática, e acabou que o que se encaixou foi a economia. E assim que eu entrei na faculdade de economia, eu realmente gostei do que eu vi ali, e muito por que ela me surpreende em não ser matemática; a economia é uma ciência humana aplicada. E acho que é isso que me encanta muito até hoje — que é você poder olhar pro mundo, olhar pras coisas com um pensamento muito crítico. E não crítico no sentido de criticar, sabe? Crítico de tentar compreender, de tentar encontrar uma solução, de olhar pro agregado, né, de entender as coisas como médias mesmo, no sentido de: olha, se eu vou fazer uma ação, ou se eu vou ter uma empresa, ou se eu sou o governo, ou inclusive se eu sou eu mesma ali, um cidadão… o que que a minha ação causa em outras pessoas, que tipos de externalidade isso tem, pra onde isso me leva… Então, a economia me conquistou pela complexidade dela. Eu entrei, acho que buscando o meu — vamos dizer assim — a minha zona de conforto, que era a parte mais exata, e encontrei ali uma complexidade que me encanta desde os primeiros semestres.” Você é economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado. Quais foram os maiores desafios na sua trajetória até aqui? “Eu não tenho como responder isso, infelizmente, sem lembrar que eu sou uma mulher negra. Tenho os desafios que são estruturais, e desafios que vão ser individuais da minha existência, de quem eu sou. Eu nasci no Mato Grosso do Sul, fiz faculdade lá, e muito rapidamente entendi que, para estar aqui ou em algum lugar que talvez eu sonhasse àquela época, eu precisaria, entre aspas, entrar no jogo. E uma forma de entrar no jogo seria buscar sempre uma qualificação muito elevada, em boas instituições. Então eu começo essa trajetória buscando entender mais de economia. Vou fazer um mestrado, depois faço um doutorado, faço um pós-doc, muito nessa ânsia de: ‘poxa, eu quero entrar no jogo, eu quero ser uma opção, eu quero um dia poder — embora eu não soubesse — um dia ter oportunidade de ser uma economista-chefe de alguma instituição, alguma coisa assim’. Obviamente todo mundo precisa muito se qualificar, mas eu precisava me qualificar a um ponto que: ‘olha, beleza, você pode jogar esse jogo’. E aí, ao longo dessa trajetória, eu acho que uma outra coisa que eu gosto de trazer muito são as oportunidades. Da minha parte foi esse empenho, essa busca pela maior qualificação, por estudar mais, por aprender mais. Do outro lado, onde eu não tenho tanto controle, foram as muitas pessoas, desde a minha família, que me abriram muitas oportunidades. Então eu tive a oportunidade de estudar enquanto criança, e só estudar e praticar esportes, que era o que eu gostava de fazer. Depois entrei pra faculdade, continuei estudando, tive bons professores que enxergaram em mim um potencial, que me abriram portas. Depois entrei no mercado de trabalho, tive outras oportunidades. Então, assim, foram muitas pessoas que me abriram esse espaço. Mas, em algum momento, eu cheguei nessa posição que hoje a gente tá aqui.” E aí quais foram os maiores desafios? “Sendo mais clara: acho que, do ponto de vista individual, é a gestão mesmo de pessoas. É algo que eu gosto muito, que eu tenho muito prazer, mas que é um grande desafio. É muita responsabilidade. É você estar direcionando uma área do ponto de vista estratégico, mas ao mesmo tempo tentando colocar em prática o que você acredita como ser humano — como liberdade, colaboração, desenvolvimento individual… Então eu acho que isso, pra mim, é até hoje um desafio. É onde eu tento, de fato, ali, entregar o melhor pra todos aqueles que estão comigo.” E do ponto de vista estrutural, realmente não tem como negar que é um desafio mesmo. Vocé ser mulher e você ser uma mulher negra. Isso traz uma certa responsabilidade. Eu gosto de estar neste espaço e,
João Gualberto – “A crise do machismo”
A crise do machismo expõe a fragilidade da masculinidade diante das mudanças sociais e do fortalecimento feminino. Sérgio Denicolli, um dos grandes analistas da sociedade brasileira, usa como campo de pesquisa as redes sociais e a partir delas faz análises poderosas. Temos conversado pelo whatsapp sobre seus artigos. Numa dessas conversas enviou matéria muito interessante sobre a crise do macho alfa, publicada na BBC News e assinada por Katy Kay. O texto foi escrito a partir de entrevista feita com o professor Scott Galloway, da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, destaque na imprensa nos últimos anos. Atualmente o professor é consultor do partido democrata, especializado em comunicação com jovens e homens adultos. A conversa entre a jornalista e o professor foi sobre os homens jovens nos dias de hoje, e como acontecimentos ao redor deles afetam também a vida das mulheres jovens. A versão publicada na BBC News é uma condensação da conversa. O professor constata que os homens jovens nos Estados Unidos enfrentam algumas dificuldades, como veremos. O raciocínio parte do princípio de que as mulheres jovens e adultas já enfrentam desvantagens estruturais há séculos, mas agora elas têm encontrado chance de brilhar. Perante esse panorama do sucesso feminino Galloway ressalta a ação de pessoas mal-intencionadas na internet, que tentam transformar as dificuldades dos homens jovens em um grito de vingança contra as mulheres. Um entendimento entre homens e mulheres fica agora ainda mais difícil, já que há um sentimento de perda, vez que a prosperidade recente ficou restrita a um terço da população, especificamente entre os homens brancos e heterossexuais, numa prosperidade injusta. Essa injustiça começa a ser corrigida nos EUA, e isso tem provocado enorme reação emocional no universo masculino. Os dados apresentados são avassaladores. Entre os jovens norte-americanos há quatro vezes mais possibilidade de cometerem suicídio, três vezes mais probabilidade de contraírem dependência, doze vezes mais probabilidade de serem presos, além dos níveis recordes de depressão entre essa população. Para Galloway, está sendo criada a geração mais obesa, ansiosa e deprimida da história estadunidense. Pela primeira vez na história recente, pessoas de 30 anos estão se saindo pior do que os seus pais na mesma idade. Na entrevista, Scott Galloway chama a atenção para o fato de que as mulheres, na falta de um relacionamento, costumam canalizar parte de sua energia amorosa para suas amizades e sua carreira profissional, enquanto os homens jovens tendem a canalizá-la para videogames ou pornografia, por exemplo. Conclui afirmando que há hoje nos Estados Unidos – e creio em todos os países do mundo ocidental – um grupo de homens jovens econômica e emocionalmente inviáveis. Na visão do professor, as mulheres namoram pessoas mais velhas porque desejam homens viáveis, tanto econômica quanto emocionalmente; portanto, as mulheres seriam menos atraídas sexualmente por homens que perderam sua viabilidade econômica. Creio ser este um ponto muito importante para compreender o que se passa na sociedade brasileira, que é particularmente sexualizada. Aqui os códigos morais são mais severos com os que aparentam fracasso, porque somos muito ligados às ostentações de poder e dinheiro. Existe hoje no Brasil, na minha opinião, parte de uma masculinidade fragilizada, digamos até que fracassada. Foi esse ponto da conversa com Denicolli que deu origem a essas breves reflexões, pois ambos concordamos que o quadro atual gerou essa espécie de desespero entre os homens. As mulheres hoje têm muito mais densidade do que os homens, desde as mais pobres até as mais ricas. A ideia ultrapassada do macho alpha que lidera a matilha pelo uso da violência, portanto, volta a parecer atraente para esses indivíduos na verdade fracos, que se sentem menosprezados ante o empoderamento feminino. Meu campo de reflexões prioritário é o imaginário social brasileiro, o modo como ele se desdobra em termos políticos e de gestão na nossa sociedade. Trazendo esses elementos para o campo do nosso comportamento coletivo, vemos um endurecimento do discurso machista por parte de boa parte dos homens em todas as classes e etnias. A existência hoje dos autodenominados legendários é prova mais cabal disso, numa tentativa de retorno ao tempo em que as virtudes masculinas eram tidas e vividas de forma simples, o que vem a demonstrar justamente a fragilidade do homem de nossos tempos. Na ausência de recursos mais sofisticados, caímos numa exacerbação do discurso do macho alfa – como esse que agora faz o pastor Malafaia – mostrando falta de elaboração e excessivo apoio na força e violência. Apesar dos avanços sociais que temos visto, o macho alfa, personagem que deveria estar desaparecendo, sangra em praça pública, mas resiste. Pratica feminicídios, bate em mulheres e tenta assustar o mundo com seus gritos de guerra. A extrema direita deu a ele recentemente um lugar, e ele fez desse lugar a débil trincheira de uma guerra perdida. *João Gualberto Vasconcellos é mestre e professor emérito da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Doutor em Sociologia pela Escola de Altos Estudos em Ciência Política de Paris, na França, Pós-doutorado em Gestão e Cultura. Foi secretário de Cultura no Espírito Santo entre 2015 e 2018. *A opinião do articulista é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a posição do portal News Espírito Santo
Semana será de tempo instável e temperaturas amenas na Grande Vitória
A semana começa com tempo instável na Grande Vitória, segundo as previsões do ClimaTempo, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Incaper. A combinação de umidade vinda do oceano com a transição entre o inverno e a primavera favorece dias nublados, chuvas rápidas e temperaturas mais amenas durante as manhãs e noites. Ao longo dos próximos dias, a variação de nuvens será constante, com sol aparecendo entre períodos de maior nebulosidade. Pancadas de chuva são esperadas principalmente durante as manhãs e no início da noite, de forma isolada, mas podem vir acompanhadas de aumento da umidade e sensação de abafamento. As temperaturas mínimas devem variar entre 18°C e 20°C, enquanto as máximas oscilam entre 26°C e 28°C — mantendo um clima ameno para o período. Nesta segunda-feira (15), há previsão de chuva logo nas primeiras horas do dia, seguida por períodos de melhoria e nova possibilidade de chuva ao entardecer. A terça-feira também deve ter início com céu encoberto e chance de garoa, mas com possibilidade de abertura do tempo à tarde. Já na quarta e quinta-feira, o sol volta a aparecer com mais frequência, embora ainda haja chance de pancadas de chuva à noite. No fim de semana, a tendência é de tempo mais firme, mas o céu deve permanecer com muitas nuvens. A possibilidade de chuva diminui, e as tardes devem ser marcadas por temperaturas agradáveis e maior presença do sol, especialmente no sábado. De acordo com o Incaper, os ventos predominantes continuam vindo do oceano, o que ajuda a manter a umidade elevada e reforça a sensação de frio nas primeiras horas do dia. O INMET também alerta para a possibilidade de nevoeiros matinais em áreas próximas ao litoral, que podem reduzir a visibilidade nas estradas.
Tricampeã Mariana Nogueira brilha no primeiro dia do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025
Disputas da etapa final do Circuito Mundial começaram nesta sexta (12), em Jacaraípe. Destaque também para a portuguesa Luana Dourado, na Pro Júnior. Atletas PCD entram em cena neste sábado (13), definindo as campeãs da temporada. Setembro, 2025 – O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025, apresentado por Extrabom, teve início nesta sexta-feira (12), na Praia do Solemar, em Jacaraípe, na Serra (ES). A competição marca a última etapa feminina do Circuito Mundial de Bodyboarding e contou com as primeiras baterias das categorias Pro Júnior e Máster, exclusivas do Wahine e realizadas em etapa única. Na categoria Máster, a tricampeã Mariana Nogueira confirmou o favoritismo e foi o grande nome do dia, conquistando a maior nota da rodada: 15 pontos. As disputas reuniram 28 atletas de quatro países — Brasil, Havaí, Marrocos e Portugal — divididas em oito baterias. “Foi ótimo. O mar estava difícil, mas faz parte. Temos de escolher a onda certa, para tentar fazer o melhor possível. Estou buscando o tetracampeonato, mas o principal de tudo no Wahine é a união das meninas, passar a nossa experiência, a troca de estilos, de cultura, de histórias”, destacou Mariana. A brasileira Juliana Dourado obteve a segunda melhor pontuação do dia, com 12.50. A categoria também contou com a participação especial de Claudia Ferrari, paulista radicada no Havaí e primeira campeã do Circuito Mundial. Convidada do evento, Claudia somou 8.90 em sua bateria. Já a Pro Júnior abriu o dia com quatro baterias não eliminatórias e contou com 13 atletas do Brasil, Chile, Espanha, França, Peru e Portugal. O melhor desempenho foi da portuguesa Luana Dourado, vice-campeã em 2024, que alcançou 14.50 pontos e venceu sua bateria. “Eu me senti muito bem neste primeiro dia. O nível está alto e tenho de dar sempre o meu melhor para chegar o mais longe possível, que é o meu objetivo. Encontrei boas ondas e estou muito feliz”, afirmou Luana. Outros destaques foram a brasileira Manuella Giacomassi, com 10.75 pontos, a peruana Hannah Saavdra (10.25) e a também portuguesa Maria Padilha (8.50). Disputas da categoria PCD movimentam o sábado Neste sábado (13), a partir das 9h30, entram em ação as atletas da categoria PCD, definindo as campeãs da temporada 2025. A categoria, que não soma pontos para o ranking mundial, é uma das marcas do Wahine, reafirmando o compromisso do evento com a inclusão e a superação. Desde 2024, além das atletas amputadas e mastectomizadas, também competem deficientes visuais. O responsável técnico pela categoria é Hudson Renato, técnico esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro nas modalidades de atletismo e natação paralímpica. Entre os nomes confirmados estão: Renata Bazone (51 anos, Deficiente Visual), campeã de 2024, carioca criada na Serra, em busca do bicampeonato. Letícia de Oliveira Alves (16 anos, Amputadas), capixaba, vice-campeã em 2023 e 2024. Carla Cunha (43 anos, Amputadas), de Pernambuco, atual bicampeã e candidata ao tricampeonato. Cristiane Andrade (46 anos, Amputadas), do Ceará, terceira colocada em 2024. Rangéria Amorim (48 anos, Mastectomizadas), também do Ceará, participando pela terceira vez. A programação deste sábado também inclui atividades socioambientais e culturais, como limpeza de praia com Amigos da Jubarte e Projeto Tamar, apresentação dos alunos do Instituto Neymara Carvalho (INC) e uma Área Kids gratuita com pipoca, algodão-doce e uma surpresa especial para a criançada. Outro destaque é a presença do Ônibus Rosa, do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha — iniciativa do Tribunal de Justiça do Espírito Santo para apoiar mulheres vítimas de violência doméstica. A etapa de Jacaraípe A última etapa do Circuito Mundial feminino reúne 120 atletas de mais de 10 países, com premiação total de US$ 45 mil (cerca de R$ 240 mil). Além dos títulos mundiais na Pro Júnior e Máster, a competição também definirá a campeã da categoria Profissional, que conta com nomes como: Namika Yamashita (Japão) – líder do ranking mundial Alexandra Rinder (Áustria) – vice-líder Joana Schenker (Portugal) – quarta colocada O Brasil é representado por fortes nomes capixabas e radicados no Espírito Santo: Neymara Carvalho – número 5 do mundo Maíra Viana – 11ª colocada Maylla Venturin – número 7 do ranking Bianca Simões – 8ª colocada Luna Hardman – 21ª no ranking Sobre o evento Idealizado e organizado pela pentacampeã mundial Neymara Carvalho, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro surgiu em 2021. O nome “Wahine” vem da língua havaiana e significa “mulher”, resgatando a conexão cultural com o Havaí, onde Neymara conquistou duas de suas maiores vitórias, em Pipeline, nos anos de 2006 e 2011. O circuito feminino conta com quatro etapas ao longo do ano: Agadir (Marrocos), Iquique (Chile), Sintra (Portugal) e Wahine (Brasil), totalizando US$ 220 mil em premiações. O evento tem patrocínio principal da ArcelorMittal, patrocínio máster do Governo do Estado do Espírito Santo (via LIEC), e da EDP Brasil, além de apoio do Grupo Coroa, Jaklayne Joias e Prefeitura da Serra. A realização é do Instituto Neymara Carvalho (INC) e da IBC (International Bodyboarding Corporation), com homologação da Confederação Brasileira de Bodyboarding.
Vitória busca ideias inovadoras para serviços públicos e destina R$ 500 mil em premiações
Iniciativa do Laboratório Urbano Vivo vai selecionar projetos sustentáveis e inclusivos com testagem em escala real na cidade A Prefeitura de Vitória vai investir R$ 500 mil em ideias inovadoras que contribuam para transformar e melhorar os serviços públicos da capital. O recurso será distribuído entre os projetos selecionados em diferentes etapas do edital de Chamamento Público nº 01/2025, lançado nesta terça-feira (16), às 9h, na sede da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), durante o lançamento da Plataforma LUV. A iniciativa é do Laboratório Urbano de Vitória (LUV), em parceria com o Instituto Ikone, e tem como proposta central promover melhorias nos serviços públicos por meio da inovação, da sustentabilidade e da inclusão. “O Laboratório Urbano Vivo está colocando Vitória em patamar diferenciado. Estamos abrindo a cidade, através do primeiro chamamento de desafios. É um diferencial em relação a políticas de inovação no Brasil, porque estamos possibilitando que o cidadão, a academia, startups e empresas construam ou conectem soluções, com ferramentas inovadoras e testagem em escala real na cidade. A Prefeitura está impulsionando a inovação com R$ 500 mil reais para startups no programa. Até 110 mil para cada um ao fim do programa”, afirmou o diretor do LUV, Caio Scheidegger. O laboratório da PMV As propostas deverão se enquadrar em dois eixos temáticos: Transformação Urbana Sustentável – com foco em soluções que ampliem o conforto térmico, incentivem a mobilidade ativa, a economia circular e a economia local; Melhoria da Jornada do Cidadão – iniciativas que tornem os serviços públicos mais acessíveis e inclusivos, com atenção especial à inclusão digital e à população idosa. A chamada pública será conduzida pelo Laboratório Urbano Vivo por meio da Secretaria de Gestão e Planejamento (SEGES), com foco na experimentação de soluções em ambiente real. O secretário da pasta, Regis Mattos, reforçou que a cidade está aberta à contribuição de todo o país: “Fica o convite para você, inovador, empreendedor de todo Brasil: vem pra Vitória.” Ao todo, até 10 propostas poderão ser selecionadas inicialmente, cada uma recebendo R$ 10 mil para a etapa de prototipagem. Em seguida, quatro projetos finalistas receberão R$ 100 mil cada para testar seus Mínimos Produtos Viáveis (MVPs). O programa terá duração estimada de cinco meses e está amparado pelo Marco Legal das Startups (Lei Complementar nº 182/2021) e pela Nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021). As inscrições estarão abertas de 17 de setembro a 17 de outubro de 2025, por meio da plataforma digital do LUV, e podem ser feitas por pessoas físicas ou jurídicas. Caio Scheidegger, diretor do LUV, Regis Mattos, secretário da Seges, e Magna Rocha, subsecretária da Seges Sobre o LUV O Laboratório Urbano Vivo de Vitória é uma iniciativa da Prefeitura que une poder público, sociedade civil, universidades, startups e empresas privadas em torno de um objetivo comum: transformar a capital em uma cidade-laboratório para o desenvolvimento e aplicação de soluções urbanas inovadoras, sustentáveis e replicáveis. Com este chamamento público, Vitória reforça seu compromisso com a inovação, a inclusão social e a sustentabilidade, criando oportunidades para que ideias transformadoras sejam testadas diretamente nos territórios da cidade. Serviço Lançamento do Chamamento Público nº 01/2025 – Laboratório Urbano Vivo de Vitória 📅 Data: 16 de setembro 🕘 Horário: 9h 📍 Local: Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV) – Rua Armando Moreira de Oliveira, 230, Goiabeiras, Vitória 📆 Inscrições: de 17 de setembro a 17 de outubro de 2025 🔗 Plataforma para inscrição: Sympla – Chamamento Público LUV Vitória
Acaps Trade Show 2025 começa nesta terça e deve movimentar mais de R$ 1 bilhão
Maior feira do varejo capixaba acontece de 16 a 18 de setembro, no Pavilhão de Carapina, e reúne mais de 200 expositores, rodadas de negócios e palestras com nomes como Leandro Karnal, Karol Babadeira e Marcos Piangers A 37ª edição da Acaps Trade Show, principal feira de negócios do varejo no Espírito Santo, começa nesta terça-feira (16), no Pavilhão de Carapina, na Serra. O evento segue até quinta (18) e deve reunir mais de 200 expositores, 22 mil visitantes e gerar negócios acima de R$ 1 bilhão, segundo a organização. Promovido pela Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), o evento oferece uma programação intensa, voltada a empresários e profissionais dos setores de supermercados, panificação, hotelaria, bares, restaurantes e outros ramos do varejo. Palestras com grandes nomes Entre os destaques da programação, o historiador e escritor Leandro Karnal abre o evento com a palestra “Recriar, Reinventar ou Desaparecer”, abordando os desafios da inovação em tempos de mudanças aceleradas. Na quarta-feira (17), é a vez de Karol Chokyu, a “Karol Babadeira”, primeira influenciadora digital do segmento supermercadista, que compartilhará estratégias práticas de marketing digital para o varejo. No mesmo dia, o médico e professor Marcos Mendanha discute saúde mental no ambiente corporativo. Fechando a programação, na quinta-feira (18), o escritor Marcos Piangers fala sobre protagonismo, felicidade e motivação no ambiente de trabalho. Conteúdo e conexões A feira conta ainda com: Ciclo do Conhecimento: 11 palestras sobre segurança alimentar, transformação digital, cultura organizacional e gestão de pessoas; Oficinas técnicas: workshops sobre panificação, confeitaria, açougue, aproveitamento de alimentos e outros temas práticos; Encontro de Sucessores e Herdeiros: programação voltada à formação de novas lideranças de empresas familiares capixabas, com palestra de Paulo Campos e painel com empresários de diferentes estados. Novidade: Concurso Melhor Açougueiro do ES A edição 2025 estreia o Concurso Melhor Açougueiro do Espírito Santo, com final ao vivo no dia 18. O especialista Marcelo Bolinha será jurado e consultor técnico. Os três primeiros colocados recebem troféus e prêmios em dinheiro. O supermercado do vencedor também será premiado. Rodadas de Negócios e premiação de estandes Nos dias 17 e 18, das 15h às 18h, acontece a Rodada de Negócios, com condições comerciais exclusivas para supermercadistas e fornecedores. O evento também promove o Troféu Estande de Ouro, que reconhece os melhores estandes da feira em 12 categorias. A avaliação é feita por uma comissão da Acaps. Transmissão ao vivo Pelo terceiro ano, o evento contará com o Acaps Podcast, com transmissões ao vivo direto da feira, entrevistas com palestrantes, expositores e empresários. Serviço Acaps Trade Show 2025 📍 Local: Pavilhão de Carapina – Serra (ES) 📅 Data: 16, 17 e 18 de setembro 🕒 Horário: 14h às 22h 🔗 Informações: www.acapstradeshow.com.br
Jornada Científica e Cultural da FAESA começa nesta terça com foco em Inteligência Artificial
Evento é o maior do meio acadêmico capixaba e terá mais de 30 dias de atividades gratuitas abertas ao público A 24ª edição da Jornada Científica e Cultural da FAESA começa nesta terça-feira (16) com o tema “O poder do conhecimento na era da IA”. Reconhecido como o maior evento acadêmico do Espírito Santo, o encontro se estende até 28 de outubro, com uma programação intensa distribuída pelos campi da instituição em Vitória, Cariacica e Linhares. Ao longo de mais de um mês, a Jornada reunirá palestras, painéis, minicursos, apresentações científicas e atividades culturais, abordando os impactos da inteligência artificial e do Mercado 5.0 na formação profissional, no mercado de trabalho e nas competências exigidas para o futuro. A abertura oficial será às 18h30, com a palestra do saxofonista e educador Marcelo Coelho, do projeto Jazz Corporativo, que utiliza a música como metáfora para liderança, criatividade e inovação. Ele dividirá o palco com o reitor Alexandre Nunes Theodoro, a pró-reitora Carla Letícia Alvarenga Leite e o coordenador de Pesquisa e Extensão, Lucas Zanchetta Passamani. Entre os destaques da programação estão: Radar de Talentos – conexão entre empresas e novos profissionais; Hack FAESA – maratona de programação voltada à inovação; Maratona Agro – desafio para criação de soluções tecnológicas no setor agrícola. Segundo Lucas Passamani, o evento fortalece os laços entre academia, mercado e sociedade. “A Jornada promove a troca de experiências e a difusão do conhecimento científico, tecnológico e inovador. É uma tradição que reflete o compromisso da FAESA com a educação de qualidade e com a transformação social”, afirma. A maioria das atividades é gratuita, aberta ao público e com certificação para os participantes. Serviço – 24ª Jornada Científica e Cultural da FAESA Data: 16 de setembro a 28 de outubro Locais: Campi da FAESA em Vitória, Cariacica e Linhares Tema: O poder do conhecimento na era da IA Inscrições e programação completa: Clique aqui
Sistema prisional do ES ganha 150 novos computadores para salas de videoaudiência
Como parte das ações do programa Moderniza-ES, a Secretaria da Justiça do Espírito Santo (Sejus) adquiriu 150 computadores que serão destinados às salas de videoaudiência das 37 unidades prisionais do Estado. O investimento é de R$ 919,5 mil, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o coordenador-geral da Unidade de Gestão de Projetos (UGP) do Moderniza-ES, Vinícius Teixeira, a renovação dos equipamentos será acompanhada por melhorias estruturais nas salas. A expectativa é que, nos próximos seis meses, a capacidade de realização de videoaudiências aumente em 40%, atendendo à crescente demanda do Poder Judiciário. “É um passo decisivo na modernização da nossa infraestrutura. Ganhamos em segurança, agilidade e economia”, afirmou o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco. O Moderniza-ES é um programa de abrangência estadual, com investimentos totais de mais de US$ 102 milhões, financiados pelo BID. As ações contemplam ressocialização de internos, modernização tecnológica, ampliação da infraestrutura penitenciária e sustentabilidade ambiental. Entre os destaques estão a construção de Centros de Reintegração Social em Linhares e Cachoeiro de Itapemirim e a implantação de sistemas de gestão e cibersegurança.
Corrida na Terceira Ponte marca abertura da Semana da Engenharia no ES
Evento inédito promete visual deslumbrante na travessia entre Vila Velha e Vitória; prova de 5 km será no dia 5 de outubro A Terceira Ponte, um dos cartões-postais mais icônicos do Espírito Santo, será palco de um evento esportivo inédito no Estado. No dia 5 de outubro, acontece a 1ª Corrida SOEA – Edição Capixaba, que marca a abertura oficial da 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia. A prova terá percurso de 5 km, com largada às 7h, ao lado do Shopping Praia da Costa, em Vila Velha, e chegada na Praça do Tribunal de Justiça, em Vitória. A corrida é aberta ao público e contará com premiação para os cinco primeiros colocados de cada categoria, incluindo a geral (masculino e feminino), engenheiros filiados ao CREA e atletas com deficiência (andantes). Todos os concluintes receberão medalhas. O kit atleta inclui camisa, número de identificação, chip descartável e sacola promocional. As inscrições estão disponíveis no site Ticket Sports. A retirada dos kits será nos dias 3 e 4 de outubro, na sede do CREA-ES, na Enseada do Suá, em Vitória. A prova é organizada pela Pace Eventos e marca o início da programação da SOEA, que será realizada de 6 a 9 de outubro, no Pavilhão de Carapina, com o tema “Engenharia, Agronomia, Geociências, Sustentabilidade e Transformação Digital: Projetando Caminhos para o Futuro do Brasil”. Serviço – 1ª Corrida SOEA – Edição Capixaba Data: 5 de outubro (domingo), às 7h Largada: Ao lado do Shopping Praia da Costa (Vila Velha) Chegada: Praça do Tribunal de Justiça (Vitória) Inscrições: Clique aqui Retirada dos kits: • 3 de outubro (9h às 18h) • 4 de outubro (9h às 13h) • Local: CREA-ES – Rua Izidro Benezath, 48, Enseada do Suá, Vitória